Kings Of Leon: começando a conquistar o seu espaço
Resenha - Only By The Night - Kings Of Leon
Por Anderson Nascimento
Fonte: Galeria Musical
Postado em 05 de abril de 2009
Formada no ano de 2000 nos Estados Unidos por três irmãos e um primo, a banda Kings of Leon chega ao quarto disco encarando o mundo de frente. O novo álbum "Only By The Night" teve lançamento mundial no fim de 2008, e nunca houve tanta aclamação em torno de um lançamento da banda como nesse disco. Batendo recordes de vendas e com dois singles estourados nas paradas do mundo todo, a banda parece ter conquistado finalmente o seu lugar.
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Uma das características marcantes da banda é a proximidade com o som Inglês em suas músicas. Em "Sex on Fire", um dos singles do disco, a pegada da guitarra e o conjunto bateria, baixo e voz elevam a canção a uma das mais legais já produzidas pela banda.
Na música "Use Somebody", outro single, também temos um conjunto de elementos marcantes que ajudam a empurrar o álbum para o ranking dos melhores discos de 2008. A interpretação forte e sofrida de Caleb Followil - uma marca da banda - e a sonoridade espacial da música levam o ouvinte a uma outra dimensão, tornando a audição uma experiência incrível.
Além dos singles, o álbum ainda tem fôlego para mostrar os motivos que levaram "Only By The Night" a receber indicações para o Grammy, ter sido premiado como melhor disco pela revista "Q" e ter sido incluído em várias listas de melhores de 2008.
É o caso de "17" onde chegam a lembrar a banda Three Dog Night, também americana, que fez sucesso nos anos setenta, misturando no mesmo caldeirão baladas hard e Rock pós-psicodelismo. Ou ainda na faixa de abertura onde a sonoridade lembra um pouco a banda americana Gnarls Barkley, onde um caldeirão de sonoridades anuncia que um grande álbum está pela frente.
Pronta para cantar (e dançar) também é a faixa "Manhattan", que empolga e tinha tudo para virar mais um single do álbum, bem como "Revelry" uma das poucas baladas do disco, mas que consegue tocar o ouvinte com a sutileza de sua melodia e letra, além da interpretação irrepreensível e um, ao mesmo tempo, bonito e assustador coro ao longo de toda a música.
Difícil, no entanto, é adivinhar o que vem nas próximas faixas - o disco te pega de surpresa a cada nova música. A sequência do álbum com "Crawl" chega com uma guitarra estranhamente suja, com uma letra que dá vontade de aprender cada verso para cantar a plenos pulmões.
Em "I Want You" a banda tira o pé do acelerador e manda uma espécie de pop-reggae misturado com Velvet Underground, transformando a canção no momento mais inusitado do álbum. Isso também ocorre em "Be Somebody" onde a sinfonia rítmica da bateria na introdução chega a apontar uma pitada de World Music, que acaba sendo disfarçada pelo refrão da música e muda de formato novamente no encerramento, chegando a sugerir uma jam session, que logo é abortada.
No final do álbum está "Cold Desert", faixa que novamente volta ao estilo Rock Inglês. A música, de letra pesada, é arrastada até um final falso que retorna em um crescendo que acaba finalizando o disco da forma digna como a obra merece.
No fim das contas temos um disco alternativo que mostra o amadurecimento de uma banda que vem ralando há quase dez anos por um espaço, não só na cena alternativa, mas entre os figurões do Rock sem as fronteiras que o rotula.
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