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Manowar: Grandiosa estréia com um pé no rock'n'roll

Resenha - Battle Hymns - Manowar

Por Victor Kataóka
Postado em 18 de dezembro de 2013

Nota: 10 starstarstarstarstarstarstarstarstarstar

A estréia do Manowar não poderia ser de outro jeito, a banda que sempre "lutou" pela integridade e sinceridade dentro do Heavy Metal (pelo menos musicalmente), tem no seu disco de estréia uma carta aberta aos fãs, de boa parte dos temas que iriam ser abordados ao longo de sua brilhante carreira: Motocicletas, selvageria, declaração de amor ao Heavy Metal, orgulho, sexo, egocentrismo e mitologia. Esse disco ganhou certa visibilidade pela participação do ator e cineasta Orson Welles, e ainda permanece como um dos preferidos dos fãs.

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Motores em alto e bom som: os estilos de vida sobre duas rodas e a barbárie dão início a mediana "Death Tone", que apesar de não ser uma faixa ruim, ainda não mostrava um Manowar totalmente seguro sobre o Metal que iria seguir. Talvez o mais marcante nessa música seja a atuação de Hamzik, tocando de maneira mais solta do que as tradicionais linhas Heavys apresentadas ao longo de sua discografia.

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Um pequeno vacilo da banda ao ter deixado ela ter sido a abertura do play, quando na verdade quem deveria ter sido era a próxima música.

"Metal Daze" é uma declaração de amor ao Heavy Metal, e aqui já encontramos uma seqüência matadores de riffs alinhados a poderosa voz de Eric Adams e a cozinha coesa, liderada pelas competentes linhas de baixo marcantes de Joey DeMaio.

Apesar de "Metal Daze" se mostrar uma poderosa faixa de metal tradicional do início da década de 80, vale destacar o clima festivo e totalmente rock and roll que a mesma apresenta, inclusive com os backing vocais, que se não são os mais bem gravados possíveis, dão uma ênfase incrível ao já citado clima rock and roll..Aos 3 minutos e pouco, um grito emblemático carimba de vez "Metal Daze" como sendo uma daquelas músicas do rock pesado, que apesar de serem heavy metal, não perderam o "espírito rock and roll".

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Se realmente o Heavy Metal foi uma evolução natural do rock and roll, isso só ficou completamente "visível" em raríssimos momentos na história, e em "Metal Daze" essa mágica aconteceu.

Pra finalizar, vale destacar que "Metal Daze" é uma das músicas do Manowar que mais funcionam ao vivo, visto que o público adora gritar em coro "Heavy Metal, Heavy Metal Daze!".

Seguindo a linha rock and roll, a empolgante "Fast Taker" é outra faixa com um clima totalmente rock and roll. Mas uma seqüência de riffs matadores, boa melodia, e um clima de festa que combinado a sua letra que aborda o tema sexo e garotas de 16 anos, fazem dela uma faixa totalmente AC/DC!

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Com certeza uma das grandes atuações da cozinha do Manowar, com Demaio e Hamzik detonando geral.

"No momento que esta carta chegar em casa eu estarei morto". Diminuindo a velocidade, temos "Shell Shock", uma das melhores e mais bonitas composições do Manowar, que fala sobre distúrbios mentais causados pela experiência da violência na guerra.

Apesar de não ser um clássico, "Shell Shock" é uma amostra da genialidade do Manowar. Temos aqui um choque entre "alegria" e "tristeza".

De um lado, a melancolia representada pela grande atuação da cozinha (representando a guerra) e a belíssima interpretação de Eric Adams (representando os pensamentos do ex-soldado), enquanto do outro, vemos ótimas seqüências de solos e riffs oitentistas totalmente "pra cima" e esbanjando energia.

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A atmosfera criada pela música é uma mistura de tristeza e felicidade.

Não é algo que possa ser comparado a "penny lane" dos Beatles, mas tem um grande valor.

Finalizando, a composição ainda cita Saigon, bombas Napalm e o Tio Sam, uma pérola perdida e esquecida na extensa discografia do Manowar.

Voltando ao "rock and roll", temos a clássica "Manowar".

Mais uma prova de que o Manowar com seu disco de estréia foi uma das bandas que souberam conciliar com mais competência o rock and roll e o Heavy Metal.

Se o AC/DC tivesse feito Heavy Metal com Bon Scott, o resultado seria parecido com a música "Manowar". Riffs e cozinha totalmente rock and roll, e um solo mais rock and roll ainda, empolgação total.

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Apesar de a letra aparentar simplicidade e promiscuidade, assim como as letras do AC/DC, não da pra saber com exatidão sobre o que a música aborda, de um lado, fica a impressão que ela fala sobre antigos navios de combate (que é o significado de Manowar), e do outro, uma alusão a grandiosidade da própria banda, demonstrando que o egocentrismo do Manowar começou muito mais cedo do que se imagina(acho que a segunda opção é a correta).

Comenta-se que a letra é inspirada nas guerras da Idade Média e descrevem o ataque de um exército de 10 mil soldados.

"Dark Avenger" é o primeiro épico da carreira da banda, e foi o ponto de partida que fez do Manowar a banda a criar os melhores épicos bárbaros da história do Heavy Metal.

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A letra cita Hades, Abaddon, e muitas outras riquezas da Mitologia Grega.

Incrível como a banda caminha entre um rock and roll "descompromissado" e um épico intrincado.

A faixa tem inclusive uma narração do falecido cineasta Orson Welles no meio da música, que até então era cadenciada e sombria, e depois da narração, aí sim, o "couro come", e toda a barbárie entra em cena.

"William's Tale" é um solo de baixo com temáticas de filmes americanos de "bang-bang"(velho oeste), uma adaptação de Joey para um trecho da ópera "Guilherme Tell" (William Tell), do compositor clássico italiano Rossini.

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Esse mesmo trecho já fora usado como tema do filme e da série de TV de bangue-bangue "O Cavaleiro Solitário" (Lone Ranger), Apenas um momento de ostentação do polêmico baixista e frontman Joey DeMaio.

Sinceramente, ela não se encaixou no disco, a impressão que se tem ao ouvir ela na seqüência é que a mesma está totalmente transviada.

Ficou sem nexo a presença dela no álbum, mas cairia como uma luva como "intro" de "Outlaw", do "Louther Than Hell", que sairia duas décadas depois, inclusive, ao vivo, deveriam emendar a Willian's Tale com a "Outlaw"... Enfim, interessante mas descartável pelo contexto.

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Brilhantemente, o disco é encerrado com "Battle Hymns". Qualquer comentário seria insuficiente para definir a importância e brilhantismo de "Battle Hymns", inclusive esse humilde autor dessa resenha se tremeu todo ao tentar comentar sobre a grandiosidade dessa música...

Mas, vamos à tentativa!

"Battle Hymns" não é apenas mais um épico bárbaro sobre guerra do Manowar.

Seria escasso dizer que ela é somente um hino da banda, pois a mesma é um clássico de toda a história do Heavy Metal.

"Battle Hymns" é pioneira, Battle Hymns" é emocionante, "Battle Hymns" é brilhante, e "Battle Hymns" é bárbara nos 2 sentidos da palavra.

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Mais de 25 anos depois, "Battle Hymns" continua atual, única e fabulosa.

Como resultado, temos um disco clássico, e que além de ser um marco na história da banda e do próprio Heavy Metal, ainda revelou para o mundo um dos maiores baixistas e vocalistas de todos os tempos, respectivamente Joey DeMaio e Eric Adams.Completam o time Donnie Hamzik, na bateria, e Ross-The-Boss, que era o único músico famoso na banda, já que o mesmo era o guitarrista dos "Dictators", uma das bandas pioneiras do "Pré" Punk Rock.

Lista de Músicas:

01. Death Tone (4:48) 7,5
02. Metal Daze (4:18) 10***
03. Fast Taker (3:56) 8,75
04. Shell Shock (4:04) 10***
05. Manowar (3:35) 10*
06. Dark Avenger (6:20) 9,25
07. William's Tale (1:52) x
08. Battle Hymn (6:55) 10***

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Nota: 9,5
Nota reavaliada: 10******
Estrelas: 10

Tempo total: 35:48

Formação:

Vocal: Eric Adams
Guitarra: Ross 'the Boss' Friedman
Baixo: Joey DeMaio
Bateria: Donnie Hamzik

Fatos e Curiosidades:

- Todas as músicas foram escritas por DeMaio e Friedman, exceto "William's Tale" e "Metal Daze", que foi escrita por DeMaio.

- Lançado em 29 de março, passou com maestria no desafio da crítica ao ser muito elogiado, visto que 1982 foi um ano de grandes e relevantes lançamentos na cena.

- "William's Tale" é um solo de baixo do tema "William Tell" da William Tell opera, originalmente escrita por Gioachino Rossini.

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- Em 2001 a EMI relançou esse álbum remasterizado apenas na Europa.

- No mesmo ano a Metal Blade relançou no resto do mundo, supervisionada por Demaio.Essa versão de prata foi remasterizada das fitas originais para manter a melhor qualidade de som possível, e inclui um livreto de 20 páginas com fotos exclusivas, entrevistas e etc.A capa é a mesma da original, mas em versão prateada.

- Em 2009 a banda relançou esse disco pela Back on Black em uma série limitada de 500 cópias em vinyl laranja.

- Em 2010 o Manowar regravou "Battle Hymns", sendo chamado de "Battle Hymns MMXI", com o baterista Donnie Hamzik gravando com a banda pela primeira vez desde 1982. Por causa da morte de Orson Welles, a narração de "Dark Avenger" foi feita por Christopher Lee.

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- A banda de Thrash metal Overkill coverizou a música "Death Tone" no seu álbum de 1999, Coverkill.

- A banda de Metal Tradicional Seven Witches coverizou a música "Metal Daze" no seu álbum de 1999, Second War in Heaven.

- A banda de Metal Tradicional Alemão Majesty coverizou a música "Battle Hymn".

- A banda de Thrash Metal Alemão Tankard coverizou a música "Fast Taker" no seu álbum Destroyer.

- A banda de Metal Tradicional Americana Slough Feg coverizou a música "Fast Taker" em um split single com a Solstice.

- A banda de Argentina Montreal coverizou a música "Fast Taker" no seu álbum de 2007,

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Colabore com a banda:

https://www.facebook.com/manowar
http://thekingdomofsteel.com/

Créditos:
Por Kataóka, publicado originalmente em H2R - Hard & Heavy Reviews

Post Original:
http://h2remfoco.com/?p=62

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Sobre Victor Kataóka

Kataóka representa aqueles que prezam por nomes como Saxon, Accept, Manowar, Judas, Virgin Steele, Alice Cooper, Queensryche, Warlock, Savatage, Budgie, Dio e etc. Trajando o manto do Fortaleza EC, conseguiu ver com muito sacrifício quase todas as suas bandas favoritas ao vivo, e acredita que acima do AC/DC, somente os Beatles. Com o H2R, resenha Heavy Tradicional, Hard Rock, e o seu vício: N.W.O.B.H.M, o que não o impede de prezar demais por rock progressivo e psicodélico. Apesar de ser de 88, dentre 500GB de mp3 em um HD de valor inestimável, 95% do conteúdo vem dos anos 60,70 e 80. Não resenha Melodic, industrial, extremo, sinfônico, Power, New, Grunge e vários outros etc...
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