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Huntress: O Heavy Metal em 2012 passa por esta banda

Resenha - Spell Eater - Huntress

Por Ricardo Seelig
Fonte: Collectors Room
Postado em 06 de maio de 2012

Nota: 8 starstarstarstarstarstarstarstar

A trajetória de Jill Janus, vocalista e figura central do Huntress, é impressionante. A garota foi criada em uma fazenda localizada nas montanhas Catskill, próximas a Nova York. Adolescente, mudou-se para Manhattan, onde desenvolveu a sua voz de soprano e graduou-se em um conservatório. Depois de formada, fez uma audição, foi aprovada e embarcou para Mônaco, onde passou um ano se apresentando para a rica sociedade europeia. De volta aos Estados Unidos, Jill começou a promover festas onde era DJ de heavy metal para sobreviver. Detalhe: ela tocava os discos vestida apenas com um minúsculo biquini.

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A loira mantinha, em paralelo, um emprego fixo no World Trade Center, onde apresentava um programa chamado The Stereo Show no andar 107. O programa foi ao ar pela última vez em 10 de setembro de 2001. No dia seguinte, as Torres Gêmeas foram ao chão devido ao atentado terrorista que marcou uma geração. Jill perdeu, além do emprego, o seu apartamento (que ficava próximo ao WTC) e toda a sua grana. Sem ter para onde ir, voltou a morar com os pais. Lá, a Playboy entrou em contato com a vocalista e a enviou para Los Angeles para fazer um ensaio fotográfico. E foi justamente na Califórnia que a loira finalmente encontrou os músicos para formar a banda que sempre quis.

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O Huntress surgiu em 2009, quando Jill Janus encontrou os guitarristas Blake Meahl e Ian Alden, o baixista Eric Harris e o baterista Carl Wiezrbicky. Os cinco começaram a ensaiar e a dar forma à sua música, apresentando-se em diversos clubes. Esses shows chamaram a atenção da mídia especializada e da Napalm Records, que assinou com o grupo em 2011. O burburinho cresceu com o lançamento do vídeo para o single "Eight of Swords" em outubro do ano passado, que impressionou por trazer um heavy metal agressivo e intenso, enquanto a banda explorava um visual repleto de espadas, couro e, é claro, a sensualidade de Jill.

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"Spell Eater" é o disco de estreia do Huntress. Lançado na Europa no último dia 27 de abril, dá sequência à ascenção constante do quinteto. Produzido por Chris Rakestraw (Motörhead, Skeletonwitch, Danzig), o álbum é um primor, apresentando um metal tradicional vigoroso e empolgante.

Liricamente, o Huntress segue o mesmo caminho de nomes como Ghost e Devil’s Blood, explorando temas ligados ao ocultismo e ao paganismo em suas letras. Essa abordagem é mantida também no aspecto visual, com Jill Janus posando coberta de sangue e deitada sobre pentagramas vestindo trajes inspirados na personagem de quadrinhos Vampirella. Já no que se refere à música, o que temos é um som influenciado por nomes clássicos como Judas Priest, Iron Maiden, Mercyful Fate, Megadeth e Iced Earth. A ligação com o Mercyful fica ainda mais explícita pela forma de cantar de Jill, explorando tons altíssimos e falsetes em suas linhas vocais, seguindo os ensinamentos de King Diamond. Há uma dose extra de agressividade devido ao flerte explícito com o thrash metal, resultando em um som agressivo, melódico e cheio de energia.

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O trabalho de guitarra é primoroso. Riffs cheios de classe remetem à NWOBHM e dividem espaço com passagens rapidíssimas e trechos com guitarras gêmeas. Os vocais são sempre altíssimos, como se Jill fosse uma espécie de banshee a serviço do metal. Porém, a vocalista vai além, explorando também timbres mais guturais, o que dá um muito bem-vindo ar extremo ao som.

Tudo gira em torno de Janus. Ela dá um novo significado para o heavy metal cantado por mulheres, afastando-o, por exemplo, do que artistas como Cristina Scabbia e Angela Gossow fazem, respectivamente, no Lacuna Coil e no Arch Enemy. Jill é a terceira via, uma nova possibilidade, explorando uma gama que não se limita à vozes operísticas ou o gutural puro e simples.

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As dez faixas de "Spell Eater" mostram, sem cerimônia, as muitas qualidades do grupo. A faixa-título e "Eight of Swords" se destacam de imediato, e são sérias candidatas a futuros clássicos. "Snow Witch" tem um belo solo de guitarra, enquanto "Senicide" e "Children" conquistam com refrões e linhas vocais que não saem da cabeça tão cedo.

Este é apenas o primeiro disco do Huntress e mostra uma banda com predicados suficientes para nos fazer acreditar que, nos próximos anos, Jill Janus e sua turma alçarão vôos cada vez mais altos.

O heavy metal em 2012 passa pelo Huntress. Seja esperto, embarque nesse disco e não passe reto.

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Faixas:
Spell Eater
Senicide
Sleep and Death
Snow Witch
Eight of Swords
Aradia
Night Rape
Children
Terror
The Tower


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Sobre Ricardo Seelig

Ricardo Seelig é editor da Collectors Room - www.collectorsroom.com.br - e colabora com o Whiplash.Net desde 2004.
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