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Headbanger: o que você está disposto a fazer para mudar algo?

Por Marcos Vinicius Mesquita
Fonte: Blog Shogunidades
Postado em 21 de novembro de 2013

Diego Frazão Torquato, conhecido como Diego do Violino morreu em 2010. Desde muito pequeno, Diego conviveu com doenças, como a meningite. Segundo aqueles que conviveram com o menino, apesar da saúde fraca e da dura vida convivendo com a violência cotidiana disso, não perdeu o entusiasmo para a música. Diego ficou internacionalmente conhecido por esta foto em que chorou ao tocar no funeral de seu professor. Diego participou das oficinas do grupo em Parada de Lucas e se tornou a estrela da orquestra de cordas do Afroreggae. Sem dúvidas a música teve um papel importante na vida desse menino e, não fosse sua saúde fraca, quem sabe até onde ele poderia chegar?

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Esse professor se pudesse de alguma forma ter acesso a um vídeo do compacto dos melhores momentos de sua pós vida, certamente ficaria feliz ao ver essa imagem. Ao ver a diferença que fez na vida de alguém.

Nos dias de hoje, com tanto acesso a tecnologia é fácil baixar música, conhecer novos artistas e bandas antigas pouco conhecidas. Mas para tudo na vida é preciso de um início. Ninguem vira fã do Cannibal Corpse por si só. É preciso que alguém apresente o artista. Eu não tenho dúvida que muitos de nós compartilhamos com outras pessoas nossa música e temos prazer em ceder material para aqueles que nada tem para ouvir em casa ou simplesmente pouco conhece sobre Metal/Rock. Posso afirmar que eu já "converti" muita gente "pro nosso lado" e já salvei muita criança do mau gosto musical dos pais.

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Entre os bangers eu sempre vejo muita reclamação, até fundamentada, sobre o tipo de música e cultura absorvida entre os mais pobres. Até quem vive nessas comunidades se sente incomodado. Já vi até figura do underground carioca reclamando não só do mal gosto comportamental, mas defendendo até um "clareamento étnico" dentro do underground carioca. Isso num estado em que a imensa maioria da população é mestiça (Como essa declaração deplorável tem alguns anos eu torço que para essa ideia tenha mudado).

O ponto que eu quero chegar é que eu gostaria muito de ver músicos de nossos gênero agindo mais com as mãos e a boca ensinando música, do que reclamando e digitando nas redes sociais sobre o mal gosto alheio. Seria muito interessante se pessoas que saibam tocar, cedessem um pouquinho do seu tempo indo ensinar música para crianças sem acesso a boa musica, que, por questões culturais e imposição midiática - Eu afirmo que o Funk, o Pagode, o Brega e toda música de qualidade duvidosa é imposta ao pobre e favelado. Faz alguns anos o "funk" tornou-se a camisa-de-força do povo pobre. O povo carioca virou refém do "funk" carioca. Até o samba, virou de certa forma, refém dos funqueiros - O favelado não está na favela porque quer. É porque ele não consegue comprar um apartamento. Da mesma forma o brega e todos os seus derivados - inclusive o "funk" carioca - escravizam o povo, num fascismo tropical, comandado por empresários do entretenimento dos mais diversos, desde os do interior do país até os das grandes corporações de mídia do Sudeste.

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Eu tenho profundo ódio de projetos culturais que se limitem a apenas ensinar filho de pobre a "bater lata", como se pobre a favelado não tivesse capacidade para aprender outra coisa ou se interessar por outros gêneros musicais. Mas tenho mais raiva ainda de quem tem conhecimento e se nega a ensinar, ou compartilhar.

Sempre se reclama da falta de espaços para tocar, da ausência de público nos eventos. Sempre reclama do mal gosto alheio, da falta de educação alheia. Eu te pergunto, você estaria disposto a dar um pouco do seu tempo (in)útil indo dar aulas de música? A melhor forma de mudar toda uma cultura é passando cultura. A melhor forma de aumentar o público interessado é aumentando pessoas interessadas em consumir, cultural e economicamente, dessa cultura. Por que não subir um morro pra dar aula de Heavy Metal para filho de favelado? Por que não ensinar nossa música, nossa cultura e nossos valores?

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Eu já disse uma vez que o Heavy Metal surgiu na feia e cinzenta cidade de Birminghan, em um bairro operário, por filhos de operários. (De novo, não estou convocando ninguém a se filiar ao PCO, nunca, jamais, ever!). Heavy metal é por essência, som dos excluídos. Mas será que estamos fazendo jus às nossas raízes?

Talvez usar um pouco do seu tempo (in)útil passando conhecimento e arte faça mais a diferença que apoiar idiotas (in)uteis que vestem uma máscara e saem por aí quebrando o que veem pela frente.

O que você está disposto a fazer para mudar algo, nem que seja a vida de um único menino? Eu infelizmente não sei tocar, nem tenho muito conhecimento técnico para passar, mas no pouco que sei; e no muito material que tenho, se um dia na minha cremação (já deixo avisado que quero ser cremado) se existir uma criança chorando por mim, por tudo de positivo que eu pude passar pra ele. Minha vida inútil terá valido a pena.

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Sobre Marcos Vinicius Mesquita

Marcos Vinicius Mesquita - Publicitário, Assessor de imprensa, Analista de T.I. Filosofo de araque, músico de araque e fã de Thrash metal.
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