Resenha - Material Sanctuary - Veni Domine
Por Maurício Gomes Angelo
Postado em 21 de setembro de 2003
Nota: 7
Ano: 1994
Tentar classificar o Veni Domine é a mesma coisa que esperar que o conflito na Palestina se resolva. Ou seja, quase impossível. São góticos, melódicos e clássicos. Isso resulta em músicas longas, no uso abusivo de teclados e numa música atmosférica, por vezes densa. Alternância de vocal melódico e grave por parte de Fredrik Ohlsson. Também se tem bons riffs e solos de Torbjörn Weinesjö, que colocam progressividade e sinfonia em suas músicas, mudam drasticamente a harmonia, o ritmo e o tempo. Vai-se do mais sutil ao mais pesado, e trabalham para elevar a carga emocional e o drama.
Tudo isso parece bem interessante, se o ritmo não fosse tão lento e incômodo, levando ao rápido cansaço do ouvinte. Apesar da clara competência técnica e criativa do grupo, isso atrapalha, e muito. As músicas extremamente longas (média de sete minutos) também não ajudam. Poderiam ser mais sucintas e diretas.
As três primeiras ("The Meeting", "Ecclesiastes" e "Material Sanctuary") agradam, são ótimas dentro do estilo. A partir daí a coisa começa a ficar sacal. A última música, a instrumental "Baroque Moderne", mostra-se muito interessante. Bem diferente de todo o CD, e com um clima muito mais limpo, é uma bela amostra de músicas dos países nórdicos, visto que a banda é da Suécia. Este país tem se especializado em fornecer muitas e excelentes bandas de metal.
Se você gosta de coisas mais arrastadas e climáticas, e se identifica com a proposta do grupo, o Veni Domine vai ser uma delícia para você. Já para quem não vive nove meses por ano cercado de gelo e gosta de heavy mais puro e sem tanta carga atmosférica (como eu) é bom passar longe, ou então aproximar-se apenas como curiosidade.
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