Swallow the Sun: um show intimista para o público brasileiro
Resenha - Swallow the Sun (Fabrique Club, São Paulo, 21/02/2023)
Por Diego Camara
Postado em 23 de fevereiro de 2023
Se passaram quase nove anos deste que o Swallow the Sun subiu ao palco do Overload Music Festival para uma apresentação certeira, a única no Brasil. Agora em 2023, a Venus Concerts novamente apostou nos finlandeses, e a Fabrique Club foi o local escolhido para a apresentação única no Brasil. Confira abaixo os principais detalhes do show, com as imagens de Fernando Yokota.
A banda de abertura foi o Warshipper, do interior de São Paulo com mais de 10 anos de carreira. A banda carrega um som brutal, poderoso e denso, com uma pegada bastante técnica no gênero extremo. A qualidade do som do palco estava excelente, e a banda mostrou ótima qualidade tanto nas passagens brutais, puxadas por um vocal gutural poderoso, e as passagens mais técnicas, com um instrumental cadenciado de excelente qualidade. Vale a pena ficar de olho na banda, especialmente pois um novo disco deles virá ainda no início deste ano.
O Swallow the Sun veio ao palco às 20h em ponto, seguindo o horário anteriormente divulgado pela produtora. A banda começou desde o início do show uma pegada firme, puxada pelas guitarras extremamente técnicas da banda, que se encaixam com precisão aos vocais guturais de Kotamaki. O som arrastado da banda encheu a Fabrique, e o público curtiu muito batendo a cabeça no ritmo da música.
É importante pontuar a qualidade do palco da Fabrique neste show, que soube cumprir as expectativas da banda e dos fãs. "Cathedral Walls", com direito a um playback da vocalista Anette Olzon, que participou da gravação da música, veio com seu ar melancólico que emocionou o público presente.
Já na segunda perna do show, a banda veio com uma sequência lindíssima. A primeira foi "New Moon", que levantou o público com sua introdução ritmada e extremamente sombria. A pancada vem logo em seguida, e o público bateu cabeça com vontade, gritando pela banda.
Na sequência, a banda lançou "Don’t Fall Asleep", com seu ritmo lento e cadenciado. Aqui as guitarras são um show a parte, com as cordas fazendo a cobertura sobre o som da música enquanto os vocais saltam acima do bloco de som. Finalizando, a banda fechou o show com "This House Has no Home", que encantou o público desde seu início: aqui a banda faz o melhor flerte com o metal extremo, puxando muito para a rapidez da bateria de Raatikainen.
A banda ainda voltaria para um último fôlego, abrindo com a belíssima "Moonflowers Bloom in Misery", do último disco, e fechando com "Swallow", um clássico do primeiro disco da banda, "The Morning Never Came".
O Swallow the Sun realmente entregou um espetáculo completo, digno dos grandes artistas do gênero e que valeu demasiado a pena para os fãs, que lutaram contra a chuva e os blocos carnavalescos de terça-feira para conseguirem chegar na Fabrique. A Venus Concerts está novamente de parabéns pela excelente produção, condizente com a qualidade dos finlandeses e o gosto apurado do público da banda.
Setlist:
Enemy
Rooms and Shadows
Falling World
Cathedral Walls
Firelights
Woven Into Sorrow
Stone Wings
New Moon
Don't Fall Asleep (Horror Pt. 2)
This House Has No Home
Bis:
Moonflowers Bloom in Misery
Descending Winters
Swallow (Horror, Part 1)
Swallow the Sun:
Warshipper:
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