Arch Enemy: acesso ao questionável mainstream?
Resenha - Khaos Legions - Arch Enemy
Por Ben Ami Scopinho
Postado em 18 de julho de 2011
Nota: 6 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Liberar inúmeros trabalhos de impacto que ajudaram a modelar todo um cenário musical e contar com uma base de fãs que somente parece aumentar são os frutos de muita dedicação em uma trajetória que já ultrapassou a marca dos 15 anos para o Arch Enemy. Mas, até quando uma banda consegue manter este ritmo tão positivo?
É claro que o Arch Enemy sempre exibiu uma saudável flexibilidade ao modificar sensivelmente sua música ao longo de cada um de seus sete álbuns de estúdio, e sem comprometer o cerne de sua proposta original. Mas, com "Khaos Legions", os suecos oferecem não somente ocasiões de uma transformação mais radical, mas exibem também sinais de cansaço, o que fará com que o público e crítica venham dividir as opiniões sobre o novo registro.
Se o grande atrativo do Arch Enemy era o invejável trabalho dos irmãos e guitarristas Amott, praticamente virtuosos, agora se optou em construir um repertório com várias canções bem mais simples, reduzindo a velocidade e injetando mais melodias em uma paleta com as mais variadas vertentes pelas quais o Heavy Metal se ramificou. E há de tudo, desde o já esperado Death Melódico, muito Power e, quem diria, até mesmo resquícios de um impensável Hard Rock se fazem presentes por aqui.
Assim, entre esses experimentos, "No Gods, No Masters" é a que melhor evidencia a rejeição aos arranjos mais intrincados e um dos exemplos de clichês e reciclagens do disco. De positivo, "Bloodstained Cross" funciona bem ao mesclar andamentos bem acessíveis, mas com espaço para o metal extremo. De qualquer forma, são as faixas com os conhecidos elementos clássicos do Arch Enemy que obtém os melhores resultados: "Under Black Flags We March" (essa poderia estar no disco "Doomsday Machine", de 2005), "Cruelty Without Beauty" e "Cult Of Chaos".
Com um áudio polido e moderníssimo que é uma verdadeira massa compacta, "Khaos Legions" pode ser considerado como o mais suave e contido disco da carreira do Arch Enemy. Agora, a questão é: isso é um passageiro e compreensível bloqueio criativo, ou toda essa ‘finesse’ é uma tentativa proposital para um maior acesso aos territórios do questionável mainstream?
Contato:
http://www.archenemy.net
http://www.myspace.com/archenemy
Formação:
Angela Nathalie Gossow - voz
Michael Amott - guitarra
Christopher Amott - guitarra
Sharlee D'Angelo - baixo
Daniel Erlandsson - bateria
Arch Enemy - Khaos Legions
(2011 - Century Media Records / Shinigami Records – nacional)
01. Khaos Overture
02. Yesterday Is Dead And Gone
03. Bloodstained Cross
04. Under Black Flags We March
05. No Gods, No Masters
06. City Of The Dead
07. Through The Eyes Of A Raven
08. Cruelty Without Beauty
09. We Are A Godless Entity
10. Cult Of Chaos
11. Thorns In My Flesh
12. Turn To Dust
13. Vengeance Is Mine
14. Secrets
Outras resenhas de Khaos Legions - Arch Enemy
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Download Festival anuncia mais de 90 atrações para edição 2026
Show do AC/DC no Brasil não terá Pista Premium; confira possíveis preços
A banda com quem Ronnie James Dio jamais tocaria de novo; "não fazia mais sentido pra mim"
Os álbuns esquecidos dos anos 90 que soam melhores agora
O solo que Jimmy Page chamou de "nota 12", pois era "mais que perfeito"
O disco do Metallica que para James Hetfield ainda não foi compreendido; "vai chegar a hora"
A música do Kiss que Paul Stanley sempre vai lamentar; "não tem substância alguma"
O clássico do metal que é presença constante nos shows de três bandas diferentes
Ritchie Blackmore faz rara aparição pública e rasga elogios a Bryan Adams
Steve Morse admite ter ficado magoado com o Deep Purple
A música lançada há 25 anos que previu nossa relação doentia com a tecnologia
Os melhores guitarristas da atualidade, segundo Regis Tadeu (inclui brasileiro)
Tuomas Holopainen explica o real (e sombrio) significado de "Nemo", clássico do Nightwish
As duas bandas que atrapalharam o sucesso do Iron Maiden nos anos oitenta
As 10 bandas favoritas do metal brasileiro no Metal Storm


Michael Amott, do Arch Enemy, comenta aumento nos preços de ingressos para shows
Arch Enemy anuncia edição deluxe de "Blood Dynasty", que conta com três faixas bônus
Michael Amott, do Arch Enemy, presta bonita homenagem a Tomas Lindberg
Charlie Brown Jr.: uma experiência triste e depressiva


