A curiosa maneira como Rafael Bittencourt identifica quem é músico na plateia do Angra
Por Gustavo Maiato
Postado em 18 de agosto de 2023
Não é segredo que entre os fãs de metal há muitos que são também músicos. No caso do Angra, diversos guitarrista e bateristas certamente foram inspirados pelos integrantes da banda a começar no instrumento.
Em episódio do Amplifica, Rafael Bittencourt contou como faz para descobrir quem é músico e quem não é no show do Angra.
"É possível perceber claramente quando alguém é músico, como no caso da nossa banda Angra. Você pode ver como a música age sobre eles. Por exemplo, o Fabio Lione, ele olha para trás e entra naquele pedaço da música que cabe tipo um 'Hey, Hey' da plateia. A galera está realmente se empolgando nessa parte. Olha, eles estão seguindo a batida certinha, nem hesitaram. Eles estão totalmente ligados ao ‘Hey’, né?
No caso dos músicos, eles ficam de braço cruzados curtindo, tipo: ‘Interessante como vocês conseguiram colocar todo mundo para fazer o ‘Hey’’. Isso é muito interessante. Eles estão ali para analisar o show e a interação com o público. Mas o interessante é que eles não ficam no centro da plateia o tempo todo. Eles se colocam um pouco mais à margem, observando. E então, quando sentem que é a hora certa, tentam se envolver e engajar o público".
Curiosidades sobre os fãs do Angra
Outra curiosidade sobre os fãs do Angra é um dado que Fabio Lione observou, conforme relatou o jornalista Gustavo Maiato.
"Eu gosto muito do fato de que a banda nesse momento está com uma química muito boa. Ao vivo, principalmente, estamos entregando um show muito bom. Estamos afiados. No passado, sei que o Angra não tinha isso sempre. Você talvez escute um CD que é muito bom, mas tinha um show ou outro que não era o máximo. Tinham problemas, brigas internas com membros.
O vocalista podia não estar muito bem. Nesse momento, acho que a banda tem potencial gigante. Cada vez que fazemos um show, vejo que a galera está emocionada e gostando do show. Não só cantar, mas o show em si. Outra coisa interessante, principalmente no Brasil, você vê muitos meninos jovens de 16 a 25 anos na plateia. Isso mostra que atingimos várias gerações.
Acho isso importante. Conseguir trabalhar novas músicas e conquistar novos fãs. No Japão, toquei lá algumas vezes e você vê a mesma pessoa simplesmente alguns anos mais velha. Não vê novos fãs. Isso acontece com muitas bandas de power metal no Japão. Isso significa que no Japão esse estilo de música não conseguiu atravessar as gerações. No Brasil é diferente. Isso é importante para todas as bandas".
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