RECEBA NOVIDADES ROCK E METAL DO WHIPLASH.NET NO WHATSAPP

Matérias Mais Lidas


Outras Matérias em Destaque

A banda que não curtiu a versão "turbinada" de seu clássico feita pelo Van Halen

O vocalista que simboliza tudo que um cantor de rock deveria ser para Brian Johnson, do AC/DC

Em 1997, Robert Smith afirmou que pretendia acabar com o The Cure

As 50 melhores músicas do Led Zeppelin de acordo com a revista Classic Rock

A música que Elvis Presley se orgulhou da performance na hora de gravar; "Ouça esse final!"

"Reload" foi achincalhado em resenha publicada na Bizz; "O que era ruim ficou pior"

O músico que fez Eddie Van Halen largar a bateria e pegar a guitarra

Rock e Heavy Metal - lançamentos de álbuns, singles, clipes e outras novidades

Steve Stevens não entende músicos que detestam tocar seus hits

Mike Portnoy aponta a semelhança que existe entre Lars Ulrich e Neil Peart

O megahit do Scorpions que maestro se recusou a gravar por letra picante: "Gosto duvidoso"

Os nomes que Max Cavalera cogitou antes de batizar sua banda como Soulfly

A banda de proto-metal que impressionou Jim Morrison, do The Doors

O clássico do Black Sabbath que foi tocado em menos de 200 shows

Mike Portnoy defende Lars Ulrich e diz que baterista do Metallica é um exemplo a ser seguido


Stamp

Bal-Sagoth: No exato limite entre black e power metal

Resenha - Starfire - Bal-Sagoth

Por Matheus Bernardes Ferreira
Postado em 19 de agosto de 2016

Bal-Sagoth é uma banda inglesa de York fundada no começo da década de 90 e Starfire Burning Upon the Ice-Veiled Throne of Ultima Thule é o seu segundo álbum, o primeiro a misturar black metal e power metal sinfônico em tentativa de compor a música mais épica jamais feita.

Os irmãos Chris e Jonny Maudling tocam todos os instrumentos do álbum e assinam juntos a composição de todas as músicas. Já o auto-proclamado "Lord" Byron Roberts é o responsável pelo vocal e pelas peculiares histórias que o álbum conta. Byron utiliza o Bal-Sagoth tanto para interpretar suas estórias quanto para promovê-las, já que ele é escritor e possui livros publicados cujas estórias convergem com as contadas nas letras das músicas. O talento de Byron como letrista é indiscutível. Suas estórias são ambientadas em fictícias civilizações que teriam existido na pangéia terrestre há milhares de anos atrás e possuíam artes e poderes superiores tidos hoje como impossíveis ou sobrenaturais, que teriam provocado seu total aniquilamento. Suas principais influências literárias são Robert E. Roward, Ashton Clark Smith e H. P. Lovrecraft e, para quem não os conhecem, espere encontrar bastante sangue, morte, horror, poder, glória e êxtase, perpetradas com auxilio das melodias mais épicas possíveis. É uma proposta ousada, que beira o ridículo. A banda assumiu a máxima que diz que se for para fazer algo ridículo, que a faça bem feito. E eles já começaram pelos hilários nomes das músicas e aos alienígenas termos que eles referem, tais como Kor-Avul-Thaa, Gul-Kothoth e Mytos K'unn.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 1

Musicalmente, a banda situa-se no exato limite entre black e power metal. A intensidade da pegada é assustadora. Chris Maudling irrompeu em uma cartase explosiva de riffs técnicos e melódicos que se alternam indiscriminadamente a cada verso e que não mínguam por nada. Seu irmão Jonny, inconformado, engolfou a sonoridade das guitarras com o que conseguiu extrair de mais apoteótico de seus sintetizadores, oras com temas ultra-melódicos, oras com pesadas camada de fundo. Não satisfeito, ele sentou na banqueta e desceu o braço nos caixotes e na prataria, demonstrando eficiência nos rudimentos e virtuosismo nos infernais blast-beats, além de abusar impiedosamente do pedal duplo.

O vocal de Byron confere ao álbum o seu mais distinto artifício: a alternância entre o vocal gutural agudo e a voz narrativa grave. A narrativa não foi utilizada apenas para incrementar uma ou outra passagem, mas se estabelece como elemento primário da composição. A narração chaga a ser mais utilizada do que o gutural, o vocal propriamente dito, evitando assim que o ouvinte se sobrecarregue com gritaria excessiva que, somada ao extremismo instrumental, poderia fazer da música uma experiência dolorosa. Por outro lado, as narrações, quando ouvidas fora do contexto, atribuem às musicas um constrangedor ar de tosquice, pois Byron não se limita apenas a contar as estórias, ele quer revivê-las magistralmente. Temos vozes sussurradas, gritos de guerra, insultos rancorosos, tudo dotado de uma frieza mecânica deliberada e em eficiente contraste com os bestiais guturais. Eis a essência do Bal-Sagoth.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 2

O dinamismo entre bateria, guitarra e teclado impressiona, seja pela pluralidade de inúmeras mudanças rítmicas ao longo das músicas, seja pela a coesão. A estrutura das músicas é extremamente complexa. Por terem narrativas lineares quase não há repetição de versos, não há refrãos, não há solos convencionais, só a incessante moagem infernal. De modo geral, a composição soa exagerada por causa dos excessivamente fantásticos temas de teclado, mas, antes de notarmos o quão patético um tema possa parecer, logo ele é soterrado por outra avalanche rítmica mais formidável ainda. Paralelo a isso, as robustas narrações em contraponto às entusiasmadas gritarias adicionam o elemento de excentricidade que faltava para a música caracterizar-se genuinamente como a mais audaciosa e inovadora tentativa de metal épico já realizada.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 3

Excetuando os instrumentais prólogo, interlúdio (faixa 6) e o epílogo, todas as faixas seguem a mesma pegada, sem grandes destaques individuais. De modo geral, a banda deixa o melhor para o final de cada música, com as passagens mais épicas e melhores melodias localizadas no ultimo terço da faixa. A maior deficiência do álbum está em sua mixagem abafada e imperfeita que permitiu que a altura do som do vocal variasse de música para música, entre outros desarranjos comprometedores. Certamente um som mais limpo e cristalino favoreceria a sonoridade do álbum, que possui uma evidente proposta técnica e de primazia da qualidade sonora, por mais que a banda possua óbvias raízes no black metal. O que de forma alguma tira o brilho deste excelente álbum.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 4

Starfire... é a redefinição da música épica. Se o power metal melódico não está mais suprindo sua carência de energia musical, então tente este álbum. Recomendado para todos os fãs de música melódica extrema.

Bal-sagoth
Starfire Burning Upon the Ice-Veiled Throne of Ultima Thule, 1996
Black / Power Metal (Inglaterra)

Lista de músicas:

Black Dragons Soar above the Mountain of Shadows (Prologue) (3:05)
To Dethrone the Witch-Queen of Mytos K'unn (The Legend of the Battle of Blackhelm Vale) (6:45)
As the Vortex Illumines the Crystalline Walls of Kor-Avul-Thaa (6:35)
Starfire Burning Upon the Ice-Veiled Throne of Ultima Thule (7:23)
Journey to the Isle of Mists (Over the Moonless Depths of Night-Dark Seas) (1:11)
The Splendour of a Thousand Swords Gleaming Beneath the Blazon of the Hyperborean Empire (6:03)
And Lo, When the Imperium Marches Against Gul-Kothoth, Then Dark Sorceries Shall Enshroud the Citadel of the Obsidian Crown (6:28)
Summoning the Guardians of the Astral Gate (6:09)
In the Raven-Haunted Forests of Darkenhold, Where Shadows Reign and the Hues of Sunlight Never Dance (6:29)
At the Altar of the Dreaming Gods (Epilogue) (2:29)

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 5

Músicos:

Byron Roberts / Vocals
Jonny Maudling / Bateria, Teclado
Chris Maudling / Guitarra, Contrabaixo

Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Manifesto 2025


publicidadeThiago Feltes Marques | Marcelo Matos Medeiros | Glasir Machado Lima Neto | Felipe Pablo Lescura | Efrem Maranhao Filho | Geraldo Fonseca | Gustavo Anunciação Lenza | Richard Malheiros | Vinicius Maciel | Adriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacher | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jorge Alexandre Nogueira Santos | Jose Patrick de Souza | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Leonardo Felipe Amorim | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti Dos Santos | Marcus Vieira | Mauricio Nuno Santos | Maurício Gioachini | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIE NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS