Resenha - 90125 - Yes
Por Rafael Ferrara
Postado em 24 de fevereiro de 2004
Desde seu lançamento até hoje, este sempre foi considerado o álbum mais pop do Yes, mas em nenhum momento podemos considerar como um trabalho diferente da linha progressiva que em toda sua carreira foi facilmente percebida. Está certo que na maioria das vezes que alguém o escutava era única e exclusivamente devido ao hit Owner of a lonely heart. Até mesmo porque existia um grande preconceito com a formação neste álbum, a ausência de Rick Wakeman ainda não havia sido aceita, o mesmo pode ser dito de Steve Howe que também não está presente. Estes são substituídos respectivamente por Tony Kaye e Trevor Rabin. O primeiro não deixa a desejar fazendo o básico, deixando a atenção sobre os demais. Já Trevor mostra todas as suas qualidades, desde do peso na guitarra a solos precisos, ele também exibe grande competência na parte vocal, em que supera com grande facilidade Steve Howe. Tanto que posteriormente em sua carreira solo ele se torna um gigante quando se trata de fazer trilha sonora, o que podemos notar facilmente em "Rockstar" no qual toda a trilha é de sua autoria. Sua capacidade de criação é tão grande que em todas as músicas deste álbum possui uma participação sua. Quanto aos demais não tem nada que possa ser comentado de diferente, eles se mantêm na mesma eficiência que exibem desde os seus primeiros trabalhos. Joh Anderson continua mantendo sua voz, tecnicamente perfeita, como a marca registrada do Yes. Já Chris Squire deixa suas principais marcas registradas, seu poderio fazendo backing vocals, seu potente baixo fazendo uma excelente base e sua participação criativa em quase todas as músicas.

Durante todo o álbum percebe-se uma constante como em toda historia do Yes. A parte vocal continua de forma bem forte, desde de um simples refrão até a capela, como na faixa Leavet it na qual ambas ficam evidentes.
Em It can happen, Changes e Our song temos ótimas faixas com o mais puro rock progressivo ao estilo do Yes, no qual Cinema com um ar de faixa interlude completa toda a postura deste álbum como progressivo. A presença reconhecida de Trevor na criação de Hold on mostra uma certa diferença entre as demais faixas, mas mantendo ainda assim uma regularidade e não perdendo a base progressiva presente de forma igual entre as outras.
Temos que concordar com a fama de mais pop de todos os trabalhos do Yes, City of love e a falsa baladinha Hearts não nos deixa mentir, apesar de serem as duas últimas e que sendo assim podem ser facilmente esquecidas. Porém, completando a fama adquirida, temos o super hit Owner of a lonely heart que se não bastasse ter a postura mais pop dentro das demais, ainda por cima abre o cd criando uma falsa expectativa que logo é consertada pela seqüência do mais puro rock progressivo que acaba sendo estragada pelas duas últimas faixas pop que encerram o trabalho.
Mesmo não sendo a formação mais clássica do Yes e não possuir uma presença progressiva em todo o trabalho, 90125 é um álbum agradável, no qual até o mais crítico dos ouvintes pode apreciá-lo sem muitas dificuldades. No entanto, possui uma curta duração nas faixas comparado com os demais álbuns do Yes, deixando-o assim longe de se tornar um dos melhores já lançados por eles.
Playlist:
01 - Owner of a lonely heart
02 - Hold on
03 - It can happen
04 - Changes
05 - Cinema
06 - Leave it
07 - Our song
08 - City of love
09 - Hearts
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Guns N' Roses anuncia valores e início da venda de ingressos para turnê brasileira 2026
A maior banda do Brasil de todos os tempos, segundo Andreas Kisser do Sepultura
Megadeth anuncia mais datas da turnê de despedida
Rockstadt Extreme Fest terá 5 dias de shows com cerca de 100 bandas; veja as primeiras
Os melhores covers gravados por bandas de thrash metal, segundo a Loudwire
O álbum de Lennon & McCartney que Neil Young se recusou a ouvir; "Isso não são os Beatles"
As 3 bandas de rock que deveriam ter feito mais sucesso, segundo Sérgio Martins
Os cinco maiores guitarristas de todos os tempos para Neil Young
"Fade to Black" causou revolta na comunidade do metal, segundo Lars Ulrich
Maior canal de crítica musical do mundo se pergunta: "Onde estão os metaleiros?"
Angra traz "Rebirth" de volta e deixa no ar se a formação atual ainda existe
Do Metallica ao Angra - passando por outras bandas -, um breve resumo do "Megadethverso"
Os dois guitarristas que são melhores que Ritchie Blackmore, de acordo com Glenn Hughes
Helloween cancela shows na Ásia devido a problemas de saúde de Michael Kiske
Hall da Fama do Metal anuncia homenageados de 2026
A resposta de Edu Falaschi depois que Adrian Smith rejeitou seu pedido de fã
A opinião de Bento Hinoto dos Mamonas Assassinas sobre Kiko Loureiro e Edu Ardanuy
O significado da escolha do nome Nirvana, segundo Kurt Cobain
Rick Wakeman passa por cirurgia para implante de válvula no cérebro
"A maior peça do rock progressivo de todos os tempos", segundo Steve Lukather, do Toto
A música do Yes que Mike Portnoy precisou aprender e foi seu maior desafio
Os 11 álbuns prog preferidos de Geoff Downes, tecladista do Yes e Asia



