Skid Row mostra no Summer Breeze Brasil que não precisa mais de Sebastian Bach
Resenha - Skid Row (Summer Breeze Brasil, 29/04/2023)
Por André Garcia
Postado em 29 de abril de 2023
Na virada dos anos 80 para a década seguinte, o Guns N' Roses estava no topo do rock pesado, e uma das poucas bandas que conseguiam fazer frente era o Skid Row. Naquela época meu irmão, então pré-adolescente, todo dia na escola tinha que escolher entre comer, comprar um poster de Axl Rose, ou um poster do Sabastian Bach.
Não dá para negar que, ao falar de Skid Row, todo mundo automaticamente lembra de sua era de ouro. Três décadas já se passaram, no entanto, e já faz 27 anos que perdeu seu frontman.
A banda veio ao Summer Breeze promover "The Gang's All Here" (2022): não só o primeiro álbum com o vocalista Erik Grönwall, como também primeiro lançamento desde 2006. O álbum honrou o legado da banda, então eu me perguntava se o show também honraria… e honrou! Ficou claro que o Skid Row ainda tem muita lenha para queimar. Se você curtia antigamente, mas desencanou deles nos últimos anos… vale a pena dar uma nova chance!
A banda subiu ao palco com alguns minutos de atraso, algo justificável para uma banda de hard rock. Mas quando eles entraram no palco, entraram com tudo pisando fundo no acelerador, emendando "Slave to the Grind", "The Threat" e "Big Guns".
A banda, apesar de veterana, tocou suou a camisa e se dedicou de corpo e alma a cada música. No melhor estilo hard, fizeram poses e caras e bocas, para a alegria dos fotografo. O guitarrista Scotti Hill em particular, o que mais se dedicou à performance entre os instrumentistas.
O maior destaque foi o vocalista Erik Grönwall, que, bem mais jovem que os colegas, "jogou pelo time" andando, correndo, batendo cabeça, lutando boxe no ar e dançando com o pedestal. Além da voz potente, é técnico na medida certa em todos os fundamentos vocais do gênero. Principalmente nos agudos. Eu sei que Sebastian Bach foi um dos maiores vocalistas de hard de sua geração, mas Erik não permitiu que os fãs sentissem saudades dele.
O Skid Row nunca soou tão porrada. E o repertório parece ter sido pensado para isso, economizando bastante nas power baladas, tão características da banda em sua era de ouro. Foram quatro músicas do "Skid Row" e seis do "Slave to the Grind". Do disco novo tocaram apenas "Time Bomb" e "The Gang's All Here". Poderiam até ter tocado mais algumas, porque é um grande álbum. Fora isso, o repertório me agradou, e pareceu ter agradado aos presentes, sobretudo aqueles vestidos com camisa da banda. Só senti falta de "I Remember You".
Se em 1991 o Skid Row era uma das poucas bandas de hard capazes de bater de frente com o Guns N' Roses, atualmente está muito mais em forma. Em 2023 eu não trocaria um show deles por um de Axl Rose e companhia.
Setlist:
Slave to the Grind
The Threat
Big Guns
18 and Life
Riot Act
Piece of Me
Livin' on a Chain Gang
Time Bomb
Monkey Business
In a Darkened Room
The Gang's All Here
Youth Gone Wild
Summer Breeze Brasil 2023
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