Matérias Mais Lidas


Jethro Tull
Stamp

Resenha - Shades of Deep Purple - Deep Purple

Por Samuel Witt
Postado em 30 de setembro de 2005

O primeiro disco de uma banda sempre apresenta a gênese da criatividade de seus integrantes. É nestes, que realmente se percebe a proposta dos músicos no interpretar de suas criações, antes que estereótipos ou produtores milionários ponham a mão e alterem os acordes criados. O DEEP PURPLE começou sua carreira nestas circunstâncias.

Quando Shades of Deep Purple foi lançado, no longínquo ano de 1968, pouco ou nada se sabia do que aqueles cinco rapazes eram capazes. Nenhum deles havia vindo de alguma banda consagrada ou tivera sua cara estampada num jornal londrino. Shades of Deep Purple mostra o embrião do que o Purple viria a ser anos mais tarde: uma das maiores bandas de rock & roll do mundo. Mostra a essência de um estilo que marca suas músicas até hoje: poderosos riffs. Mostra um guitarrista desenvolvendo o próprio bê-á-bá de seu instrumento, e que hoje é influencia direta de qualquer aprendiz do rock: Ritchie Blackmore. Mostra um tecladista já maduro e consciente da importância de seu instrumento na sonoridade da banda: Jon Lord. E, também, mas não menos importante, mostra Ian Paice dando uma aula de técnica nas baquetas em seus contemporâneos, Nic Simper mantendo o ritmo marcante das músicas em seu baixo e Rod Evans exibindo seu vocal melodicamente trabalhado, porém sem os gritos histéricos de seu sucessor (Ian Gillan) na banda.

Deep Purple - Mais Novidades

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 1

Estes eram os "Deep Purples" originais. Os caras que faziam da música uma arte verdadeira e elaborada. As lindas melodias presentes nas músicas de Shades foram únicas e nunca mais atingidas com o mesmo amor e entusiasmo pela banda. Não querendo desmerecer, muito pelo contrário, os outros álbuns gravados por esta formação (The Book Of Taleisyn e April) e os primeiros da fase Gillan (e muito mais conhecidos), mas músicas como One More Rainy Day e Mandrake Root são incomparáveis. A primeira é, sem dúvida nenhuma, a mais bela balada que a banda já gravou. As linhas de teclado simplesmente fazem o ouvinte se sentir flutuando em um lindo dia de chuva, claro e de clima ameno. Os vocais resplandecem a beleza harmônica existente, unindo o sentimento de alegria ao de tristeza, o do riso ao do choro. A segunda é diferente: pesada e dá destaque a Blackmore, que exibe um riff bastante coeso e forte. Uma leve influencia do mestre dos riffs Jimi Hendrix, vivo, é claro, na época, e das linhas de teclado, estilo Doors, que fazem desta canção algo magistral.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 2

Mas não são apenas estas duas músicas que se destacam no álbum. And the Address (que abre o disco) é um número instrumental de absoluta competência e virtuosismo. O riff é perfeito, a bateria é marcante e o teclado é alto o bastante para se destacar. Depois vem a clássica, e até hoje tocada nos shows, Hush (cover de Joe South), que mostra Rod Evans aplicando sua técnica vocal ao máximo (algo não percebido na versão gravada com Gillan em 1988). Ainda no primeiro lado do vinil, um Medley das músicas Happiness e I’m So Glad. Simplesmente perfeito. No segundo lado, a coisa fica mais amena, pois não houve uma inovação criativa como no primeiro. Das quatro músicas, duas são cover de canções que já eram sucesso e de artistas consagrados: Bealtes e Jimi Hendrix. Dos caras de Liverpool, o Purple recriou Help, numa versão lenta e melancólica, porém tocante. Do Hendrix, "coverizaram" Hey Joe, que ficou parecida com a original. Ainda neste lado, tem Mandrake Root (citada acima) e Love Help Me, um rock sessentista tradicional inspirado em sua verdadeira origem: Bealtes e Stones.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 3

Fica claro que esta formação do Purple nunca fez tanto sucesso entre os fãs do rock como as seguintes, com Gillan e depois Coverdale, nos vocais. Mas se compararmos os quesitos melodia, técnica e beleza de acordes, esta nunca foi igualada.

Samuel Witt - www.thinkimcrazy.blogger.com.br

Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Siga e receba novidades do Whiplash.Net:

Novidades por WhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Summer Breeze 2024
Bruce Dickinson

Resenha - Gates Of Metal Fried Chicken Of Death - Massacration

Guns N' Roses: Resenha de "Chinese Democracy" na Rolling Stone

Dream Theater: Falling Into Infinity é um álbum injustiçado?

Pink Floyd: The Wall, análise e curiosidades sobre o filme


publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Luan Lima | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIAR NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS