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Resenha - Days Of Rising Doom; The Metal Opera - Aina

Por Carlos Eduardo Corrales
Postado em 04 de junho de 2004

Estava demorando. Sempre que algo faz sucesso, sempre aparece alguém querendo tirar o romantismo da coisa. Com o grande sucesso das Metal Operas nos últimos anos, mais cedo ou mais tarde alguém ia contratar algum músico para fazer uma sob encomenda. Esse é o caso de Aina, a mais alardeada Metal Opera desde Avantasia. Com um time de fazer inveja até mesmo ao estrelado projeto de Tobias Sammet (cuja primeira parte é um dos discos que mais gosto na minha discografia de mais de 500 CDs), este Days Of Rising Doom vem em sua edição nacional em um pacotão que envolve dois CDs de áudio e um DVD. Claro que isso é refletido no preço e o pacote não sai por menos do que 70 reais, praticamente um terço do salário mínimo de nosso país.

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Preços absurdos à parte, vamos ao álbum. Ao contrário do que pensei, a ópera em si não ocupa os dois CDs. O CD dois conta apenas com algumas versões diferentes das músicas presentes na ópera, além de duas faixas iguais cuja única diferença é uma voz narrando a estória em uma delas enquanto a outra é instrumental.

Agora vamos falar da estória. Criada pela lindíssima cantora Pop Amanda Somerville (nas fotos do encarte ela está feia, mas no DVD... UAU!), ela nos leva à terra de Aina, onde um dos príncipes fica frustrado por seu amor não correspondido e se transforma em um ser malévolo, cuja única motivação é destruir Aina. Essa é basicamente a linha central do conto. As estórias normalmente narradas em CDs de Metal nos trazem tramas fofinhas recheadas por fadas, dragões, duendes e cavaleiros honrados que lutam em nome de um reino justo. Em Aina, todavia, isso é completamente diferente. A estória é absurdamente violenta e envolve experiências traumáticas como estupros e incesto, apenas para citar duas das passagens mais chocantes e que, pasme, são contados através de fofas baladinhas.

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Musicalmente, Days Of Rising Doom varia entre músicas pesadas e empolgantes, como Son Of Sorvahr (a melhor, cujo riff e coral são extremamente empolgantes), The Siege Of Aina e The Beast Within, e baladinhas (várias delas), como Silver Maiden, Serendipity e Rape Of Oria. Aliás, o excesso de baladas é um dos grandes defeitos do CD. Não que elas sejam ruins, mas são tantas delas que eu pensaria duas vezes antes de incluir o nome "Metal" Opera no encarte.

O elenco de vozes de Aina é um destaque, tanto pela popularidade dos nomes envolvidos, como pelas suas performances. Na verdade, alguns dos nomes chegam até a ultrapassar as barreiras do Metal, chegando a penetrar no mundo mainstream do Rock. Saca só alguns deles: o fantástico Michael Kiske (ex-Helloween) faz o Narrador nas baladas, Tobias Sammet (Edguy e compositor do fantástico Avantasia) faz o Narrador nas músicas pesadas, Glenn Hughes (ex-Deep Purple) faz o príncipe bonzinho Talon, Candice Night (Blackmore’s Night, esposa do ex-Deep Purple Ritchie Blackmore) faz a esposa de Talon, Oria, Thomas Rettke (o ótimo vocalista do Heaven’s Gate) faz o príncipe do mal Torek/Sorvahr e Andre Matos (Shaman, ex-Angra) faz o irrelevante soldado Tyran, entre outros vocalistas menos cotados.

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O mais legal é que, ao contrário de Avantasia (onde o personagem de Tobias Sammet aparece em todas as músicas), aqui os papéis estão bem distribuídos e a maior parte dos vocalistas aparece em várias músicas. Curiosamente, contudo, o personagem que mais aparece é o vilão Sorvahr, interpretado por Thomas Rettke. Outra curiosidade é simplesmente a ausência da criadora Amanda Sommerville entre os personagens, tendo se limitado a cantar apenas backing vocals.

O ponto negativo no elenco é o fato de não podermos ouvir a maravilhosa voz de Michael Kiske nas músicas pesadas que o consagraram. Isso se deve a uma opção do próprio, que já anunciou em seu site oficial que até participa de CDs de Metal, desde que seja em músicas mais Pop (vide também a participação de Michael no álbum da banda nacional Thalion, onde ele também gravou uma balada).

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Days Of Rising Doom também conta com dois corais. Um do bem, realizado pelo The Trinity School Boys Choir e um do mal realizado por alguns vocalistas de Metal. Uma ótima idéia dos criadores, que ainda se deram ao trabalho de criar uma língua (batizada de Ainae) para o país de Aina.

Instrumentalmente, esta Metal Opera também conta com um time de destaque que inclui Jens Johansson, o tecladista da palhaçada que um dia se chamou Stratovarius e Emppu Vuorinen, guitarrista do Nightwish. Aqui também as barreiras do Metal foram ultrapassadas e temos até o baixista T. M. Stevens, que já gravou com Tina Turner e James Brown, mostrando que a gravadora Transmission estava realmente a fim de investir muita grana em sua ópera montada.

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Outra prova do investimento da gravadora é que, segundo o encarte, todas as músicas contam com uma orquestra. Mas não se deixe enganar, pois o que chamam de orquestra é apenas uma forma pomposa de falar que conta com dois violinos, duas violas e dois cellos. Além de tudo, a orquestra é pouco ouvida, se destacando apenas em umas poucas músicas.

Apesar de contar com um time estrelado na parte instrumental, cada um dos convidados toca apenas em uma música e na maioria delas, quem toca tudo é o baixista do Heavens Gate, Robert Hunecke-Rizzo que também compôs a maior parte das músicas. Essa centralização em apenas um instrumentista, nunca é positiva, pois dificilmente um músico é igualmente talentoso em vários instrumentos, ou seja, o instrumental podia (e devia) ter sido muito mais trabalhado.

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Outro problema é que as músicas parecem não condizer com a estória. Convenhamos, uma música que retrata um estupro não deveria ser uma balada que se bobear acaba figurando em algum CD-R que alguém que não sabe inglês possa acabar dando para a namorada. E mesmo as músicas pesadas não parecem ser pesadas o suficiente, principalmente se lembrarmos da violência que impera na trama.

Vamos falar agora do DVD. Ele conta com um clipe em computação gráfica para The Beast Within, que é chato e mal-feito. Conta também com um Making Of que, por incrível que pareça, é a melhor parte de seu conteúdo, onde vemos os criadores do CD falando sobre como foram as gravações e o blá-blá-blá que sempre vemos nesse tipo de coisa. Além disso, conta com algumas fotos (inclusive das páginas do encarte) e a possibilidade de ouvirmos as músicas enquanto acompanhamos sua letra na tela. Não sei se deu para perceber, mas o DVD é realmente desnecessário. Deveriam ter colocado seu conteúdo em CD-Rom no CD dois e cortado o preço em pelo menos metade.

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Aina também vem com um encarte bem grande, com fotos de todos que participaram do álbum e as letras. A direção de arte, contudo, deixa a desejar. Embora seja, indubitavelmente, bonito de ver, a fonte escolhida para as letras e mesmo as marcas d’água presentes em todas as páginas dificultam muito a leitura (ou será que eu que preciso de óculos?).

No geral, Days Of Rising Doom é um bom álbum. Definitivamente não atendeu as minhas expectativas, que eram bem altas, mas algumas de suas músicas são realmente legais. O grande problema é o preço absurdo. Não duvido que seja mais barato comprar a versão simples importado. É uma boa iniciativa da Hellion ter lançado esta versão em nosso país, mas deveria ter nos dado a opção de comprar a versão "tremendona" com dois CDs e um DVD e a opção simples, que traria apenas o CD principal. Afinal, não é todo mundo que tem 70 reais para gastar em um disco. Principalmente se o disco não valer tudo isso.

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(Hellion/Transmission – 2004)


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Sobre Carlos Eduardo Corrales

Carlos Eduardo Corrales é jornalista e fotógrafo há oito anos. É editor-chefe do Delfos - www.delfos.jor.br - o maior site nerd de jornalismo parcial reflexivo humorístico do mundo. Sua principal característica é não levar nada a sério, até mesmo quando fala sério. A única exceção, claro, são os ensinamentos do Deus Metal. Com esse ele não brinca, pois não quer que o Vento Preto venha tirar satisfação.
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