Darkthrone: rejeitando o Black Metal de outrora
Resenha - Circle The Wagons - Darkthrone
Por Ben Ami Scopinho
Postado em 09 de setembro de 2010
É, foram-se os tempos em que o Darkthrone ascendeu para se tornar um dos ícones da segunda geração do Black Metal... Sem a necessidade de provar mais nada a ninguém, atualmente os noruegueses Fenriz e Nocturno Culto se contentam em simplesmente fazer Música para sua própria satisfação pessoal – o que não é nenhum problema, que fique claro – apegando-se a uma mescla de Thrash Metal, Punk e Rock´n´Roll, barulhento e esporrento como tem que ser.
Assim, novamente o Darkthrone rejeita quase que completamente o Black Metal de outrora. Com "Circle The Wagons", seu 15º álbum de estúdio, a nostalgia bate forte, pois a dupla possui uma incrível facilidade em captar e transmitir todo o espírito underground da turbulenta década de 1980, com uma infinidade de riffs extremamente básicos orientando as composições, que, como já é típico, se intercalam entre as criadas por Fenriz, que tendem ao Thrash, e Nocturno Culto, mais Rock´n´Roll pesadão.
É claro que procurar manter os ideais da velha escola é algo digno de respeito, mas não é necessária uma análise muito profunda para sacar certa falta de inspiração por aqui. Muito se valoriza o lado primitivo, raivoso e sujo, mas a audição acaba não sendo totalmente satisfatória pelo simples fato de existir uma indesejável similaridade entre algumas (poucas) faixas. É claro que há boas canções, bem representadas por "Those Treasures Will Never Befall You", a meio 'sabbathica' "Stylized Corpse", "Black Mountain Totem" e "Eyes Burst At Dawn", mas certamente o Darkthrone é capaz de mais do que isso.
Com um áudio tão cru que se aproxima do oferecido por uma boa demo, "Circle The Wagons" nada mais é do que uma extensão natural do que foi oferecido pelos três últimos discos do Darkthrone. Se o leitor os apreciou, provavelmente também não se decepcionará com este novo trabalho, que, literalmente, despreza os caminhos modernosos que parte do Heavy Metal passou a seguir desde a segunda metade dos anos 1990... É amar ou odiar!
Contato:
http://www.darkthrone.no
http://www.myspace.com/officialdarkthrone
Formação:
Fenriz - voz, baixo, bateria e guitarra em "Bränn Inte Slottet"
Nocturno Culto - guitarra, voz e baixo
Darkthrone - Circle The Wagons
(2010 / Peaceville Records - importado)
01. Those Treasures Will Never Befall You
02. Running For Borders
03. I Am The Graves Of The 80s
04. Stylized Corpse
05. Circle The Wagons
06. Black Mountain Totem
07. I Am The Working Class
08. Eyes Burst At Dawn
09. Bränn Inte Slottet
Nota: 07
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Internautas protestam contra preços de ingressos para show do AC/DC no Brasil
A banda que não ficou gigante porque era "inglesa demais", segundo Regis Tadeu
Slash dá a sua versão para o que causou o "racha" entre ele e Axl Rose nos anos noventa
Pistas a distâncias diferentes e com mesmo preço no show do AC/DC? Entenda
O "detalhe" da COP30 que fez Paul McCartney escrever carta criticando o evento no Brasil
O melhor baterista de todos os tempos, segundo o lendário Jeff Beck
Journey anuncia "Final Frontier", sua turnê de despedida
A melhor música que Bruce Dickinson já escreveu, segundo o próprio
A música do Yes que Mike Portnoy precisou aprender e foi seu maior desafio
As músicas que o AC/DC deve tocar no Brasil, segundo histórico dos shows recentes
Jon busca inspiração no Metallica para shows de reunião do Bon Jovi
Paisagem com neve teria feito MTV recusar clipe de "Nemo", afirma Tarja Turunen
Meet & Greet com Dave Mustaine, que custa mais que um salário mínimo, está esgotado
Quando Lemmy destruiu uma mesa de som de 2 milhões de dólares com um cheeseburguer



Svnth - Uma viagem diametral por extremos musicais e seus intermédios
Em "Chosen", Glenn Hughes anota outro bom disco no currículo e dá aula de hard rock
Ànv (Eluveitie) - Entre a tradição celta e o metal moderno
Scorpions - A humanidade em contagem regressiva
Soulfly: a chama ainda queima
Quando o Megadeth deixou o thrash metal de lado e assumiu um risco muito alto


