In Flames: as melhores cenas de um filme apresentadas no trailer
Resenha - I, The Mask - In Flames
Por Nilton Rodrigues
Postado em 02 de março de 2019
Nota: 6 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
In Flames é uma banda curiosa, para dizer o mínimo. Quem acompanha os caras desde os anos 90 sabe que transformação é uma constante na carreira dos suecos. Das pedras fundamentais do Gothenburg sound The Jester Race e Whoracle ao death pop de Batlles, In Flames sempre procurou evoluir seu som, nunca se importando com os metaleiros true, que a cada lançamento, mais amargos ficavam com a banda.
Em I, The Mask, a saga do "ame ou odeie" continua. Mas isso não seria um problema se não fosse a falta de personalidade do disco e a estratégia de degustação que a própria banda ofereceu aos seus fãs através dos singles lançados.
Quando I am Above, o primeiro single saiu, o que chamou atenção foi a coesão do som. Anders Fridén intercalava vocais rasgados e guturais, culminando em um refrão poderoso digno de arena, tudo costurado por uma banda afiada, instrumentais no ponto, nada revolucionário, porém na medida para cantar no carro, por exemplo. Uma música redonda, equalizando o novo e o velho In Flames. Sim, a empolgação estava de volta. Isso até o próximo single, (This is) Our House, onde a breguice de um coro de crianças tenta criar uma atmosfera de protesto, jogando um balde de água fria na chama de esperança que foi acesa. Como uma resposta ao backlash, vieram as rápidas I’m The Mask e Burn, que jogavam o ouvinte direto no clima dos clássicos (?) A Sense of Purpose e Come Clarity. Após uma rápida pesquisa no YouTube, descobrimos que mais a banda abria os shows com mais uma inédita: Voices. Igualmente poderosa, a matemática estava ao lado da banda. Das 12 faixas do disco novo, já conhecíamos 5, e 4 delas eram realmente empolgantes.
Mas com o disco cheio em mãos, a sensação que fica é que tudo foi um plano maquiavélico. É como se as melhores cenas de um filme já fossem apresentadas no trailer, e isso é realmente frustrante.
O problema não é ser moderno ou diferente. Como ouvinte, é sempre interessante ser levado para outros lugares, mas em I, The Mask esses novos lugares são não passam de lugares comuns. As pontes e os refrões muitas vezes são previsíveis, não servindo sequer nem como isca radiofônica para um novo público. Is This Life, We Will Remember são exemplos disso, insípidas e fillers por excelência. Na reta final do disco, nos deparamos com All The Pain, que consegue fôlego extra ao álbum, graças aos versos que conseguem sair da zona de conforto.
O disco termina com Stay With Me, uma despedida lúgubre, como um beijo de adeus azedo em um encontro que não foi lá muito bom.
A banda passou por muitas mudanças, não só sonoras, mas de integrantes e principalmente de propósito. Seus integrantes, individualmente, são forças da natureza, mas em conjunto não passam de uma breve tempestade de verão, furiosos por instantes e inconstantes quase todo o tempo. Apesar disso, In Flames é uma instituição do metal e merece atenção (e esperança) a cada novo lançamento.
01. Voices
02. I, The Mask
03. Call My Name
04. I Am Above
05. Follow Me
06. (This is Our) House
07. We Will Remember
08. In This Life
09. Burn
10. Deep Inside
11. All The Pain
12. Stay With Me
Outras resenhas de I, The Mask - In Flames
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Fabio Lione anuncia turnê pelo Brasil com 25 shows
A faixa do Iron Maiden que ficou com 5 minutos a mais do que eles imaginaram
Ritchie Blackmore aponta os piores músicos para trabalhar; "sempre alto demais"
O fenômeno do rock nacional dos anos 1970 que cometeu erros nos anos 1980
A performance vocal de Freddie Mercury que Brian May diz que pouca gente valoriza
O álbum clássico do Iron Maiden inspirado em morte de médium britânica
A música que surgiu da frustração e se tornou um dos maiores clássicos do power metal
Turnê atual do Dream Theater será encerrada no Brasil, de acordo com Jordan Rudess
O baterista que Phil Collins disse que "não soava como nenhum outro", e poucos citam hoje
A música do Machine Head inspirada em fala racista de Phil Anselmo
Os "pais do rock" segundo Chuck Berry - e onde ele entra na história
A banda mais insana ao vivo para Jack Black, pois os caras alopravam no palco
Mark Morton, do Lamb of God, celebra sobriedade e explica por que ainda aborda o assunto
O rockstar que Brian May sempre quis conhecer, mas não deu tempo: "alma parecida com a minha"
Shows não pagam as contas? "Vendemos camisetas para sobreviver", conta Gary Holt
In Flames: Mais um disco que vai dividir opiniões
Cinco grandes bandas de heavy metal que passarão pelo Brasil em 2026
A banda cuja formação mudou quase tantas vezes quanto a do Megadeth
Do Metallica ao Angra - passando por outras bandas -, um breve resumo do "Megadethverso"
Bandas de heavy metal da nova geração não empolgam Kerry King


