Dark Rites: Melodic Death Metal variado e poderoso
Resenha - Dark Hymns - Dark Rites
Por Alexandre Veronesi
Postado em 04 de setembro de 2020
DARK RITES trata-se de um grupo de Melodic Death Metal, fundado no ano de 2016 por músicos de variadas nacionalidades: Wojtek Widuch (guitarra/baixo), do Reino Unido; Randy Kaciak (bateria), norte-americano; e Oskar Åsfjäll (vocal), da Suécia, que em 2019 foi substituído pelo canadense Kole Cook "Blooded". Apesar do pouco tempo de estrada, o grupo já possui no currículo 2 álbuns de estúdio - "Dark Rites" (2017) e "Welcome To Eternity (2018) - e no momento se prepara para lançar seu terceiro full-lenght, intitulado "The Dark Hymns", que será disponibilizado mundialmente no dia 11 de Setembro pelo selo Brutal Records.
Apesar da sonoridade da banda ser majoritariamente calcada no Death Metal melódico, existem nuances de Hardcore, Metalcore e outros subgêneros, e as influências do trio vão desde Amon Amarth, Arch Enemy e Lamb Of God, até Judas Priest e demais icones do Heavy Metal tradicional/clássico.
"The Dark Hymns" mostra desde o início a gana do trio em executar um som extremamente agressivo, ao mesmo tempo em que evidencia a todo momento sua musicalidade, que abusa de variadas harmonias e melodias, mas ainda assim passando longe de soar demasiado técnico, ou seja, feito na medida certa dentro do que é proposto. A bolacha abre com "Divine Duplicity", música que varia muito entre a velocidade e a cadência, evidenciando os riffs de guitarra e vocais raivosos, enquanto "Goliath The Coward" se mostra ainda mais extrema, recheada de poderosos blast beats que alternam para midtempo de forma muito dinâmica, além de suas linhas vocais diversificadas, e em "In Stasis" o andamento médio/lento predomina, mas o peso se mantém no mais alto nível. "Moira" tem início com um dedilhado na guitarra e descamba para um interessante tipo de Groove Metal, que segue cheio de variações até seu final, sendo sucedida por "Scars", onde o trabalho de bateria se destaca junto às linhas de guitarra, e a veloz "Serena", detentora de um bom arranjo onde, mais uma vez, brutalidade máxima e melodia coexistem harmoniosamente. "Shadow God" ganha notoriedade por seus 'breakdowns' e um certo tom épico, mesmo tendo curta duração, enquanto "The Devils Heroes" é apenas ok, pois não traz nada diferente em relação ao que já foi mostrado nas anteriores, e, finalmente, "The Great Halcyon War", que encerra os trabalhos sendo uma espécie de compilação de todas as características apresentadas no disco, tudo isso durante seus humildes 3 minutos e 43 segundos.
Em suma, o novo trabalho do DARK RITES é empolgante e apresenta um resultado bastante coeso, nunca deixando de lado o indispensável equilíbrio entre peso e melodia. Para aqueles que não conheciam a banda, assim como este que vos fala, foi sem dúvidas mais uma grata surpresa em meio a tantos bons lançamentos que vem ocorrendo ao longo desse ano.
Dark Rites - The Dark Hymns (2020)
Gravadora: Brutal Records
Data de lançamento: 11/09/2020
Tracklist:
01 - Divine Duplicity
02 - Goliath The Coward
03 - In Stasis
04 - Moira
05 - Scars
06 - Serena
07 - Shadow God
08 - The Devils Heroes
09 - The Great Halcyon War
Formação:
Kole Cook "Blooded" - vocal
Wojtek Widuch - guitarra e baixo
Randy Kaciak - bateria
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