Rafael Bittencourt revela valor astronômico que custa fazer álbum do Angra
Por Gustavo Maiato
Postado em 11 de julho de 2023
Os custos envolvidos na criação de um álbum podem variar e no caso do Angra esse valor é bastante elevado. Entram aí custos com músicos, produtor, convidados e outros.
Em entrevista ao Ibagenscast, Rafael Bitencourt foi perguntado sobre o lado comercial do Angra e como essa questão interfere na composição da banda. Por outro lado, ele afirmou que no caso de seu trabalho solo essa cobrança por ser vendável é menor.
Segundo Bittencourt, um disco novo do Angra pode chegar a custar 50 mil dólares, ou cerca de 243 mil reais, na cotação atual e em transação direta.
"O Angra, apesar de ser uma banda de heavy metal, possui um foco comercial. Quando lançamos um disco, gastamos cerca de 50 mil dólares, e é claro que precisamos recuperar esse valor. Ninguém joga 50 mil dólares no lixo. Então, obviamente, propomos algo para o público. Você é um legado a ser respeitado. No Bittencourt Project, tenho total liberdade para fazer o que você nem imagina. As oportunidades são mais limitadas e o público é menor, mas tão fiel quanto.
Agora, ainda não tive essa ideia sobre novo álbum do projeto solo. Na época, eu fiz uma sequência sugerida, mas acabei me tornando refém disso. Fiz isso em 2008, e agora já estamos em 2023. Minha mentalidade é completamente diferente. Minha vida é completamente diferente. Não tenho certeza, mas provavelmente vou respeitar isso e dizer que, assim como um filho, alguns nascem muito tempo depois dos outros irmãos. Paciência.
Sobre o novo álbum do Angra, são tantas coisas, cara. O novo disco representa muito a banda e o que ela é hoje, com essa formação, nossa garra, nossa paixão por estar juntos, a sintonia que temos e a vontade de tocar junto com os fãs, de nos expressar. Está tudo lá, e ainda temos o desejo de afirmar a competência desse time. A cada ano que passa, fica mais difícil para uma banda se afirmar.
Claro que bandas com mais de 30 anos sempre têm os clássicos de sucesso para homenagear, tocar e relembrar. Mas não há uma banda sequer que não queira lançar um álbum tão grandioso quanto aquele que é um dos pilares que sustentam o sucesso e o legado. Iron Maiden, Metallica, tenho certeza de que eles também buscam um dia criar algo tão grandioso quanto as grandes obras que eles escreveram na história. Mas essa é apenas uma busca, você precisa fazer o seu próprio caminho."
Ainda sobre o novo álbum do Angra, o baixista Felipe Andreoli concluiu em entrevista ao mesmo podcast que o trabalho será "o melhor" da era Fabio Lione.
"Eu considero esse que será o sucessor do ‘Ømni’ como o melhor disco da era Fabio Lione. Digo isso dizendo que gosto muito do ‘Ømni’. Vão dizer que quero hypar o disco. Mas sinceramente estou muito feliz com as músicas e performances. Ele soa muito coeso e tem tudo que você pode esperar de um disco do Angra.
Só que mais! Sempre mais um pouco. Explorando mais essas coisas. Não vou falar que é muito melhor, mas que é uma evolução e que é diferente, com certeza. Não é um ‘Ømni Parte 2’ de jeito nenhum. É outro disco, com outra vibe. São os mesmos músicos, então não é radicalmente diferente. Mas tem coisas bastante diferentes.
Explora outras coisas. Até a ordem do disco repensamos. Sempre foi uma receita de bolo. Tem músicas que o Angra nunca fez. Tem uma que ela apresentou tantos caminhos legais que ao invés de escolher, fizemos todos. Deixamos a música experimental", disse.
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