RECEBA NOVIDADES ROCK E METAL DO WHIPLASH.NET NO WHATSAPP

Matérias Mais Lidas


Outras Matérias em Destaque

Baterista do Shadows Fall odiou Metallica e Slayer quando ouviu pela primeira vez

A reação de seu advogado após guitarrista recusar cargo de guitarrista de Ozzy Osbourne

Paul McCartney e o que "estragou" Elvis Presley que os Beatles evitaram; "teria acontecido"

Kurt Cobain comenta as músicas do Nirvana que compôs para combater o sexismo

O integrante do Led Zeppelin com quem Robert Plant sempre perdia a paciência

Um fator crucial que levou Mike Shinoda a reformar o Linkin Park; "Estava quase como acabado"

O que Cazuza quis dizer com "A burguesia fede e quer ficar rica" no clássico "Burguesia"

A conturbada saída de Steve Souza do Testament, nas palavras de Eric Peterson

O dia que o Pearl Jam só não compôs uma música com Bob Dylan porque Eddie Vedder não quis

Além de Jaco, o outro baixista fenomenal que Robert Trujillo adora, mas poucos roqueiros conhecem

Liam Gallagher estabelece condições para novo álbum do Oasis sair do papel

Ozzy Osbourne chegou a cantar no ensaio para o Rock and Roll Hall of Fame

Matt Heafy deixa falsa modéstia de lado e insinua que Trivium pode ser "o novo Metallica"

O melhor álbum dos últimos cinco anos de acordo com Myles Kennedy

O clássico do Megadeth que fez sucesso antes de ser lançado de forma oficial


Comitiva
Stamp

Metallica: a regressão técnica de Lars Ulrich

Por Daniel Junior
Fonte: Aliterasom
Postado em 08 de dezembro de 2011

Em 1991 duas bandas dominavam o mundo: Metallica e Guns n´Roses. O grupo de James Hetfield lançara o pesado e lindo "Metallica" (carinhosamente cunhado pelos fãs do Black Album e aqui no Brasil também apelidado de "pretinho"), uma porrada de sonoridade levada à perfeição, com melodias até hoje exaltadas por qualquer fã de rock. O disco que trazia hits (isso mesmo que você leu) como "Enter Sandman" e "The Unforgiven" parecia ser o êxtase criativo de uma banda que começara sua trajetória executando um thrash metal trabalhado, diversificado e com bastante crítica social. Um disco por assim dizer OBRIGATÓRIO na coleção do headbanger ou de um fã de música de qualidade.

Metallica - Mais Novidades

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal
Anton Corbijn
Anton Corbijn

A banda de Axl Rose vinha de dois discos clássicos presentes em qualquer lista de ‘mais mais’ que se pode eleger: Appetite for Destruction (1987) e a compilação GNR Lies que tinha quatro músicas inéditas, dentre elas "Patience", hit que iria estourar nas rádios e foi até parte de trilha de novela global. Use Your Illusion, o disco duplo lançado em separado, tornaria o que era GRANDE em MEGA; o grupo excursionaria pelo mundo. Além de grandes canções, o jeito rock and roll de ser de Axl, chamaria a atenção da imprensa, que iria idolatrar e fomentar a fama de encrenqueiro do músico.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

O alcance que o GNR obteve naquele momento talvez tenha sido uma das maiores de todos os tempos, mas o Metallica, mais do que fama e consolidação, conquistou o coração de muita gente que ficou impressionada como uma banda com som sujo, de discos como "Master of Puppets" e "Kill em All", poderia compor pérolas melodiosas como "Wherever I May Roam" (uma das melhores músicas compostas no heavy metal) e "Sad But True".

A revista Bizz de 1991 que estampava o quarteto americano, dizia com detalhes do trabalho de produção do "Black Album". Em várias linhas se lia as palavras "perfeccionismo técnico", "canções" e "repetição". Nesta mesma edição, o repórter enviado faz um revelação que colocaria de cabeça pra baixo qualquer músico ‘do it yourself’ de hoje em dia: o som de bateria só teria chegado ao nível desejado de seu músico, Lars Ulrich, após 8 meses de escolhas de timbragens, mexidas e re-gravações. O disco que fora gravado entre Outubro de 90 e Junho de 1991 iniciava com o petardo "Enter Sandman" e que trazia um clip soturno como o som e ambicioso como o disco.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Além da envolvente parede de guitarras casadas entre Hetfield e Hammet (é inconclusivo falar sobre o som do baixo de Newsted nos discos da banda, sem um bom fone de ouvido e bons graves…), o que chamava atenção era a bateria quebrada, pesada e ‘gorda’ de Lars Ulrich. Uma verdadeira massa sonora, forte, levando o bumbo ao coração de quem gosta de MUITO peso. Para o ouvinte de Metallica, a técnica de Ulrich não era novidade (quem não se arrepia com o desempenho do músico em One e Battery?), mas a forma como o kit utilizado na gravação soava, era surpreendente. Algo muito semelhante ao conseguido por Eric Carr em sua estreia pra valer (sabemos que a raposa faria sua primeira gravação com o Kiss em Music From The Elder) em Creatures of the Night (1982). Ulrich além de ter encontrado um som que cobria a atmosfera sombria do pretinho, conseguiu sublinhar as frases, riffs e o clima de todo o disco. Um desempenho memorável. Talvez até hoje uma influência e uma boa lembrança para tantos e tantos bateristas profissionais que começaram a se aventurar no estudo do instrumento por aquelas épocas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

… E quando todo mundo imaginava que a banda lançaria um disco melhor do que outro, afinal a sequência que levaria ao pretinho é uma espécie de gradação à perfeição, o Metallica lança em 1996 o controvertido "Load", disco que traria a banda despida das características mais sujas e menos polidas do início de carreira, para fazer um som mais cru, direto, objetivo.

Obviamente que os fãs do mundo inteiro torceram o nariz para o disco. "Load" passava longe das pretensões técnicas e os arranjos trabalhados do disco anterior e trazia o Metallica menos metal. Se ouvido como um disco de rock e tão somente um disco de rock, "Load" não é tão ruim quanto dizem e pode figurar fácil na lista de boas produções daquele ano. Acontece que depois da bolacha, em 1997, a banda lança "Reload", que na verdade era a sobra do "Load" (a ideia inicial da banda era lançar o "Load" duplo, mas depois foram convencidos a lançarem a continuação do disco no ano seguinte) e obviamente tinha a mesma vibe: rock cru e menos ‘presepada’ (no bom sentido da palavra).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Depois de um ótimo casamento com músicos da escola erudita, com arranjos caprichados do maestro Michael Kamen, nasceu o S&M, projeto que se não era inédito, trazia a banda americana unindo o peso dos cellos com os das guitarras, com performances impecáveis, como na inédita "No Leaf Clover". Mesmo retomando um certo respeito (que talvez não tenha sido abalado entre os fãs mais ortodoxos), a banda passava por problemas internos, especificamente entre seus integrantes Hetfield e Ulrich, considerados os polos opostos de um centro nervoso talentoso, vigoroso e repleto de atmosferas, ora amplamente positivas e em alguns momentos egocêntricas. O documentário (recomendadíssimo) "Some Kind of Monster" mostra além da produção e concepção do disco mais controverso do Metallica, "St. Anger" (2003), uma das histórias mais fascinantes sobre personagens do mundo real do heavy metal. O mais cético irá dizer que na verdade o que existe ali é ‘puro marketing’. Digo ao mais cético dos céticos: marketing negativo não colabora com NADA. Principalmente quando você expõe suas maiores mazelas sem a maior cerimônia, sem temor de ser julgado por atitudes que, vistas fora de um contexto, podem ser ambiguas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Nesta história, até aqui resumida, de tantos ingredientes que causam fascínio em quem se amarra em lendas do rock, um fator corria de forma periférica, sem gerar debates ou maiores discussões: a regressão técnica de Lars Ulrich. Se diga que o baterista está acompanhado do melhor baixista (tecnicamente falando) que passou pela formação do Metallica. Trujillo é um monstro e é uma pena que seu trabalho apareça pouco nos discos, engolido pela parede de guitarras e suas distorções.

O músico, conhecido por sua personalidade irritante e egocêntrica, sempre foi referência no mundo do metal. Respeitado até por bateras melhores do que ele, caso por exemplo do ex-baterista do Dream Theater, Mike Portnoy, que sempre se referiu ao dinarmaquês, como um dos bateristas mais pesados que conhecera. Se em "Kill em All", "Ride The Lightning", "Master of Puppets e "… And Justice for All" estávamos escutando um músico, não apenas preso à agressividade do estilo, e no "pretinho", Ulrich foi aos limites da perfeição, desde Load, esse mesmo músico optou por conduções simples, kits menores e diluição do peso sempre empreendido no som da banda.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

O curioso é que, desde então, mesmo com belíssimas canções no repertório, a banda não optou mais por arranjos tão imensamente sofisticados como nos discos citados no parágrafo anterior. Mesmo no ótimo "Death Magnetic" (2008), Ulrich mantem o som cru e não tão imponente.

Essa constatação poderia partir apenas da decisão do músico em tocar de forma mais simples e nem tanto avassaladora, ao menos em estúdio. No entanto, quem assistiu a banda ao vivo recentemente, percebeu que o músico não tem a mesma pegada dos anos anteriores e talvez (eu disse talvez) esteja reduzindo o potencial da banda para canções que mantivessem o ingrediente thrash metal. De tão massacrado que foi, "St. Anger" traz um dos piores desempenhos do músico, em arranjos de bateria de gosto impróprio. Tais escolhas nunca foram devidamente explicadas. O "som de lata", como ficou mundialmente conhecido, trouxe uma decepção enorme para os fãs. Outros bateristas profissionais economizaram em comentários e o quarteto raramente inclui canções suas em turnês recentes, o que é uma prova clara que a própria banda não avaliza tais canções (ao menos agora) e que o público não é muito cativado pela fase ‘não-sei-o-quê’ do Metallica.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Poucas vezes se viu na história da música, por parte de um músico profissional tão famoso e renomado, uma regressão técnica audível e visível. Você pode até achar um exagero e eu sei que os fãs do músico, justamente pela paixão, se negarão a enxergar qualquer tipo de declínio, no entanto, a constatação mais crua a respeito de tal queda se averigua na audição dos discos; desde mudanças de timbres, equalização mais fechada e compacta, até agudos insuportáveis, no caso das opções do St. Anger, até uma bateria mais reta e sem quebradas, tornando-o um músico quadrado e comum, muito longe daquele que um dia foi influência para centenas de músicos ao redor do mundo.

Acomodação? Doença? O que faz um músico desistir de progredir? Ele desistiu? Sinceramente: acho que estas perguntas não terão respostas, apenas suposições. Que sejam. Torcemos para que Lars volte a ser Ulrich. E vice-versa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Fonte:
http://www.aliterasom.com

twitter: @aliterasom

Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Bangers Open Air
Pierce The Veil


publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Andre Magalhaes de Araujo | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Geraldo Fonseca | Geraldo Magela Fernandes | Gustavo Anunciação Lenza | Herderson Nascimento da Silva | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Luis Jose Geraldes | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcelo Vicente Pimenta | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Daniel Junior

Daniel Junior era blogueiro do Diário do Pierrot e do site The Crow (especializado em cinema). Colaborava com o site Seriemaníacos (sobre séries de TV) e com o blog Minuto HM. Começou seu amor pelo rock por causa do Kiss e do Black Sabbath até conhecer outras bandas pelas quais nutriria paixão e admiração como Metallica, Rush, Dream Theater, Faith No More e tantas outras. Daniel faleceu em 2017 e definitivamente fará falta.
Mais matérias de Daniel Junior.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIE NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS