Arcturus: um som excelente para um público pequeno em São Paulo
Resenha - Arcturus (Fabrique Club, São Paulo, 22/02/2018)
Por Diego Camara
Postado em 01 de março de 2018
É sempre triste ver um show de uma grande banda com um público tão pequeno. O Arcturus, que levou um bom público ao Hangar110 em sua última passagem, viu uma noite vazia no Fabrique Club. Afastados talvez, em partes pelas fortes chuvas que atingiram a cidade poucas horas antes do show, e também pela baixa procura, os noruegueses tocaram para um público que deixou o Fabrique Club parecer grande. De qualquer modo, a banda mostrou empolgação e grande qualidade para mostrar sua arte aos fãs de São Paulo. Confira abaixo os principais detalhes do show, com as imagens de Fernando Yokota.
Quase dois anos depois de pisarem no país pela primeira vez, para um belíssimo show no Hangar110, o Fabrique – nova casa que começa a despontar para shows de pequeno porte do rock e heavy metal – veio a ser a casa escolhida para esta segunda apresentação. O show começou 21h em ponto, com a banda subindo ao palco para abrir com "Kinetic", em uma surpreendente apresentação. A música do "Sham Mirrors" é uma das favoritas e grande raridade da banda. O show não poderia ser aberto de melhor maneira, dada a qualidade das guitarras, muito firmes, o palco mostrou ter as condições ideais para realizar um show complexo como o dos noruegueses. ICS Vortex, por sinal, fez uma excelente apresentação da música, merecendo destaque.
É difícil saber se o público pequeno ajudou na qualidade do som da casa, mas até agora as apresentações que vi no Fabrique reforçam que ela tem uma boa acústica, e com o equipamento e a equipe certas a casa pode render em muita qualidade, superior a finada e vizinha Clash Club. "Nightmare Heaven", outra surpresa do "Sham Mirrors", comprova muito bem isso, especialmente quando o baixo de Skoll ressalta pela melodia da música, bastante poderoso.
Outros destaques ficaram para "Alone", com uma mistura dos elementos sinfônicos da banda e o metal,com o excelente destaque para a bateria ribombante de Hellhammer, uma metralhadora nas baquetas da banda, além do teclado dissonante de Johnsen, que dá o clima de "sinfonia do apocalipse" para a banda. O sucesso "Hibernation Sickness Complete" veio em seguida, puxado pelo excelente solo de piano na sua introdução e pelo vocal de Vortex, que dita o ritmo da melodia aqui.
Variando bastante entre os discos, a banda pretendia agradar o público com um setlist variado, viajado e cheio de novidades. "Du Nordavind", excelente música do "Asperia", empolgou o público, como também a belíssima "Collapse Generation". "Game Over" deveria vir para fechar o show e abrir para um longo bis, mas a banda conversou e preferiu continuar no palco, finalizando o show sem paradas.
Assim, vieram dois grandes sucessos: "Master of Disguise", ícone do "La Masquerade Infernale", com uma excelente participação nas guitarras da banda, e "To Thou Who Dwellest in the Night", música do "Asperia" que dispensa comentários, pois não pode faltar nunca em uma apresentação da banda.
A pergunta que ficou, no final, foi: se a turnê é "Star-Crossing", onde foi parar esta excelente música no setlist da banda? Realmente fez falta. O show, porém, foi extremamente satisfatório, e a incrível empolgação e o respeito da banda fizeram a diferença ao espetáculo, além do excelente trabalho técnico e a coragem da Overload, em investir novamente nos pioneiros.
Setlist:
1. Kinetic
2. Nightmare Heaven
3. Crashland
4. Painting My Horror
5. Alone
6. Hibernation Sickness Complete
7. The Arcturian Sign
8. Du Nordavind
9. The Chaos Path
10. Collapse Generation
11. Game Over
12. Master of Disguise
13. Fall of Man
14. To Thou Who Dwellest in the Night
15. Angst
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