Os 5 fatores que fizeram preço do Summer Breeze Brasil ficar alto, segundo empresário
Por Gustavo Maiato
Postado em 04 de outubro de 2022
O icônico festival alemão Summer Breeze ganhou versão nacional para 2023 com cerca de 40 bandas no line-up. Entre os vários tipos de ingresso disponíveis estão alguns com preços que variam de R$700, R$500 e R$1300, dependendo do que está incluído.

Esse valor foi considerado caro por parte dos fãs, mas em entrevista ao Heavy Talk, o empresário Rick Dallal, responsável pelo evento, explicou os cinco fatores que levaram o preço a ficar dessa forma.
1 - Foco na qualidade
"Como todos sabem, qualidade tem preço. Não vou fazer o festival que, se não estiver vendendo bem, vou cancelar. Pautamos nosso serviço pela excelência. Vou oferecer o melhor. A diferença do melhor para o menos melhor é pouca. Prefiro ganhar menos, mas oferecer o melhor. Vou ter menos problema com o público e bandas. Vamos montar um festival de qualidade em um lugar central de fácil acesso em uma época que você chega em um dia que não trabalha e no dia seguinte tem feriado. Esses custos são altos".
2 - Bandas estão mais caras
"As bandas estão cada vez mais caras. Quando contratamos uma banda, falamos que a oferta é essa. Aí a passagem e salário da banda é com eles, tirando do dinheiro que dou. São eles que pagam as equipes e a carga se precisar. Como todos sabem, os preços das passagens aéreas quadruplicaram depois da pandemia por causa da demanda e altos custos de combustíveis. Os fretes aumentaram muito também. Antes, podia alugar contêiner por US$ 500. Hoje, o mínimo é US$ 4 mil. Imagina a carga aérea".
3 - Dólar alto
"O terceiro fator é que a cotação do dólar está em torno de 20% mais cara do que estava antes da pandemia. Existem diversos impostos para mandar esse dinheiro para fora. Se a banda custa US$ 1 mil, vou pagar 15% a mais de imposto para enviar o dinheiro para eles. Aqui no Brasil, tem o ISS, ECAD e tudo mais. São impostos em cima do faturamento".
4 - Profissionais mais caros
"Muitas pessoas migraram de áreas. Quem era engenheiro de som ou advogado de banda migrou e foi empreender. Muitas pessoas saíram do mercado e estamos com uma carência de pessoal. Quem sobrou, está cobrando mais caro, porque é uma mão de obra cara. Tudo no Brasil encareceu também. Muitas empresas de som e luz quebraram na pandemia. Poucas sobreviveram. O custo para operar está mais alto. Tudo está mais alto. Antigamente, eu tinha um acordo com um hotel aqui para as bandas que era R$ 300. Hoje, o mais barato que consigo é R$ 700. Isso porque alugo 200 quartos em um hotel".
5 - Falta de patrocínio
"O quinto e mais importante fator é o seguinte. Existe uma regra e cultura dentro de festivais que é: Você não consegue fazer festival sem patrocínio. Só que a Free Pass até hoje só teve um patrocínio na vida, em um show do Slash, da Budweiser. Ganhamos uma merreca. Exceto isso, nunca entrou um real de dinheiro público ou patrocínio na empresa. Tenho experiência de conseguir trabalhar sem patrocínio. Muitos reclamam do preço do ingresso, mas tudo está mais caro".
Confira a entrevista completa abaixo.
Summer Breeze Brasil 2023
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