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Brian May and Friends: diversão era a palavra-chave

Resenha - Star Fleet Project - Brian May and Friends

Por Doctor Robert
Postado em 05 de fevereiro de 2013

1983 foi um ano em que o Queen resolveu tirar férias. Além do intervalo merecido na rotina de gravações em estúdio e turnês mundiais, o clima entre os membros do grupo não era exatamente o melhor naquele período: no ano anterior, após o fracasso comercial com o álbum "Hot Space", onde basicamente o vocalista Freddie Mercury forçou a barra para que os demais aceitassem a orientação black/disco, a relação entre eles ficou estremecida, algo que só piorou quando o vocalista se mudou para Munique e passou a ter "companhias indesejadas" ao seu redor (basicamente pessoas interesseiras e viciadas em drogas), numa mudança de comportamento e atitude que desagradou aos demais.

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Durante este tempo combinado entre eles para esfriar a cabeça e o clima melhorar, Brian May se encontrava em Los Angeles e após algumas conversas informais com alguns músicos conhecidos que se encontravam na cidade, resolveu reservar dois dias (21 e 22 de abril) no estúdio Record Plant para tocar e gravar com estas pessoas, por puro entretenimento.

Um dos convidados era ninguém menos que Eddie Van Halen, conhecido de Brian desde o final da década de 1970, quando o Van Halen era a banda de abertura do Black Sabbath (cujo guitarrista Tony Iommi é amigo de longa data de Brian). Além de Eddie, reuniram-se naquele estúdio o baterista do REO Speedwagon, Alan Gratzer, o baixista Phil Chen e o tecladista Fred Mandel (ambos músicos de estúdio, bastante requisitados).

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A primeira ideia de Brian May era a de recriar o tema de um seriado de TV inglês (bastante parecido com aqueles japoneses no estilo "Ultraman", "Jaspion" e etc.) chamado "Star Fleet", por sugestão de seu filho Jimmy, que era apaixonado pelo programa. O guitarrista achou interessante transformar o tema, de autoria de Paul Bliss, em um hard rock.

Segue depoimento de Brian, constante na contracapa do trabalho: "Tendo sido introduzido nesta realidade pelo meu filho, fiquei igualmente obcecado com tudo e tive a ideia de fazer uma versão hard rock do tema principal da série. Alguns meses depois, estava em Los Angeles com tempo livre. E descobri que quatro músicos, com quem há muito pretendia tocar, estavam na mesma cidade, à distância de um telefonema. Para minha surpresa, eles adoraram as ideias que eu tinha. Assim, enchi-me de coragem, aluguei um estúdio, e lá fomos nós".

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"Nenhum de nós tinha feito algo do tipo antes - não havia nenhuma companhia por detrás, não haviam planos para lançamento do álbum, não havia nenhuma organização de base a apoiar-nos, só havíamos nós. Tudo por diversão".

Diversão era a palavra-chave, porém ela parece não transparecer tanto na faixa-título, a primeira a ser gravada. "Em STAR FLEET, gravada no primeiro dia, pode pressentir uma espécie de sensação de alegria nervosa: a nova situação em que nos encontrávamos produziu um estranho e diferente tipo de energia entre nós", relata Brian. Não exatamente engessados, mas os músicos aqui seguiam alguns arranjos pré-determinados, e iam se soltando aos poucos (a introdução, por exemplo, com os harmônicos característicos de Eddie Van Halen, surgiu no decorrer das gravações).

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Mas foram nos outros dois temas, gravados no dia seguinte, é que os músicos começaram a se soltar e a se divertir, em especial os dois gênios das 6 cordas. Sobre elas, Brian diz: "Em LET ME OUT (uma antiga canção da minha autoria que encontrou uma nova vida) e em BLUES BREAKER, que foi puramente espontânea, podemos ouvir um grupo de pessoas muito mais relaxadas, desfrutando a inspiração provocada pelo estilo e técnica de cada um".

Ainda sobre a faixa "Let Me Out": "No último solo de LET ME OUT, Edward tortura a corda mais aguda da guitarra até a sua morte audível, e depois percorre as outras cinco cordas com naturalidade. Os outros pormenores eu deixarei para a sua imaginação. Não é difícil perceber quem tocou o quê!".

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Para os fãs dos dois guitarristas, estes se soltam realmente é na longa jam-session chamada de "Blues Breaker". No mais tradicional estilo de "duelo", Brian e Eddie desfilam solos e mais solos, e inclusive algumas risadas são ouvidas ao final da gravação – demonstrando o quanto os músicos estavam se divertindo. A curiosidade fica por conta da dedicatória ao ídolo Eric Clapton, que algum tempo depois iria criticar a homenagem, dizendo-se envergonhado com ela: "Aquilo não é blues".

À época, Brian May não tinha o menor propósito em lançar comercialmente as gravações: "Eu poderia ter mantido as fitas guardadas numa gaveta, como uma gravação privada de uma das melhores experiências da minha vida. Mas as poucas pessoas a quem eu fiz ouvir as fitas imploraram para que fossem lançadas e, na verdade, ficarei muito feliz se outras pessoas conseguirem desfrutar disto da mesma maneira que eu o fiz".

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O guitarrista então se viu convencido pelos pedidos e resolve reunir as canções no formato de um mini-LP, sob o nome de "Star Fleet Project", com a faixa título e "Let Me Out" formando o Lado A, e "Blues Breaker" ocupando o Lado B, como uma maneira de Brian desafiar o velho padrão das gravadoras de lançar apenas compactos e LPs. Convidou o alemão Reinhold Mack (então produtor do Queen) para mixar as gravações, e o velho amigo e parceiro de banda Roger Taylor para incluir alguns backing vocals em "Star Fleet", com os devidos créditos: "Tentei moldar STAR FLEET em algo semelhante a um "álbum convencional". Agradeço ao Roger pela ajuda que me deu nos vocais dos coros. Mas acabei por não mexer em nada mais da gravação original. O resto é apenas uma mixagem nua e crua". E no final, Brian agradecia e recomendava: "Obrigado! Desfrutem disto!".

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"Star Fleet Project" permanece até hoje como um artigo raro, de colecionador. Foi lançado oficialmente apenas na época, em vinil, tendo suas músicas relançadas como faixa-bônus em duas ocasiões, cerca de uma década depois: primeiramente junto ao single de "Back To The Light", faixa título do álbum solo que Brian May lançaria em 1992, e depois como partes integrantes do mini-álbum japonês "Ressurection", lançado no ano seguinte.

Se não há nada de grandioso, vale pela curiosidade e pela raridade de ver Brian May e Eddie Van Halen, dois dos maiores guitarristas da história do rock, reunidos e se divertindo.

Faixas:
1. "Star Fleet" (Bliss/arr. May) 8:04
2. "Let Me Out" (May) 7:13
3. "Blues Breaker" (May/Van Halen/Gratzer/Chen/Mandel) 12:41

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Produzido por Brian May – Mixado por Mack

Músicos:
Brian Mayguitarra, vocal
• Eddie Van Halenguitarra, backing vocals
• Alan Gratzer – bateria
• Phil Chen – baixo
• Fred Mandel – teclados
• Roger Taylor – backing vocals em "Star Fleet"

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Sobre Doctor Robert

Conheceu o rock and roll ao ouvir pela primeira vez Bohemian Rhapsody, lá pelos idos de 1981/82, quando ainda pegava os discos de suas irmãs para ouvir escondido em uma vitrolinha monofônica azul. Quando o Kiss veio ao Brasil em 1983, queria ser Gene Simmons e, algum depois, ao ver o clipe de Jump na TV, queria ser Eddie Van Halen. Hoje é apenas um bom fã de rock, que ouve qualquer coisa que se encaixe entre Beatles e Sepultura, ama sua esposa e juntos têm um cãozinho chamado Bono.
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