Almora: Kalihora's Song é uma contribuição turca Para o Folk Metal
Resenha - Kalihora's Song - Almora
Por José Sinésio Rorigues
Postado em 19 de agosto de 2019
Nota: 9 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Eu procuro ser eclético dentro do Metal, e ouço tudo o que é som pesado: Gótico, Stoner, Hardcore, Industrial, Death Metal, Black Metal... Até um "grunginho" – por que não? – rola de vez em quando. Mas o Folk Metal é, certamente, meu estilo favorito. Assim, é com satisfação que escrevo este texto sobre o álbum Kalihora's Song, da banda ALMORA, da Turquia. Este álbum não é apenas um ponto alto, mas o verdadeiro pináculo na carreira do ALMORA. Sim, todas as músicas são muito bem executadas, com perfeito casamento entre vocal e instrumental, perfeita sintonia entre o vocal masculino e o feminino (ainda que praticamente não apareçam juntos, nas mesmas faixas), perfeita sintonia entre sonoridade folk e sonoridade sinfônica, havendo ainda pitadas de Power Metal (dá para acreditar que o pessoal conseguiu enfiar tudo isso na mesma panela, sem que o resultado fosse algo indigesto?).
Tudo começa com a instrumental ''Tears Of The Angels''. Quando o negócio é som instrumental, eu fico meio desconfiado: sendo instrumental, a música tem de ser muito boa para fazer com que eu a ouça até o fim, sem pular para a faixa seguinte. E esta faixa consegue tal façanha, com guitarra, bateria, baixo e violino em perfeita sintonia. A seguir, há a bela ''Cehennem Geceleri''. Esta faixa, batizada e cantada em turco, tem apenas vocais femininos operísticos (mas nada enjoativos, o que também é uma façanha), variações incríveis na sonoridade, com guitarras cavalgadas em alguns momentos, agressivas em outros. Acertaram em cheio, pois aumenta ainda mais a vontade de manter o álbum rodando. Surgem os primeiros acordes de ''Forever Free'', música rápida, pesada, com vocal masculino, flautas e violinos muito bem executados, muito bem encaixados. Que música perfeita! Até aqui, já temos um álbum cheio de variações: a primeira faixa é instrumental; a segunda faixa é batizada e cantada em turco; e esta, em inglês.
A música ''Show Must Go On'', a seguir, é pesada. Em seguida, o instrumental se reduz a uns acordes de guitarra, lentos, e aparece o vocal feminino, feérico, angelical, muito belo. A música alterna peso e momentos tranquilos. Nenhum resquício de vocal masculino. ''Kursun Asker'', outra faixa batizada em turco, vem com instrumental forte, violinos atacando ao lado de guitarra, baixo, bateria e vocal masculino gritado. Som contagiante, no capricho, guitarra animalescamente pesada, violino tocado por quem sabe o que está fazendo. Excelente!
A faixa-título surge com vocal masculino falando, por mais de um minuto (vai saber o que o sujeito está falando...). O vocal feminino vem em seguida, majestosamente, com o instrumental atacando. A esta altura tenho que dizer: este pessoal aprendeu a fazer música! Eu já havia escutado trabalhos anteriores desta banda, mas aqui eles mostram uma inquestionável evolução musical. ''Princess Of Rain'', a seguir, tem vocal masculino e som bem calminho. A guitarra vem pesada, mas não rápida. Como o título já evidencia, ela é em inglês, alternando momentos de instrumental pesado e momentos mais leves. Volto a dizer: a banda sabe o que está fazendo. Outra faixa em inglês, ''Rage Of The Falcon'', é pesada, mas mantendo a levada folk, o vocal masculino atacando. Ao fim, temos ''The Hell-Nights'', que nada mais é que a bela faixa ''Cehennem Geceleri'', mas agora cantada em inglês.
De um modo geral, este trabalho do ALMORA me impressionou muito. Incrivelmente inspirado, bem produzido, maduro, ricamente variado, com guitarras trazendo peso na medida certa, baixo volumoso, bateria bem microfonada e tocada, flautas e violino alternando entre agressivos e viajantes. O som, como eu já deixei claro, é operístico-folk-sinfônico de primeira. Magnífico!
Track List do álbum Kalihora´s Song:
01. Tears Of The Angels
02. Cehennen Geceleri
03. Forever Free
04. Show Must Go On
05. Kusrsun Asker
06. Kalihora´s Song
07. Princess Of Rain
08. Rage Of The Falcon
09. The Hell Nights
Bandas semelhantes:
METALWINGS, da Bulgária;
ILLUMINANDI, da Polônia;
WITHIN TEMPTATION, da Holanda (em algumas vocalizações);
GALNERYUS, do Japão;
EDENBRIDGE, da Áustria;
VISIONS OF ATLANTIS, da Áustria;
RHAPSODY OF FIRE, da Itália;
DIABULUS IN MUSICA, da Espanha;
NIGHTWISH, da Finlândia;
HAGGARD, da Alemanha;
TIARRA, da Romênia;
DARK MOOR, da Espanha;
THERION, da Suécia;
EDENBRIDGE, da Áustria
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Internautas protestam contra preços de ingressos para show do AC/DC no Brasil
O melhor baterista de todos os tempos, segundo o lendário Jeff Beck
A banda que não ficou gigante porque era "inglesa demais", segundo Regis Tadeu
Jon busca inspiração no Metallica para shows de reunião do Bon Jovi
A música lançada há 25 anos que previu nossa relação doentia com a tecnologia
Pistas a distâncias diferentes e com mesmo preço no show do AC/DC? Entenda
Journey anuncia "Final Frontier", sua turnê de despedida
As músicas que o AC/DC deve tocar no Brasil, segundo histórico dos shows recentes
Meet & Greet com Dave Mustaine, que custa mais que um salário mínimo, está esgotado
A única música do Pink Floyd com os cinco integrantes da formação clássica
Kiss libera detalhes da edição deluxe do clássico "Alive!"
A melhor música que Bruce Dickinson já escreveu, segundo o próprio
Quando Lemmy destruiu uma mesa de som de 2 milhões de dólares com um cheeseburguer
O "detalhe" da COP30 que fez Paul McCartney escrever carta criticando o evento no Brasil
A única pessoa que poderia ter substituído John Lennon nos Beatles, segundo Noel Gallagher
Os 50 anos de "Journey To The Centre of The Earth", de Rick Wakeman
Queen: a história por trás da canção "I Want to Break Free"


Svnth - Uma viagem diametral por extremos musicais e seus intermédios
Em "Chosen", Glenn Hughes anota outro bom disco no currículo e dá aula de hard rock
Ànv (Eluveitie) - Entre a tradição celta e o metal moderno
Scorpions - A humanidade em contagem regressiva
Soulfly: a chama ainda queima
Quando o Megadeth deixou o thrash metal de lado e assumiu um risco muito alto



