Resenha - Never Surrender (remastered) - Triumph
Por Rodrigo Werneck
Postado em 01 de julho de 2006
Nota: 9 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Era 1982, e os canadenses do Triumph chegavam ao seu sexto disco, e mantendo um pique impressionante, tanto no que diz respeito ao nível das composições, quanto à quantidade (e ao porte) de seus shows. Mais uma vez a Sanctuary nos brinda com uma edição caprichada dentro da sua "Millennium Remastered Series".

Num ritmo alucinante de lançamentos de discos e turnês, o trio original que compunha o Triumph permanecia firme, com Rik Emmett (guitarra e vocal), Mike Levine (baixo e teclados) e Gil Moore (bateria e vocal). Repetindo o ocorrido no disco anterior, "Allied Forces", gravaram mais uma vez em seu próprio estúdio, o Metalworks. Para produtor, chamaram David Thoener, que já havia trabalhado com o AC/DC.
Não se mexe em time que está ganhando, logo a fórmula foi mantida de uma maneira geral. Não que isso seja demérito no caso do Triumph, pois como eram bastante criativos e talentosos tanto compondo quando tocando, suas músicas permaneciam fortes e não soavam como auto-plágios. Os vocais principais continuaram sendo revezados entre Emmett e Moore, dependendo do estilo da música: Moore pegava os blues e rockões mais crus, enquanto Emmett cantava as mais melódicas, as mais progressivas, e as baladas (era portanto o preferido da mulherada).
O resultado mais uma vez é excelente, sem pontos fracos no disco, e várias faixas candidatas a "hit" principal, sendo que em cada país e, muitas vezes, em diferentes cidades de um mesmo país, a música de estouro variava. Abrindo o disco, logo duas pedradas de cara: o hardão "Too Much Thinking" (com Moore no vocal e inspirado solo de guitarra de Emmett, com uso do pedal wah wah) e a acessível, estilo AOR, "A World Of Fantasy" (uma típica faixa do Triumph com Emmett e seus vocais "high pitched", começando lenta, num clima meio progressivo, para então decolar).
A indefectível peça no violão de Rik Emmett está presente, como em vários outros discos da banda, na forma de "A Minor Prelude". Bela, porém curta, servindo de introdução para "All The Way". Destaque para a "bridge", no meio da música, com alteração de andamento, mais um inspirado solo de guitarra e agradável melodia levada no baixo por Levine. "Battle Cry" é outro rockão habitualmente cantado por Gil Moore, com boas harmonias vocais dele junto a Emmett.
"Overture (Processional)" nada mais é que um interlúdio instrumental, uma volta do grupo aos seus momentos mais progressivos dos discos iniciais, com a adição de tímpano, sintetizadores, e a guitarra lancinante de Emmett. Só aparando o terreno para a chegada de "Never Surrender", um dos hits do disco, e que virou até videoclipe na época. Bom trabalho de Emmett na guitarra base, com uma levada meio "funkeada" à la Tommy Bolin (ex-James Gang, Deep Purple). Mais uma vez, há uma alteração brusca no meio da faixa de forma a abrigar um momento mais pesado, neste caso chegando ao heavy metal mesmo, com boa participação da bateria de Moore, e solo de Emmett esbanjando velocidade e técnica (sem perder o bom gosto, é bom frisar).
Mais uma (boa) faixa bem com a cara de Moore, "When The Lights Go Down" (outra que virou videoclipe), com uma entrada – e um final – mais calmos, levados por Rik Emmett no dobro. "Writing On The Wall" é mais uma música estilo AOR, feita para as "classic rock rádios" norte-americanas. O Triumph era perito nisso, e não é à toa que ganharam mais discos de ouro e platina nos EUA e no Canadá com este disco. "Epilogue (Resolution)" é apenas uma faixa instrumental um tanto quanto introspectiva, porém bela, contendo Emmett na guitarra e no violão. Um fecho mais do que adequado.
A turnê de suporte ao disco em questão foi mais uma vez de grande sucesso, e a banda chegou a tocar no lendário US Festival 83, juntamente a Ozzy Osbourne, Van Halen, Judas Priest, Scorpions, Quiet Riot e Mötley Crüe, para um público gigantesco, de cerca de 500.000 pessoas. A apresentação do grupo, inclusive, foi lançada em CD e DVD, porém somente 20 anos depois (em 2003).
Este relançamento de "Never Surrender" é impecável, como todo o resto da série, com som remasterizado de forma perfeita, encarte completo com letras, fotos, e textos bem escritos. Pena que foi o último disco da fase de ouro do conjunto...
Tracklist:
1. Too Much Thinking
2. A World Of Fantasy
3. A Minor Prelude
4. All The Way
5. Battle Cry
6. Overture (Processional)
7. Never Surrender
8. When The Lights Go Down
9. Writing On The Wall
10. Epilogue (Resolution)
Site: www.triumphmusic.com
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A maior canção já escrita de todos os tempos, segundo o lendário Bob Dylan
Guns N' Roses fará 9 shows no Brasil em 2026; confira datas e locais
As cinco melhores bandas brasileiras da história, segundo Regis Tadeu
O grupo psicodélico que cativou Plant; "Uma das minhas bandas favoritas de todos os tempos"
Com mais de 160 shows, Welcome to Rockville anuncia cast para 2026
Guns N' Roses anuncia lançamento dos singles "Nothin" e "Atlas" para 2 de dezembro
4 candidatas a assumir os vocais do Arch Enemy após a saída de Alissa White-Gluz
FM confirma show no Brasil em março de 2026
Bangers Open Air acerta a mão mais uma vez e apresenta line-up repleto de opções
5 motivos que podem ter levado o Angra a escolher Alírio Netto como novo vocalista
Angra "deixa escapar" que Alírio Netto faz parte de sua formação atual
O que pode ter motivado a saída abrupta de Fabio Lione do Angra?
"Come to Brazil" - 2026 promete ser um ano histórico para o rock e o metal no país
A melhor banda de rock de todos os tempos, segundo Bono do U2
Poucas horas após deixar o Arch Enemy, Alissa White-Gluz lança primeira música de álbum solo
"Ascension" mantém Paradise Lost como a maior e mais relevante banda de gothic/doom metal
Trio punk feminino Agravo estreia muito bem em seu EP "Persona Non Grata"
Svnth - Uma viagem diametral por extremos musicais e seus intermédios
Scorpions - A humanidade em contagem regressiva


