Como Raul Seixas conheceu sua pouco falada terceira esposa, Tânia Menna Barreto
Por Gustavo Maiato
Postado em 15 de agosto de 2025
No turbilhão que foi a vida de Raul Seixas, Tânia Menna Barreto aparece como uma das figuras mais enigmáticas e menos exploradas. Terceira esposa do cantor — com quem viveu por cerca de três anos —, Tânia não teve filhos com ele, mas deixou marcas no plano criativo. Ao lado de outras parceiras, ela faz parte de um fenômeno singular: todas as mulheres com quem Raul teve relacionamento após seu primeiro casamento se tornaram também coautoras de suas músicas.
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Em entrevista publicada no livro "O Raul que me Contaram", Tânia relembra o primeiro encontro com Raul, que aconteceu poucos dias depois de tê-lo visto na TV interpretando "Gita". "Quando eu passei, ele estava vendo televisão. Eu comentei: ‘Que homem interessante!’ Nunca imaginei que ia ser mulher dele um dia", conta.
O reencontro veio em uma festa. "Ele ficou lá no meio da sala em pé, olhando. Olhava fixo, direto. Eu nem sabia se ele estava me encarando, porque usava óculos escuros." A aproximação foi direta e logo o cantor apareceu na casa dela com um amigo, vestindo o famoso casaco de pele de coelho. "Acho que ele tinha vindo daquele ensaio que tem na capa do Maluco Beleza. Ele estava exatamente igual."

Raul Seixas e Tânia Menna Barreto
Logo engataram um relacionamento, e não demorou para que Tânia passasse a frequentar também o mundo criativo de Raul. Durante o período em que estiveram juntos, ela participou ativamente da produção do disco "Mata Virgem" (1983), um trabalho que revela uma faceta mais romântica do artista — ainda que envolta em turbulências pessoais.
"Foi a fase em que ele perdeu o medo de ser romântico", diz Tânia no livro. "Ele falou pra mim: ‘Agora eu tenho vontade de gravar músicas até que eu achava bregas, de que eu tinha vergonha.’"

Segundo ela, o próprio Raul reconhecia que antes sentia vergonha das músicas românticas que ouvia do pai. Mas, com Tânia, se sentiu confortável para explorar essa vulnerabilidade. "O seu Raul era um poeta, né? Foi uma das fases mais românticas dele."
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