RECEBA NOVIDADES ROCK E METAL DO WHIPLASH.NET NO WHATSAPP

Matérias Mais Lidas


Outras Matérias em Destaque

No início de carreira, Metallica era um "cover do Diamond Head"

A razão que levou Paulo Ricardo a nunca tocar ao vivo um de seus projetos de maior sucesso

O dia que centenas de coturnos de punks de SP foram embaralhados por tiras após dura

O comentário que deixou Brian Johnson arrasado quando ele gravou o "Back in Black", do AC/DC

O álbum que Jimmy Page considerou que "apenas metade" dele ficou legal

Ian Anderson relembra por que recusou convite para o Jethro Tull tocar no Woodstock

O clássico do Metallica inspirado em filme que venceu o Oscar em cinco categorias

A canção do Deep Purple inspirada em duas canções de Jimi Hendrix

5 álbuns que marcaram a vida de Michael Amott (Arch Enemy)

A canção do Jethro Tull que os fãs adoram, mas Ian Anderson "detesta e odeia"

Por que não havia cultura de "feat" no rock nacional anos 1980, segundo Paulo Ricardo

O pior solo gravado por Jimi Hendrix: "Repleto de firulas e exibicionismo que não emociona"

Os álbuns de rock que estão na coleção oficial de discos da Casa Branca nos EUA

O melhor álbum do Judas Priest, na opinião de Lars Ulrich

O grande erro do Pink Floyd no "Dark Side of the Moon", segundo o lendário Nick Mason


Stamp
Bangers Open Air

Judas Priest: Um caminho de sucesso a ser trilhado

Resenha - Sad Wings Of Destiny - Judas Priest

Por Hugo Alves
Postado em 21 de abril de 2013

Falar sobre o segundo álbum do Judas Priest é falar sobre o momento em que eles começaram a ser aquilo que todos nós, amantes de Heavy Metal, aprendemos a amar a partir das obras de Rob Halford e cia.. Após o controverso e "perdidão" "Rocka Rolla" (1974), o Judas Priest encontrou seu caminho, de modo que a voz de Rob Halford ganhou vida própria e o Heavy Metal praticado pela banda se tornou uma escola obrigatória para toda e qualquer banda que tenha vindo após eles.

Judas Priest - Mais Novidades

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 1

Falo hoje sobre o segundo disco do Judas Priest, o mega-clássico "Sad Wings of Destiny", lançado em 1976. Este disco é uma obra-prima perdida (e ao longo da resenha será explicado o "por quê" deste adjetivo) do Heavy Metal, e já na abertura do CD ouvimos a arrasa-quarteirão "Victim of Changes" que, infelizmente, começa com um fade-in que se prolonga em demasia, fazendo com que o ouvinte perca uma parte da introdução em guitarras dobradas, sendo esse o marco-zero da influência que K.K.Downing e Glenn Tipton viriam a exercer sobre todas as outras bandas que surgiriam a partir de então. Essa canção é um clássico de quase oito minutos que apresenta tudo o que o Judas Priest sabe fazer de melhor: bateria forte e cadenciada, baixo marcante, guitarras rasgadas e vocal caprichado, num dos melhores trabalhos de Rob Halford, que abusou dos agudos cortantes e certeiros, bem como em outra faixa imortal no repertório da banda, "The Ripper" (que, a título de curiosidade, ironicamente veio batizar o substituto de Rob Halford no Judas Priest, o injustiçado Tim Owens, anos depois). Essa canção é um símbolo do Metal, com suas guitarras distorcidas subindo em tons e semitons, num clima obscuro e acelerado ao mesmo tempo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 2

A canção seguinte, "Dreamer Deceiver", parece uma transição entre o Judas Priest de "Rocka Rolla" e o deste álbum, já que trata-se de uma balada triste, cadenciada, na qual Rob Halford estranhamente "engrossa" a voz, e fica um tanto artificial, mas a coisa melhora da metade até o final, quando ele volta a experimentar o que viria a ser sua marca registrada: vocal teatral e abusivamente agudo, contando ainda com belos solos de guitarra no final. A faixa que vem a seguir é bem curta (menos de três minutos): trata-se de "Deceiver", uma canção típica do Heavy Metal, as palhetas coçando as cordas mais graves, com o baixo e a bateria marcando, fazendo a cozinha perfeita para as viagens vocais de Halford.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 3

Num clima de filmes de terror, entra em cena um som de piano (!) e, com ele, "Prelude", introdução instrumental de dois minutos que, no final, conta com órgão e alguns fills de guitarras dobradas, tudo isso para introduzir uma trinca de clássicos importantíssimos para o começo da carreira do grupo, mas que a partir dos anos 1980 acabaram num longo esquecimento. A primeira é a nervosa "Tyrant", e aqui ouvimos o então novo baterista Alan Moore (que substituiu John Hinch, que foi o baterista do primeiro disco) arrebentando a bateria num ritmo acelerado e incessante que veio a ser uma das muitas marcas registradas da banda, seguida por "Genocide", com distorções inacreditáveis nas guitarras, mesmo para a época, e novamente o vocal inconfundível de Rob Halford, bluesy e agressivo ao mesmo tempo, se faz presente de maneira sublime aqui. A trinca finaliza com a inusitada "Epitaph", onde novamente encontramos um belo trabalho de piano, mas infelizmente Rob Halford resolveu "engrossar" a voz e deixar a canção um tanto artificial. Essa faixa é realmente um achado dentro do vasto repertório da banda, chegando até a lembrar o Queen em alguns momentos, principalmente por causa dos backing vocals (Freddie Mercury & cia. lançaram "A Day at the Races" naquele mesmo ano e haviam estourado no mundo com "A Night at the Opera" e sua "Bohemian Rhapsody", um ano antes).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 4

Finalizando a bolacha, "Island of Domination" empresta o clima de piano nos primeiros segundos para, logo em seguida, se tornar uma faixa agressiva, onde as palhetas coçam as cordas graves (e me parece haver um efeito wah-wah) aqui, e Rob Halford grita como se fosse a última coisa que fizesse na vida. A cozinha de Ian Hill e Alan Moore aqui faz uma diferença gigantesca, numa marcação certeira que dá cara própria à canção.

O álbum "Sad Wings of Destiny" rendeu bons frutos à banda: alguns clássicos que duraram muito tempo, outros que os perseguiram por toda a carreira mas, principalmente, personalidade. A banda finalmente se encontrou, ainda que alguns clichês não tenham aparecido aqui. De qualquer modo, a história teve um final um pouco triste: após o fim da turnê de promoção do disco, a banda rompeu com a Gull Records (responsável pelos dois primeiros discos da banda), indo para a Columbia Records (na Inglaterra; CBS nos EUA) e, infelizmente, perdendo os direitos sobre os dois primeiros álbuns – hoje, se você encontrar uma cópia original daquela época, saiba que tem algo raro e valiosíssimo em suas mãos. Uma obra inestimável do Heavy Metal, que só veio a comprovar que o Judas Priest andava na contramão do que era moda na época: o Rock Progressivo e o Heavy Metal perdendo lugar para o Punk Rock – isso não atingiu o Judas Priest, que esfregou na cara do mundo por muitos anos do que é feito o genuíno Heavy Metal, sem no entanto parecer piegas, como o Manowar, por exemplo. Clássico!

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 5

Tracklist (do CD – a ordem do vinil é diferente):

01. Victim of Changes
02. The Ripper
03. Dreamer Deceiver
04. Deceiver
05. Prelude
06. Tyrant
07. Genocide
08. Epitaph
09. Island of Domination

Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Linkin Park


publicidadeEfrem Maranhao Filho | Geraldo Fonseca | Gustavo Anunciação Lenza | Marcelo Matos Medeiros | Glasir Machado Lima Neto | Richard Malheiros | Adriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacher | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jorge Alexandre Nogueira Santos | Jose Patrick de Souza | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Leonardo Felipe Amorim | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti Dos Santos | Marcus Vieira | Mauricio Nuno Santos | Maurício Gioachini | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Hugo Alves

Hugo Alves é formado em Letras (Português and Inglês) pela UNISO - Universidade de Sorocaba e futuro mestrando em Literatura ou Semiótica. Começou a escutar Rock aos 11 anos com "Bring Me to Life" do Evanescence, mas o que o tomou para sempre para o Rock and Roll foi "Fear of the Dark" (versão ao vivo no Rock in Rio), do Iron Maiden, banda que, ao lado de The Beatles, considera como favorita, amando quase que igualmente os sons de Viper, Angra, Shaman, Andre Matos, Rush, Black Sabbath, Metallica, etc. Foi vocalista das bandas Holygator e Bad Trip, iniciantes em Sorocaba/ SP, e também toca guitarra e baixo. Outra de suas paixões é a Literatura, pela qual desenvolveu o gosto pela escrita e comunicação.
Mais matérias de Hugo Alves.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIE NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS