Resenha - Prophecy - Soulfly
Por Ari Santa Lucia Jr.
Postado em 08 de maio de 2004
Ninguém poderia imaginar que Max chegaria tão longe com o Soulfly. "Prophecy" já é o quarto trabalho da banda, que continua firme e com um nome respeitado lá fora.
Peguei esse cd há um tempão, mas só agora ele aparece aqui, fazer o quê...
De cara parece a melhor coisa que Max fez desde "Roots...". A primeira parte desse disco é uma coisa absurda, e não tenho receio de dizer que é uma das melhores composições da carreira dele.
A faixa-título, "Living Sacrifice" e "Execution Style" são de tirar o fôlego. Todas são metal puro, sem frescura ou mistureba gratuita, feitas com tanta raiva e paixão que chegam a arrepiar. As guitarras estão muito pesadas e o vocal de Max aparece muito mais sujo que nos trabalhos anteriores.
Pela primeira vez desde 1997, dá pra dizer que algo assim seria o caminho adotado pelo Sepultura se não tivesse acontecido tudo aquilo...
Em "I Believe" Max mostra mais uma vez sua faceta tribal, abusando de passagens atmosféricas e vocais em coro lá no fundo, contrastando com o refrão agressivo.
Só que seria muito bom se o disco todo fosse assim, mas não é. Max é sinônimo de mistura musical e dá a impressão de que carrega uma bela responsabilidade nisso, ou acredita realmente que tem essa responsabilidade. O restante do cd é ruim de doer, aliás chega a dar vergonha de escutar.
A pisada na bola começa com "Moses", que mistura ska com música africana. "Porrada" começa acústica como se fosse, pasme, uma MPB brega e sem sentido para depois virar hardcore. Olha só a salada que ele aprontou...
No meio disso tem até uma cover do Helmet. "In The Meantime" ganhou uma versão preguiçosa e desnecessária que poderia dar lugar a outra canção própria.
Pra fechar, se você tiver coragem de encarar, há as acústicas e esquisitas "Soulfly IV" e "Wings", essa com vocal feminino...
Max perdeu a oportunidade de fazer um dos melhores discos de sua carreira, deixando-se levar pela propaganda safada de que tem sempre que misturar estilos para parecer cool. Com o potencial apresentado na primeira parte de "Prophecy" dá pra imaginar o que o Sepultura com ele ainda não poderia mostrar ao mundo.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



"Come to Brazil" - 2026 promete ser um ano histórico para o rock e o metal no país
Welcome to Rockville 2026 divulga line-up oficial
O melhor cantor de baladas de todos os tempos, segundo Bob Dylan
Plantão Médico Deep Purple: 6 membros atuais e antigos que convivem com problemas de saúde
O riff do Guns N' Roses que Slash acha bem melhor do que o de "Sweet Child O' Mine"
As 3 melhores músicas do Aerosmith de todos os tempos, segundo Regis Tadeu
Bangers Open Air confirma Twisted Sister e mais 40 bandas para 2026
A postura passiva de filho de Bon Jovi com esposa que foi alvo de críticas na web
Manowar anuncia turnê celebrando álbuns "Fighting the World" e "Kings of Metal"
Com Tesla e Extreme, Mötley Crüe anuncia turnê celebrando 45 anos de carreira
Steve Vai presta homenagem a David Coverdale após anúncio de aposentadoria
O que Chorão canta no final do refrão de "Proibida Pra Mim"? (Não é "Guerra")
Pink Floyd disponibiliza versão integral de "Shine On You Crazy Diamond"
Os quatro maiores solos de guitarra de todos os tempos, segundo Carlos Santana
Site americano lista os 11 melhores álbuns de rock progressivo dos anos 1990

O aspecto do novo disco do Soulfly que Max Cavalera considera o mais legal
A mensagem extremamente profunda passada em "Favela/Dystopia", do Soulfly
Max Cavalera acha que novo álbum do Soulfly tem a mesma vibe de "Reign in Blood", do Slayer
Max Cavalera aborda no Soulfly a sua conexão com as favelas do Brasil
O clássico do metal que é presença constante nos shows de três bandas diferentes
Scott Reeder, baixista do Kyuss, relembra seu teste para o Metallica; "Uma experiência incrível"
Max Cavalera diz que enterrou as fitas de debut do Soulfly para capturar "poder indígena"


