Resenha - 90125 - Yes
Por Emanuel Júnior
Postado em 13 de outubro de 2000
Nota: 9 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Após o fim da banda em 1980 (ao final da turnê do álbum "Drama"), o baixista Chris Squire e o baterista Allan White gravaram uma música-demo chamada "Run with the fox".
Em 1982, os dois conheceram o guitarrista/vocalista sul-africano Trevor Rabin e resolveram montar uma nova banda, batizada de CINEMA. Porém, faltava um tecladista. Com isso, Chris Squire chamou um velho conhecido: Tony Kaye, que havia tocado no Yes do início da banda até 1970.
Banda formada, os músicos entraram em estúdio e gravaram as bases do que viria a ser o álbum de estréia do CINEMA. Ocorre que um dia o vocalista Jon Anderson apareceu no estúdio durante as gravações e gostou do novo material. Então, Chris o chamou para cantar na banda. Inicialmente, o nome seria CINEMA mesmo. Mas, Jon insistiu em ressuscitar o YES e foi o que ocorreu.
Lançado em 1983, o álbum foi um sucesso mundial, sendo até hoje o disco mais vendido na história da banda, alavancado pelo hit-single "Owner of a lonely heart", o único a alcançar o nº1 nas paradas. Devido a isso, banda adquiriu milhares de novos fãs e até veio ao Brasil no Rock in Rio I.
Muitos fãs antigos torceram o nariz para o disco dizendo que aquilo não era Yes, que era muito Pop. A culpa foi atribuída a Trevor Rabin que, para os fãs, nunca chegaria aos pés do "mestre" Steve Howe.
Inclusive, Steve Howe malha até hoje esse disco, dizendo que a banda fez um disco pop descartável (o que não dá pra entender já que nessa época ele tocava no Asia, que fazia um som infinitamente mais pop do que o Yes). Na verdade, Howe sente inveja do sucesso nunca alcançado quando ele tocava na banda. Tanto que na turnê "Union", em 1991, ele saía do palco quando a banda tocava "Owner of a lonely heart". Hoje é visível o descontentamento quando ele é obrigado a tocar as músicas da era-Rabin.
Quanto ao álbum, podemos classificar como ótimo, com boas linhas de teclado de Kaye, o baixo característico de Squire, o vocal angelical de Jon Anderson, a bateria pesada de White e os excelentes licks e riffs de Trevor Rabin, que ainda canta em várias músicas juntamente com Anderson.
Os pontos altos do disco são: "Changes", a instrumental "Cinema", a quase-balada "Hearts", além de "Hold On".
1 - Owner of a lonely heart: o que dizer dessa música? Qualquer um conhece o riff inicial. É bem elaborada para que a rotula de pop. 8,0
2 - Hold On: linha vocal muito boa, uma levada quase blues. Boa. 8,0
3. It Can Happen: a guitarra imita o som de cítara. Muito bonita. Um refrão marcante. 8,5
4. Changes: a melhor do disco! Uma quebradeira de ritmos na introdução, um belo refrão e ótimos fraseados de guitarra. Destaque para o lindo vocal de Trevor Rabin. 10,0
5. Cinema: instrumental, revela-se bem pesada e progressiva, apesar de ser muito curta. 9,0
6. Leave It: nessa aqui o vocal e os backings funcionam como os instrumentos. No meio da música, uma parte quase country. 8,0
7. Our Song: uma boa balada na linha anos 80. O destaque novamente fica para o vocal de Anderson 7,0
8. City Of Love: a mais rock do disco. Um certo peso na guitarra e baixo. 7,0
9. Hearts: outra grande canção. Não deve nada aos clássicos do Yes como "Roundabout". Uma melodia muito linda e até uma surpreendente performance de Tony Kaye nos teclados. 9,5
Formação:
Jon Anderson - vocais;
Tony Kaye - teclados;
Trevor Rabin - guitarras, vocais, teclados, backing vocals;
Chris Squire - baixo, backing vocals;
Alan White - bateria, backing vocals
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Internautas protestam contra preços de ingressos para show do AC/DC no Brasil
Os três melhores guitarristas base de todos os tempos, segundo Dave Mustaine
A única música do "Somewhere in Time" do Iron Maiden que não usa sintetizadores
A melhor banda de metal de todos os tempos, segundo Scott Ian do Anthrax
A banda que não ficou gigante porque era "inglesa demais", segundo Regis Tadeu
Como James Hetfield, do Metallica, ajudou a mudar a história do Faith No More
West Ham une forças ao Iron Maiden e lança camiseta comemorativa
Os dois solos que, para Ritchie Blackmore, inauguraram a "guitarra elétrica inglesa"
Amy Lee odiava um dos grandes hits do Evanescence - que superou 1 bilhão de plays no YouTube
A banda que mais pode repetir sucesso do Iron Maiden, segundo Steve Harris
Guitarrista do Blind Guardian comemora ao receber seu "CPF"
O "detalhe" da COP30 que fez Paul McCartney escrever carta criticando o evento no Brasil
A melhor música de cada disco do Metallica, segundo o Heavy Consequence
A maior lenda do rock de todos os tempos, segundo Geezer Butler do Black Sabbath
Ozzy Osbourne sugeriu gravar último álbum com Zakk Wylde, revela o guitarrista
Sociedade Alternativa: Fama proporcional à escassez teórica
Por que Coca-Cola não contestou arte do primeiro disco do Judas Priest, segundo K.K. Downing
O megahit do rock nacional dos anos 1980 cuja letra não quer dizer nada



A música do Yes que Mike Portnoy precisou aprender e foi seu maior desafio
Os 11 álbuns prog preferidos de Geoff Downes, tecladista do Yes e Asia
O Big 4 do rock progressivo, de acordo com Ian Anderson, do Jethro Tull
Os 100 maiores hinos do rock progressivo segundo leitores da Classic Rock



