Matérias Mais Lidas


Summer Breeze 2024
Bruce Dickinson

Black Oil: Ao vivo deve ser uma ótima definição para "caos"

Resenha - Not Under My Name - Black Oil

Por Marcos Garcia
Postado em 01 de abril de 2011

Nota: 10 starstarstarstarstarstarstarstarstarstar

Algumas fórmulas de se fazer Metal nem sempre são bem aceitas na época em que chegam ao mundo, e em geral, causam arrepios aos fãs mais tradicionalistas. A lista é longa: Black, Thrash e Death Metal nunca foram bem aceitos pela velha guarda setentista no seu surgimento nos anos 80; Os fãs dos 80 nunca aceitaram bem (como muitas até hoje não aceitam) os modelos musicais dos anos 90, como a segunda leva do Black Metal, as inovações no Death Metal, e mesmo a reconstrução do Thrash feita por bandas como PANTERA, SEPULTURA e outras. Mas é fato consumado que estas mesmas manifestações chegam para ficar, quer muitos queiram, quer não queiram, pois o Metal é democrático e as gerações mais recentes, em geral, aceitam melhor essas evoluções.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 1

E o BLACK OIL, banda norte-americana de um Metal agressivo e denso, cheio de nuances de músicas regionais de várias partes do mundo (graças às variadas influências do guitarrista Addasi Adassi, um verdadeiro cidadão da Terra, que já morou em aproximadamente 30 países) é uma banda que merece menção honrosa, e poderíamos até dizer que eles seguem aquela linha do SEPULTURA fase ‘Roots’ e PANTERA fizeram, só que levando a um novo estágio, graças à personalidade bem diferenciada da banda. E vejam bem que isso é coisa difícil de encontrar nos dias de hoje, e com seu segundo Full-Lenght, ‘Not Under My Name’, vão chegar bem longe.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 2

Produzido por Logan Mader (ele mesmo, ex-MACHINE HEAD), que conseguiu deixar a sonoridade da banda bem agressiva, seca e ‘in your face’, mas sem perder peso e brilho, este CD é muito superior ao ótimo disco de estréia, ‘Join the Revolution’. A arte é muito boa, em total concordância com a proposta lírica da banda, extremamente engajadas em causas anarquistas, no bom e velho estilo ‘think for yourself and be free’, coisa que está em falta nos últimos tempos.

A brutalidade começa com ‘S.O.S’, uma faixa bem seca, com guitarras bem gordurosas em bases e solos bem sacados, e com os vocais bem Death Metal intensos e nervosos de Mike Black variando do gutural ao rasgado sem o mínimo pudor e com muita competência, elementos igualmente encontrados na ótima ‘Terrorization’, cujo refrão é para sair cantarolando na segunda ouvida, pois é bem marcante, e em ‘The Great Divide’, esta um pouco mais cadenciada, mas de um peso absurdo. Em ‘Not Under My Name’, primeiro vídeo do CD que já anda no Youtube há algum tempo, já temos a presença de um lado mais experimental, com a contribuição de percussões bem pesadas, mas com aquela ‘brasilidade’ característica da banda, que nos faz ouvir a faixa várias vezes, fora a letra ser ótima.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 3

Com um início bem peso pesado e guitarras lembrando a música regional do Oriente Próximo, vem um dos grandes destaques do CD, a empolgante ‘Eyes of Gaza’, que se ouve e se guarda os riffs e vocais na mente, bem como o trabalho da cozinha da banda (na época, com Denner Patrick e Rodney de Assis, que não estão mais na banda), e o solo esbanja emoção. Depois, temos uma música bem próxima ao Xote e ao Baião, só que Metal, a curtíssima ‘Matador’, que tem sua letra em português. ‘Amazonia’ é outra faixa pesadíssima, mas com a presença de elementos de percussão brasileiros, já que a faixa fala da Floresta Amazônica e da necessidade de sua preservação.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 4

E mais elementos brazucas se fazem presentes em ‘CPU Samba’, onde há levadas de samba no meio do caos. Já em ‘Destruction’, temos uma faixa mais convidativa ao pogo desenfreado em shows, com certo ‘q’ de bandas de Hardcore, e fechando, assim como ‘Motivation’, que é bem curta e tem em si, um belo insert de ‘Para Não dizer Que Não Falei das Rosas’, canção que foi cassada na época do regime militar no Brasil, pois era um hino entre o movimento de oposição.

Esperamos que a banda alcance ainda mais projeção, e que sua tour passe novamente pelo Brasil, para que possamos conferir as novas músicas ao vivo, pois deve ser uma ótima definição para ‘caos’.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 5

Tracklist:
01. S.O.S.
02. Terrorization
03. The Great Divide
04. Not Under My Name
05. Eyes of Gaza
06. Matador
07. Amazonia
08. CPU Samba
09. Destruction
10. Motivation

Contatos:

http://www.blackoilband.com
http://www.myspace.com/blackoil
http://www.youtube.com/blackoilband
http://www.facebook.com/blackoilofficial

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 6

Outras resenhas de Not Under My Name - Black Oil

Black Oil: Heavy Metal com batidas regionais brasileiras

Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Siga e receba novidades do Whiplash.Net:

Novidades por WhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Jethro Tull
Stamp

Grave Digger: Ceifando a vida dos incrédulos da Terra Santa

Resenha - Aurora do Triunfo Herétiko - Sevo

Resenha - Black Bible - Judas Iscariotes

Resenha - Master Executor - Warfield

Resenha - Ocean - Holdark

Resenha - SupremeInstinctNumb - Malice Garden

Varathron: A hegemonia do caos

Resenha do álbum "Eu Sou a Derrota", da banda Sangue de Bode

Resenha - Gates Of Metal Fried Chicken Of Death - Massacration

Guns N' Roses: Resenha de "Chinese Democracy" na Rolling Stone

Dream Theater: Falling Into Infinity é um álbum injustiçado?

Pink Floyd: The Wall, análise e curiosidades sobre o filme


publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Luan Lima | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Marcos Garcia

Marcos Garcia é Mestrando em Geofísica na área de Clima Espacial, Bacharel e Licenciado em Física, professor, escritor e apreciador de todas as subdivisões de Metal, tendo sempre carinho pelas bandas mais jovens e desconhecidas do público, e acredita no Underground como forma de cultura e educação alternativas. Ainda possui seu próprio blog, o Metal Samsara, e encara a vida pela máxima de Buda "esqueça o passado, não pense no futuro, concentre-se apenas no presente".
Mais matérias de Marcos Garcia.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIAR NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS