Ten: Ainda investindo em seu AOR sinfônico
Resenha - Stormwarning - Ten
Por Felipe Kahan Bonato
Postado em 21 de fevereiro de 2011
Nota: 8 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Definitivamente, o álbum lançado em 2011 pelo TEN, intitulado de "Stormwarning", gerou-me muitas dúvidas. Na primeira audição, tive a impressão de um disco feito por duas bandas diferentes: uma tendendo mais a um hard rock sinfônico, enquanto outra tentando reviver o mais clássico do conjunto, buscando um AOR mais puro. No entanto, ao ouvir mais atenciosamente, percebe-se que cada faixa explora algo já explorado pelo conjunto para formar a boa versão atual do TEN.

O disco se inicia com a grandiosa "Endless Symphony" que, como indicado por seu nome, trabalha bem os arranjos, criando uma bela sinfonia de guitarras e piano. O refrão é muito bem explorado por Gary Hughes, cujo timbre, suave e versátil, é outro dos bons destaques do álbum. Isso fica claro com o vocalista dando vida a "Book of Secrets" que, além de alguns harmônicos das guitarras, assemelha-se ritmicamente do GOTTHARD. Outro exemplo do bom trabalho de Gary é a acessível balada "Love Song", um AOR mais típico que não se dissocia do melódico TEN de "Stormwarning". Ainda nessa vertente, tem-se a leve "The Hourglass And The Landslide", que traz uma animação até então incomum no álbum.
Voltando ao lado sinfônico, este persiste com a faixa título, cuja entrada no refrão lembra um pouco uma das faixas do "Risk" do MEGADETH – o que aqui não prejudica o disco. "Centre of Universe" continua com os pianos, embora com menos brilho que a abertura, enquanto que "Kingdom Come" se centra mais na dramaticidade do vocalista, sendo até uma faixa mais comercial.
"Destiny" se posiciona de forma interessante, assemelhando às faixas mais comerciais desse trabalho dos britânicos, mas é mais pesada e flerta com o metal, trazendo guitarras bem melódicas e bem executadas. Na ala incomum do disco, há ainda outra balada, "The Wave", que mescla bem toques sinfônicos com o AOR e a voz de Gary com o bom trabalho de baixo.
Na ponta dos problemas, "Invisible" traz como positivo apenas seus solos, ficando aquém da média do disco. Já "The Darkness" encerra o disco de forma deslocada, apresentando uma banda incoerente com o que o álbum traz de melhor. Além desses erros de composição, o álbum acaba se tornando por vezes repetitivo na tentativa desnecessária de alongar as músicas, talvez. Também, a grande expectativa gerada pela excelente "Endless Symphony" não se concretiza nas demais faixas que, embora revisitem a carreira do TEN, são muito seguras e não trazem nada muito novo, ousado ou memorável.
Por outro lado, excluída essa expectativa ou talvez a cobrança por um álbum acima da média, trata-se de um disco de boa qualidade, com um ótimo e acessível vocalista. As faixas também não enjoam ao alternar bem o peso e a melodia e ao proporcionar diferentes momentos da banda, visto que apesar de repetitivas dentro de si, as faixas não se copiam. Em suma, é um bom disco, mas imperfeito. Deve ser ouvido sem análises e, como inclui pequenas partes sinfônicas, é muito recomendado para os apreciadores dessas incursões no hard rock melódico e no AOR.
Integrantes:
Gary Hughes - vocais
John Halliwell - guitarra
Neil Fraser - guitarra
Paul Hodson - teclados
Mark Sumner - baixo
Mark Zonder - bateria
Faixas:
1. Endless Symphony
2. Centre Of My Universe
3. Kingdom Come
4. Book Of Secrets
5. Stormwarning
6. Invisible
7. Love Song
8. The Hourglass And The Landslide
9. Destiny
10. The Wave
11. The Darkness
Gravadora: Frontier Records
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Cinco grandes bandas de heavy metal que passarão pelo Brasil em 2026
E se cada estado do Brasil fosse representado por uma banda de metal?
A melhor música de rock lançada em 2025, segundo o Loudwire
O álbum que David Gilmour vê como uma continuação de "The Dark Side of the Moon"
Clemente (Inocentes, Plebe Rude) sofre infarto e passa por cirurgia
É oficial! Iron Maiden vem ao Brasil em outubro de 2026; confira as informações
O que James Hetfield realmente pensa sobre o Megadeth; "uma bagunça triangulada"
O rockstar que não tocava nada mas amava o Aerosmith; "eles sabiam de cor todas as músicas"
Alter Bridge abrirá para o Iron Maiden apenas no Brasil
Steve Harris e Bruce Dickinson comentam tour do Iron Maiden pela América Latina
O New York Times escolheu: a melhor música do ano de 2025 é de uma banda de metal
O clássico do Guns N' Roses que Regis Tadeu detesta: "Muito legal, nota três"
Os 50 melhores discos de 2025, de acordo com a Metal Hammer
O músico a quem Eric Clapton devia desculpas e foi ao show para fazer as pazes
System of a Down volta à América Latina em maio de 2026
A ótima música do Ghost que fez a cabeça de Charlie Benante, baterista do Anthrax
A banda brasileira que abriu tantos shows gringos que virou alvo de antipatia
Público pequeno, guitarra desafinada e "cano" do baixista marcaram primeiro show do Sepultura


"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional
"Rebirth", o maior sucesso da carreira do Angra, que será homenageado em show de reunião
Metallica: "72 Seasons" é tão empolgante quanto uma partida de beach tennis
Pink Floyd: The Wall, análise e curiosidades sobre o filme



