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Dinâmica: deixe a música viver!

Por Herick Sales
Fonte: Herick Sales Guitar
Postado em 29 de abril de 2016

Dinâmica musical (do grego dynamos = força) refere-se à indicação que um compositor faz na partitura da intensidade sonora com que ele quer que uma nota ou um trecho musical inteiro sejam executados.

Expressão, em música, é o conjunto de todas as características de uma composição musical que podem variar de acordo com a interpretação. Em geral, a expressão engloba variações de andamento (cinética musical) e de intensidade (dinâmica musical), bem como a forma com que as notas são tocadas individualmente (acentuação – staccatto,tenuto, legato) ou em conjunto (articulação ou fraseado).

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Fonte: Wikipedia

Não vou me ater a grandes explicações teóricas, e partirei para aquilo que os ouvidos captam: a música e o que ela causa. Lembre-se das músicas que te cativam. Elas são iguais de começo ao fim, todas? Creio que não, a não ser que você seja pagodeiro e funkeiro. Obviamente, existem músicas velozes, ou calmas que possuem a mesma atmosfera e intensidade, e ficam sensacionais (ouça "Fucking Hostile" do Pantera, ou "Planet Caravan" do Black Sabbath, que seguindo uma única linha, soam ótimas!). Porém, um álbum nunca vai funcionar inteiro assim (salvo AC/DC e Motörhead, pois eles podem fazer o que quiserem), e saber mesclar dinâmicas diferentes, intensidades, fará sua música ter um frescor diferente e mais agradável ao ouvinte. Então vamos falar uma verdade atual? Sem demagogia? Existem várias, milhares de bandas de metal na atualidade, mas em algumas o que impera é uma barulheira infernal, com gritos, ou vocais vomitadores ogros, riffs com uma caralhada de notas, umas em cima da outra soando uma massa de bosta sonora, com pouco espaço para respiração ou variação, restando apenas um enorme dor de cabeça depois. Saindo do rock, a nossa música pop atual, bonitinha, redondinha, plastificada e sem um pingo de ousadia, sem uma dinâmica legal a mais, algo que surpreenda, tudo feito para ser digerido numa tacada e ouvida só, e esquecido quando o próximo sucesso pop estourar. Saber trabalhar a dinâmica é muito importante para bases e para solos também, e para dar exemplos de gente cascuda, lembro-me do mestre Tonny Iommi, ao ser questionado como faz para criar as mudanças de andamento em suas composições, falar que não entende porque muitas bandas hoje não fazem isso em suas músicas, e Mr. Paul Gilbert, dizer que não importa o quanto você toque rápido, é necessário saber alternar as dinâmicas do que você toca. Deve ser por isso que não dá para enjoar das músicas do Sabbath, e Paul Gilbert é consegue ser hiper técnico, sem perder o caráter humano em suas músicas…

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Por fim, quero comentar sobre um álbum clássico que mudou minha vida, e mesmo sendo hiper pesado, é extremamente bem trabalhado, e atemporal: "Master of Puppets", do Metallica. Eles já deram entrevistas, relatando que se preocupam bastante com a ordem de suas músicas e o tipo de dinâmicas que cada uma tem, principalmente quando possuem músicas bem rápidas. Note que o álbum abre e fecha com a duas músicas mais rápidas do álbum: "Battery" , que pra não começar rasgando, entra com uma introdução de violões, e "Damage, Inc." no fim. Após a abertura, vem "Master of Puppets", que mantém a pegada rápida, porém, menor que a primeira. "The Thing That Should Not Be" com ar meio soturno, mais cadenciada. Em seguida "Welcome Home (Sanitarium)", que começa diferente, com um dedilhado, para acelerar no fim. Em seguida, "Disposable Heroes", que começa com ritmo quebrado, antes de acelerar em porrada, que combina com a seguinte, "Leper Messiah". Bem diferente, aumentando o volume gradativamente, começa a instrumental "Orion", com muitas mudanças, para o fechando hiper acelerado com a já citada "Damage, Inc."

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A qualidade das canções de um álbum, é uma máxima óbvia, pois sem ela, nada adianta. Mas a atenção às dinâmicas e como fazer cada música soar uma experiência única, equilibrando também os já citados groove e melodia, podem fazer suas canções tornarem-se difíceis de serem esquecidas, como essas abaixo…

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Caso você nunca tenha ouvido o álbum na íntegra, ouça e seja feliz.

Para acalmar um pouco, veja esse lindo blues interpretado por Joe Bonamassa, e note as variações de intensidade que ele dá na base, e nos solos.

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Mais ou menos nessa linha, essa pérola do Dire Straits. Note como o gênio Mark Knopfler alterna as dinâmicas na música, e principalmente no lindo solo.

Essa daqui é uma pérola sem tamanho! Note como ela começa bela e suave, e possue um refrão forte e emocionante, dando um lindo contraste.

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Botando mais gás, essa porrada hard rock, tocada pelo mestre Gary Moore, e suas dinâmicas e intensidades acompanhadas com perfeição pela banda.

Essa é quase uma salada, mas veja o clima típico do Queen, com melodias lindas, as guitarras que começam a preencher a canção, e o riif pesado, de dar inveja ao tio Iommi.

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Nessa aqui, os mestres da diversidade, Living Colour conseguem sair de um groove caribenho, para uma dinâmica de hard rock, sem soar forçado, chegando a ser surpreendente…

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Trago esse exemplo, pois achei sensacional, a forma como Dave Grohl e o Foo Fighters souberam trabalhar essa canção, com uma dinâmica crescente.

Botando mais peso, note essa canção do Children of Bodom, com um riff quase hard, e caindo para um peso cavalar, porém, tendo varições de andamento da bateira, que não permitem que a canção fique chata.

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Fecho com esse exemplo que julgo perfeito: uma música absurdamente pesada, entrando com tudo, mudanças de dinâmicas no solo e até no vocal.

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Sobre Herick Sales

Herick Sales, professor de guitarra e violão há 12 anos, amante de blues e rock em geral.
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