RECEBA NOVIDADES ROCK E METAL DO WHIPLASH.NET NO WHATSAPP

Matérias Mais Lidas


Outras Matérias em Destaque

Quem é a verdadeira Sopa onde pousou a Mosca da canção de Raul Seixas

A marcante e triste última apresentação de Jason Newsted como integrante do Metallica

Ex-vocalista do Iced Earth fará turnê cantando "The Dark Saga" na íntegra

A mulher que inspirou Lennon e McCartney, e fez sucesso no Rock in Rio sem cantar uma nota

O álbum pré-Sabbath onde Tony Iommi ouviu Ronnie James Dio pela primeira vez

Setlist da próxima tour do Iron Maiden promete, de acordo com o vocalista Bruce Dickinson

Steve Souza diz que não se apresentará novamente com o Exodus; "Definitivamente não"

Iron Maiden pediu para não ser mais indicado ao Rock and Roll Hall of Fame

I Prevail cancela apresentação no Bangers Open Air; leia comunicado

Crypta revela guitarrista convidada que substituirá Jéssica Di Falchi

A banda que serviu de base para o rock nacional que Ritchie Blackmore odiava

O ex-jogador finlandês que fez Tarja Turunen passar a torcer pelo Liverpool Football Club

O disco dos Beatles que marcou a vida de Rex Brown, baixista do Pantera

Bruce Dickinson ficou "chocado" ao ver Simon Dawson tocando com o Iron Maiden

As próximas músicas do Metallica que devem ultrapassar 1 bilhão de plays no Spotify


Stamp

Dreamcar: reinventando os anos 1980

Resenha - Dreamcar - Dreamcar

Por Roberto Rillo Bíscaro
Postado em 23 de maio de 2017

Nota: 10 starstarstarstarstarstarstarstarstarstar

Os anos 80 são comum e vulgarmente citados como a década do exagero. Cabelos se armavam em torres ou despencavam em cascatas multifonrmes; sempre armados, lotados de gel. Ombros masculinos e femininos pareciam de jogador de futebol americano, de tão largos, graças a ombreiras cada vez maiores. Roupas e acessórios se sobrepunham em combinações policromáticas de puro exagero. Na TV imperou a opulência escapista de séries como Dallas e Dynasty (que o canal CW promete ressuscitar). Yuppies consumiam cocaína e água mineral engarrafada Evian como se fossem água.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 1

Musicalmente, a primeira metade foi dominada pelas torrentes criativas do synth pop, New Romantic, New Wave, pós-punk, enfim, filhotes da suruba glam, punk, prog, Bowie, Chic, Blondie, Roxy Music, Giorgio Moroder e Kraftwerk dos 70’s. Mais para a segunda metade, acentuou-se a estridência e a superprodução, saturada de efeitos e da grande praga musical do decênio: a bateria eletrônica. Iniciava-se a Guerra dos Volumes, como apontou o crítico Rafael Senra.

Feliz e acertadamente, o supergrupo Dreamcar colheu do solo mais fértil dos 80’s e seu LP homônimo de estreia, lançado dia 12 de maio, não vai muito além de 1984. Pode até ter um bocadinho de Depeche Mode fase Black Celebration (1986), mas é suave; a ênfase é na New Wave dançante da glamurosa alvorada oitentista.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 2

Dreamcar é a fusão do vocalista Davey Havok, da banda AFI com a parte instrumental do No Doubt. Como Gwen Stefani está ocupada sendo jurada de show de calouros hype, Tony Kanal (baixo), Tom Dumont (guitarra) e Adrian Young (bateria e percussão) juntaram-se a Havok em projeto paralelo que expressasse seu grande amor pela música de mais de três décadas atrás. O resultado são doze canções que parecem álbum de grandes sucessos ou coletânea de pérolas perdidas da década do PacMan.

Experientes buriladores, os quatro não perdem tempo na fórmula do pop viciante: alguns segundos de introdução, primeiro verso e logo entra o refrão, sempre energético, mesmo nas músicas midtempo. Quando esse refrão entra, remanescentes/amantes dos anos oitenta desejarão colorir o rosto com muita maquiagem, untar o cabelão com potes de gel, combinar peças de roupa verde-limão com cor de laranja e lilás e ir para algum estádio pular e acender isqueiro.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 3

Dreamcar é puro pop de arena com deliciosos solos de guitarra e muita influência do Duran Duran. Os Fab Five são a inspiração para a canção de abertura, After I Confessed e Do Nothing. Essas são calcadas na fase primeira do DD2, ao passo que On The Charts é de quando funkearam com Nile Rodgers.

Sem ser cópia escarrada de nada, o Dreamcar exibe influência atrás da outra. Em Kill For Candy, o baixo soa como o de Peter Hook, enquanto em Ever Lonely vocais e bateria evocam o The Cure (fase Pornography). Mas o clima não é o gótico do cabelão e do batom cuidadosamente mal-aplicado e sim de Talk Talk. All Of The Dead Girls brinca com a batida percussiva de Adam & The Ants e Born To Lie é como se A Flock Of Seagulls tivesse reencarnado. Em The Assailant o vocal de Havok assume o mesmo drama de Andy Bell, mas quando entra o coro, o clima muda para Depeche Mode. Grande ironia – intencional? – porque Erasure e Depeche se detestavam no auge das carreiras.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 4

Com paleta sonora propositalmente menor e geograficamente enfatizando a Inglaterra, o álbum consegue o mesmo feito de The Desired Effect (2015), de Brandon Flowers (link para resenha, ao final desta): inventar sonoridade oitentista que nunca existiu do jeito apresentado pelo álbum, porque na época estava fragmentada entre diversos artistas. Por isso esses álbuns soam criativos e frescos, não meros clones.

Assistir vídeo no YouTube

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 5

Tracklist:
01. After I Confessed
02. Kill For Candy
03. Born to Lie
04. On the Charts
05. All of the Dead Girls
06. Ever Lonely
07. The Assailant
08. The Preferred
09. Slip on the Moon
10. Don’t Let Me Love
11. Do Nothing
12. Show Me Mercy

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 6
Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Bangers Open Air


publicidadeMarcelo Matos Medeiros | Glasir Machado Lima Neto | Felipe Pablo Lescura | Efrem Maranhao Filho | Geraldo Fonseca | Gustavo Anunciação Lenza | Richard Malheiros | Vinicius Maciel | Adriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacher | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jorge Alexandre Nogueira Santos | Jose Patrick de Souza | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Leonardo Felipe Amorim | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti Dos Santos | Marcus Vieira | Mauricio Nuno Santos | Maurício Gioachini | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Roberto Rillo Bíscaro

Roberto Rillo Bíscaro é professor universitário e edita o Blog do Albino Incoerente desde 2009.
Mais matérias de Roberto Rillo Bíscaro.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIE NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS