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Resenha - Pitch Black Progress - Scar Symmetry

Por Ricardo Seelig
Postado em 19 de outubro de 2006

Nota: 8 starstarstarstarstarstarstarstar

Esta banda vem sendo muito bem falada em todo o mundo. Seu segundo álbum, "Pitch Black Progress", chega ao Brasil com status de um dos favoritos ao título de melhor de 2006. Exageros à parte, basta ouvir o disco para perceber que os suecos do Scar Symmetry fizeram um belo trabalho. Mesclando death metal melódico com arranjos cheios de peso e inovação, merecem todo o destaque que estão recebendo.

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A sonoridade do grupo é muito influenciada pelo Soilwork, principalmente do disco "Natural Born Chaos", produzido por Devin Townsend, do Strapping Young Lad. O vocalista Christian Alvestam alterna vocais guturais e limpos, e em ambos mostra um talento e uma capacidade ímpares.

A melodia marca presença em todo o álbum, sempre unida a doses generosas de peso. "The Illusionist", "Slaves To The Subliminal", "Mind Machine" (dona de um refrão matador) destacam-se na primeira audição.

A faixa título foge da fórmula "vocais guturais intercalados com vozes limpas", com um ataque primoroso de toda a banda. Pesadíssima, é um ótimo cartão de visitas para aqueles mais conservadores, já que nela as inovações são mais tímidas. Em certas passagens vocais, o vocal de Christian espanta pela brutalidade, e não faria feio em um disco do Nile, por exemplo.

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Por outro lado, "Dreaming 24/7" é a música mais acessível de "Pitch Black Progress", se é que podemos aplicar este adjetivo à uma faixa deste estilo. Com passagens instrumentais mais calmas, mostra outra característica do som dos suecos. A grande habilidade para criar refrões grudentos se reafirma, fazendo de "Dreaming 24/7" uma das melhores canções do álbum.

Mas o que realmente faz "Pitch Black Progress" valer a pena e se diferenciar no mar de lançamentos metálicos é a faixa número oito. "The Kaleidoscopic God" é uma paulada com mais de sete minutos, onde o grupo alterna andamentos e momentos brutais e mais calmos, com um resultado final não menos que primoroso. Esta música serve como carta de intensões do Scar Symmetry, apresentando com perfeição o que o grupo propõe aos seus ouvintes, e até onde pretende ir no futuro. Sonzeira, na melhor definição da palavra.

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Outros bons momentos podem ser apreciados em "Oscillation Point", com boas melodias de guitarra, e nas duas últimas faixas, "Carved In Stoned" e "Deviated From The Form", repletas de quebras de andamento e belas guitarras.

Não posso deixar de mencionar também a grande quantidade de belos solos de guitarra presente em todo o disco, com a dupla Jonas Kjellgren e Per Nilsson esmerilhando sem dó seus instrumentos. Um deleite para qualquer fã de heavy metal.

Um belo álbum, que aponta para o futuro do estilo e enche de esperanças qualquer fã de heavy metal, afinal o Scar Symmetry é uma banda nova e, se em seu segundo disco já conseguiu fazer um trabalho com um nível tão elevado assim, tem tudo para surpreender ainda mais no futuro.

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Muito bom, e, sem exageros, um dos melhores álbuns do ano.

Faixas:

1. The Illusionist
2. Slaves To The Subliminal
3. Mind Machine
4. Pitch Black Progress
5. Calculate The Apocalypse
6. Dreaming 24/7
7. Abstracted
8. The Kaleidoscopic God
9. Retaliator
10. Oscillation Point
11. The Path Of Least Resistance
12. Carved In Stoned
13. Deviated From The Form

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Sobre Ricardo Seelig

Ricardo Seelig é editor da Collectors Room e colabora com o Whiplash.Net desde 2004.
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