Queensryche: Sonoridade nos remete aos áureos tempos do grupo
Resenha - Queensryche - Queensryche
Por Doctor Robert
Postado em 10 de julho de 2013
Nota: 8 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
E seguimos com a saga das duas bandas homônimas que um dia já formaram a maior banda de heavy metal progressivo da história... Nessa altura do campeonato já não precisamos mais daquele "blá-blá-blá" todo explicando o que se passou no mundo de loucuras e devaneios de Geoff Tate, culminando com sua expulsão do grupo, formação do seu próprio "Queensryche" e etc... concentremo-nos no material lançado por seus ex-colegas junto ao novo vocalista Todd LaTorre...
E se muitos fãs olhavam com desconfiança para este lançamento, a surpresa é pra lá de agradável! Era natural ficar com um pé atrás, já que desde os longínquos anos 1990, quando Chris DeGarmo havia saído do grupo, a queda na qualidade das composições era vertiginosa. E como seu sucessor na função de principal autor das músicas passou a ser o vocalista Geoff Tate, agora fora também, ficava um grande ponto de interrogação sobre o novo material - algo que se dissipa rápido se lembrarmos que Scott Rockenfeld e Michael Wilton foram responsáveis por algumas composições nos álbuns clássicos do grupo. E eis que o primeiro álbum que leva o nome da banda é muito bom, para alívio geral da nação "Rycheana"...
A sonoridade nos remete aos áureos tempos do Queensryche, aquela que mesclava uma certa dose de peso, com algumas guitarras limpas, solos dobrados melodiosos, levadas com grande pitadas progressivas na bateria e baixo... Fica então a pergunta: será que o principal problema do grupo foi a monopolização de Geoff Tate nas composições e tudo mais? Parece que sim, pois todos os elementos que agradam aos fãs das antigas estão aqui. Se duvida, ouça "In This Light", e diga se não parece ter saído de algum lugar entre "Rage For Order" e "Operation Mindcrime"... E para quem ainda não teve a oportunidade de ouvir o novo vocalista, LaTorre, pelo menos em estúdio, soa como um clone perfeito de Geoff Tate em seus bons tempos.
Os destaques? "Redemption" é uma bela e inspirada composição, assim como "Where Dreams Go To Die", que já havia sido disponibilizada via You Tube algum tempo atrás, e nos remete ao que o grupo fazia em seus primórdios. "A World Without" pode ser olhada com certa desconfiança no começo, mas logo acaba ganhando o ouvinte com suas orquestrações e a participação de Pamela Moore (a eterna Sister Mary) nos vocais. E a dobradinha "Don't Look Back" e "Fallout" leva a energia lá em cima, lembrando os bons tempos de "Empire".
A produção esmerada do velho companheiro James "Jimbo" Barton é uma ajuda mais do que bem vinda - dispensável comparar com a tosca produção do disco lançado pelo ex-vocalista Tate... Seu principal defeito? Ser curto demais (apenas 35 minutos).
Mas o que realmente chama atenção é a qualidade do material. É claro, todas as devidas proporções devem ser observadas. Por melhor que seja o disco, esse "Queensryche" de 2013, o álbum, não chega perto daqueles que a banda fez entre "Rage For Order" até sua última grande obra, o fantástico "Promised Land", mas é um alento e tanto para os fãs que não aguentavam mais os discos xaroposos que vinham sendo lançados um após o outro pelo quinteto. E ficam abertas as portas para um horizonte muito promissor para este quinteto...
Pode ouvir sem sustos - ou melhor, com muito prazer...
"Queensryche" (2013) - Century Media Records
Produção e mixagem: James "Jimbo" Barton
Músicas:
‘X2′
‘Where Dreams Go To Die’
‘Spore’
‘In This Light’
‘Redemption’
‘Vindication’
‘Midnight Lullaby’
‘A World Without’
‘Don’t Look Back’
‘Fallout’
‘Open Road’
Banda:
Todd La Torre – vocais
Michael Wilton – guitarras
Parker Lundgren – guitarras
Eddie Jackson – baixo, backing vocals
Scott Rockenfield – bateria, percussão, arranjos orquestrais
Músicos convidados:
Pamela Moore – vocais (‘A World Without’)
Andrew Raiher – violino, arranjos orquestrais adicionais
Outras resenhas de Queensryche - Queensryche
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



As músicas do Iron Maiden que Dave Murray não gosta: "Poderia ter soado melhor"
O músico que Neil Young disse ter mudado a história; "ele jogou um coquetel molotov no rock"
Inferno Metal Festival anuncia as primeiras 26 bandas da edição de 2026
A música favorita de todos os tempos de Brian Johnson, vocalista do AC/DC
A banda brasileira que está seguindo passos de Angra e Sepultura, segundo produtor
Como foi para David Gilmour trabalhar nos álbuns solos de Syd Barrett nos anos 1970
Os dois maiores bateristas de todos os tempos para Lars Ulrich, do Metallica
Guns N' Roses é anunciado como headliner do Monsters of Rock 2026
O guitarrista do panteão do rock que Lou Reed dizia ser "profundamente sem talento"
Soulfly: a chama ainda queima
Os 5 melhores álbuns do rock nacional, segundo jornalista André Barcinski
A banda de thrash fora do "Big Four" que é a preferida de James Hetfield, vocalista do Metallica
A música do Trivium que mistura Sepultura, emo e melodic death metal
A banda que deixou o Rage Against The Machine no chinelo tocando depois deles em festival
A única música do Led Zeppelin que Geddy Lee conseguia tocar: "Padrão repetitivo"


Queensryche foi muito importante para o Dream Theater, segundo John Petrucci
6 bandas que são chamadas de metal farofa mas não deveriam, de acordo com a Loudwire
O clássico do Megadeth que teve inspiração dos Beatles, Queensryche e sushi
5 discos lançados em 1988 que todo fã de heavy metal deveria ouvir ao menos uma vez na vida
5 discos lançados em 1990 que todo fã de heavy metal deveria ouvir ao menos uma vez na vida


