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The Velhot's: sem bom humor não dá pra encarar coisa séria

Resenha - Corcel 77 - Velhot's

Por
Postado em 03 de maio de 2017

Dizia Euclides da Cunha: "o nordestino é antes de tudo um forte". Dizia Belchior: "viver é melhor que sonhar" e "amar e mudar as coisas me interessa mais". Diz Falcão: Eu sei que a burguesia fede, mas tem dinheiro pra comprar perfume". Em sua estreia, a banda cearense THE VELHOT'S junta um caldeirão de temas e influências, como ska, punk e hard rock, muitas vezes de suas próprias bandas anteriores (todos são veteranos e conhecidos na cena), e transforma num rock and roll esperto, algumas vezes exagerando na liberdade de ser antipoliticamente correto, outras vezes tocando em feridas purulentas com a melhor arma que o cearense tem de melhor diante de adversidades e injustiças: o bom humor.

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Vamos às faixas. "Corcel 77" faixa que dá nome e início ao play tem letra que lembra o Calhabeque, imortalizado por ROBERTO CARLOS, nos primórdios do rock no Brasil. É simples, mas define bem os sons que viriam a seguir. A errada "Coletivo do Amor" pode despertar a fúria de feministas porque não fica tão claro que é uma brincadeira, galhofa, crítica, uma canção a la CASCAVELLETES. No fundo é também uma crítica ao assédio sexual, mas isso bem que poderia ficar mais claro para que não se entenda exatamente o inverso, uma apologia. "Jardel" é uma "homenagem" ao futebolista cearense, jogador do Grêmio e do Ferroviário, que se tornou deputado, foi afastado por corrupção e conseguiu um atestado de loucura pra ir se livrando das punições. No som, é um rockão, com riffs grudentos. Além disso, é bom ver a menção em música ao "Tubarão da Barra"´, nome que se dá ao Ferroviário, um time que consegue ser lembrado com carinho tanto por torcedores do Ceará quanto de seu eterno rival, Fortaleza.

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"O Jogo" tenta ser séria, mas o melhor é o solo empolgante (muito empolgante) ao final. É de espantar. E colocar a música pra repetir. Sua letra fala de superações pessoais, quando as pessoas falam que o sujeito não vai ser alguém na vida e ele consegue provar que estavam enganadas. A galhofa volta depois com "Sanduba de Hospital", que menciona nomes bem controversos como G.G. ALLIN, que morreu depois de tanta, digamos, experimentação, e Keith Richards, que não morre nunca. A canção é baseada na história do baixista Ney Barros, que vende sanduíches naturais em frente a um hospital e em um lanche vendido no bairro Jacarecanga que atende pelo singelo nome de "Morte Lenta".

As músicas todas tem um ponto de partida muito pessoal, sempre partindo de algum ponto de vista observado ou vivenciado por alguém da banda. George Ventura, vocais, é o porta-voz de algumas de suas próprias experiências e de seus colegas. Assim como "O Jogo", em "Trip Louca", que fala sobre as viagens de um casal na estrada e suas aventuras amorosas, o solo, longo e preciso, faz toda a diferença. Infelizmente não dá pra saber nos créditos se é Ricardo Nobre ou Ney Barros o guitarrista responsável pela "criança".

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Baixo e bateria sobressaem-se na faixa "O Circo", feita na época das eleições. Aqui crítica é mais clara. E o CD continua nessa vibe, com "Trapaçolandia", que versa sobre o impeachment. Num país afundado até a cabeça em corrupção, o pior de tudo é que nenhuma das duas canções tem potencial para ficar datada.

Concluindo, "Corcel 77", dos VELHOT'S (desnecessário esse apóstrofo) é uma reunião de amigos e influências, tudo num clima do it yourself, tratando de temas sérios com o humor característico dos cearenses, que pode garantir bons momentos de diversão, já que, votar nós não sabemos mesmo (e nem temos em quem). Há algum virtuosismo (principalmente em "O Jogo"), acompanhadas pela boa cozinha de Márcio Nobre e Mailson Buson, mas as atuações são na medida para que nem fique tudo pesado e denso demais, nem descambe para o mamonesco, nem pareça piada contada novamente.

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A propósito, o tal Corcel 1977 existe mesmo. O tal Toinho é contador e deixou esse carro para Ricardo Nobre o vendesse. A "máquina" passou meses na frente da casa do guitarrista até ser vendida. E embora nenhum dos músicos seja mais um garoto, eles não são exatamente "velhotes", mas veteranos e talvez com a mesma idade que o citado calhambeque, digo, corcel.

THE VELHOT's é:

George Ventura: voz
Ricardo Nobre e Ney Barros: guitarras e vocais
Márcio Nobre: baixo e vocais
Mailson Buson: bateria, percussão e vocais.

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"Corcel 77" é mais um lançamento da Buson Records.

Tracklist:

1. Corcel 77
2. Coletivo do Amor
3. Jardel
4. O Jogo
5. Sanduba de Hospital
6. Trip Louca
7. O Circo
8. Trapaçolândia

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Sobre Leonardo Daniel Tavares da Silva

Daniel Tavares nasceu quando as melhores bandas estavam sobre a Terra (os anos 70), não sabe tocar nenhum instrumento (com exceção de batucar os dedos na mesa do computador ou os pés no chão) e nem sabe que a próxima nota depois do Dó é o Ré, mas é consumidor voraz de música desde quando o cão era menino. Quando adolescente, voltava a pé da escola, economizando o dinheiro para comprar fitas e gravar nelas os seus discos favoritos de metal. Aprendeu a falar inglês pra saber o que o Axl Rose dizia quando sua banda era boa. Gosta de falar dos discos que escuta e procura em seus textos apoiar a cena musical de Fortaleza, cidade onde mora. É apaixonado pela Sílvia Amora (com quem casou após levar fora dela por 13 anos) e pai do João Daniel, de 1 ano (que gosta de dormir ouvindo Iron Maiden).
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