Krisiun: Mais um clássico do Death Metal
Resenha - Forged in Fury - Krisiun
Por Marcello Cohen
Postado em 23 de setembro de 2015
O Heavy Metal feito no Brasil é, e sempre foi, rico em bandas ótimas de variados estilos. Dentre elas, muitas alcançaram incrível prestígio internacional. Atualmente, é quase uma unanimidade que o Krisiun é a banda mais forte do estilo no Brasil. Não que bandas como Sepultura, Angra e Ratos De Porão não estejam fazendo algo relevante no momento, exatamente o contrário, mas os irmão gaúchos vivem o que considero o auge de sua criatividade musical. Discos como Black Force Domain e Conquerors of Armageddon são fundamentais, mas meus preferidos são justamente os 2 últimos, Southern Storm e The Great Execution. Forged In Fury nada mais é que a sequência natural deles, que já podemos colocar como clássico nivelado aos anteriores, sem medo de errar.
O que vemos aqui são músicas trabalhadas, muitas com 5 ou 6 minutos de duração, técnica acima da média e o som mais limpo que uma banda de Death Metal pode produzir, isso obviamente sem perder a essência. Em meio ao Death característico, passagens de Heavy e Thrash podem ser notadas, formando uma combinação complexa, matadora e irrepreensível. A bateria por muitas vezes metrancada de Max Kolesne apresenta o seu auge criativo, sem demagogia. Obviamente, em passagens de músicas como Dogma of Submission ele não deixa de imprimir a sua marca característica. Nessa canção é um dos momentos onde o Krisiun apresenta um pouco daquele Death mais sujo do inicio de carreira, com sabedoria e precisão. O baixo de Alex Camargo também aparece claramente em vários momentos. Obviamente Moyses Kolesne não deixa por menos. Não é simples destrinchar uma obra tão complexa e, diria eu, perfeita no que ela se propõe a fazer, mas em resumo vemos em Forged In Fury um disco de Death Metal na mais perfeita forma que o estilo pode produzir na atualidade. Não tem uma música sequer que podemos dizer que a bola baixa, mas se é para destacar algo em um universo tão coeso, ficaria com as extraordinárias Scars of the Hatred, Strength Forged in Fury e Burning of the Heretic. As curiosidades ficam por conta do encerramento com Milonga de la Muerte, um solo de violão clássico em que Moyses mostra toda a sua técnica diferenciada. Temos também uma versão simplesmente matadora para Electric Funeral do Black Sabbath, onde a banda consegue imprimir a sua marca sem descaracterizar o clássico em questão. Mais uma para a coleção, que inclui Refuse/Resist do Sepultura, Black Metal do Venom, No Class do Motorhead, Nuclear Winter do Sodom e Total Death do Kreator, por exemplo.
Podemos dizer que o Krisiun entregou exatamente o que se esperava da banda. Uma sequência de The Great Execution, com a experiência acumulada durante o período de intervalo, marcado por uma longa tour mundial. Uma banda que nunca falhou cumpre seu papel com perfeição, entregando um clássico do Death Metal com toques sábios de modernidade e velharia na medida certa. Não deixe de comprar em hipótese alguma!
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