Nando Fernandes: Rock Will Never Die - Classic Edition em Recife
Resenha - Nando Fernandes (Burburinho Bar, Recife, 30/09/2017)
 Por Renan Soares
Por Renan Soares
Postado em 04 de outubro de 2017
Após o sucesso da primeira edição do evento ocorrido no dia 30 de julho no Clube Internacional do Recife (mesmo com alguns imprevistos que resultaram no atraso do show do Edu Falaschi, atração principal), os produtores do Festival Rock Will Never Die resolveram realizar uma mini-edição do evento três meses depois, nesse caso em um espaço menor, para um público menor e com menos bandas no line-up; A edição foi intitulada de "Classic Edition".
O festival dessa vez ocorreu no dia 30 de setembro, no Burburinho Bar e teve como atrações as bandas Phrygia, Evocati (que tocou também na edição ocorrida em julho) e o cantor Nando Fernandes com o guitarrista Diego Richard, onde eles repetiram a dose após a apresentação no Clube Internacional, onde o renomado vocalista apareceu de surpresa e cantou clássicos do rock e metal ao lado de Diego e outros convidados, um dos destaques daquela noite.
Antes de começarmos a falar das apresentações, vamos iniciar com as escolha do local. Apesar de não gostar muito do espaço do Burburinho, a escolha foi válida principalmente por conta da proposta que o evento teve de ser algo mais "underground" e de menor proporção, onde nesse caso, o público poderia estar mais próximo das bandas, isso incluindo o próprio Nando Fernandes que cumprimentou a mim e a dois amigos que estavam comigo no momento quando descemos para comer alguma coisa após o fim do show da banda Phrygia.
O evento estava marcado para de iniciar às dez da noite, mas para variar, isso não foi seguido à risca (o que não é novidade nenhuma), tendo a entrada do público no piso superior do Burburinho só tendo sido permitida a partir das dez e meia após uma longa (e bote longa nisso) passagem de som. Mas como falei, surpresa seria se começasse na hora marcada, o que normalmente não acontece, a não ser se caso alguma das atrações seja britânica.
De qualquer forma, desde às nove e meia a movimentação no Burburinho indicava que o público compareceria em bom número, não tenho o número oficial de quantas pessoas estiveram presentes, mas posso afirmar, de todos os eventos que já fui naquele local, esse foi o de longe, o com mais público, e mesmo o festival sendo em caráter mais "underground", a produção soube trabalhar bem com o marketing fazendo algumas promoções para chamar ainda mais a atenção dos headbangers.
Após a entrada do público ser finalmente liberada na área do evento, os shows começaram por volta de onze e vinte da noite com a banda recifense Phyrigia tocando os primeiros acordes dando início ao Festival Rock Will Never Die – Classic Edition.
Entre as três atrações da noite, o Phrygia era aquela a qual não sabia o que esperar, pois não tinha um conhecimento prévio da mesma. Mas em conversa com um amigo meu, descobri que se tratava de uma banda recente (formada ano passado) de metal progressivo. Quando eles iniciaram o show, a plateia já se encontrava em bom número, mas mesmo assim os mesmos não pareciam interagir tanto com o grupo (com exceção do pessoal que estava bem na frente), o que é normal se tratando de uma banda de abertura.
De qualquer forma, eles fizeram uma boa apresentação, mostraram que são competentes e que poderão oferecer muita coisa para a cena headbanger recifense, mesmo o público não interagindo tanto, mostraram terem curtido, e a banda conseguiu ainda mais a atenção dos presentes quando tocaram um cover de Skid Row, fazendo muitos cantarem junto com eles.
O único ponto negativo da apresentação deles foi o fato dos instrumentos estarem tão altos que em certos momentos não se ouvia a voz do Jonas Nascimento, mas isso não é culpa dos mesmos.
Após a curta apresentação do Phrygia (quarenta minutos para ser exato), o palco começou a ser preparado para a apresentação da banda Evocati.
Não demorou muito para o Evocati entrar no palco e soltar seu Heavy Metal em grande qualidade, eles que atualmente são uma das principais revelações do metal pernambucano, tendo como integrantes o guitarrista Nenel de Lucena, o baixista Luiz Neta, o baterista Artur Lira e o vocalista Sérgio Costa.
Mesmo essa sendo a terceira vez em que presenciei uma apresentação da banda nesse ano (além da edição do evento em julho, também os vi tocar no Abril Pro Rock desse ano), fiz questão de ver e prestigiar do início ao fim.
Já tendo uma sintonia maior com o público, eles tocaram apenas músicas autorais do seu primeiro (e único) disco homônimo, iniciando com a música "Battle Will Begin".
Do início ao fim, a banda fez uma apresentação tecnicamente impecável, em um alto nível e caprichando nos agudos (principalmente por parte do Nenel). Mas me chamou bastante atenção o fato deles terem tocado a música "Evocati" (a mais longa do disco com treze minutos de duração) logo como a segunda do set, foi uma coisa ousada, pois normalmente essas músicas mais longas costumam cansar o público, isso sem falar que na maioria das vezes quando inclusas no repertório são deixadas por último. Mas de qualquer forma, isso não foi nem de longe um empecilho na apresentação deles, mas não deixou de ser ousado.
Os pontos mais altos da apresentação do Evocati foram primeiramente, quando o Sérgio colocou o elmo que estampa a capa do CD deles na cabeça durante a música "The Same Blood" e a execução da canção "Death ia a Reality".
 
Em grande nível, eles encerraram seu show executando a música "No Permission" empunhando uma bandeira com a estampa do disco homônimo deles, fazendo com que o público presente ecoasse o nome da banda ao fim do show.
Encerrado o show do Evocati, iniciava-se a expectativa para a apresentação da atração principal da noite, sendo assim, Diego Richard e toda a banda que o acompanharia começaram a preparar o terreno para receber o vocalista Nando Fernandes.
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A passagem de som do Nando já demonstrava um pouco como o show seria e como o mesmo iria se portar diante do público, enquanto testava o som de seu microfone o cantor exalava bom humor e simpatia, e brincava tanto com o público quanto com os seus parceiros de palco.
Pouco antes do show se iniciar (por volta das uma e meia da manhã) o próprio Nando deu alguns "spoilers" sobre o repertório da noite, que teria no set de Iron Maiden até Audioslave (sim, foram tocados apenas covers).
Com isso, em meio ao bom humor do Nando, que ainda soltava algumas brincadeiras com a sua banda, a apresentação se iniciou ao som de "Wasted Years" do Iron Maiden para o êxtase da galera.
 
No primeiro momento do show foram tocadas mais músicas de Hard Rock enquanto as de Heavy Metal ficaram um pouco para depois, e para a surpresa de muitos (inclusive do próprio Nando) o ápice da apresentação foi quando eles tocaram as músicas "It’s My Life" e "You Give Love a Bad Name", ambas do Bon Jovi.
Com isso, a banda aproveitou a vibe "Hard Rock" e já engatou com "Jump" do Van Halen e "The Final Countdown" do Europe, tendo depois adentrado no metal com "Holy Diver" do Dio, "No More Tears" do Ozzy Osbourne, "Breaking the Law" do Judas Priest e "Tears Of The Dragon" do Bruce Dickinson.
Se havia uma banda a qual não era esperada que aparecesse no set era o Audioslave, comparado com aos outros grupos homenageados na noite, eles eram um ponto fora da curva. Certamente, a intenção do Nando era homenagear o vocalista Chris Cornell, falecido esse ano, mas, por mais que a intenção fosse boa, aparentemente o público não acompanhou, mesmo sendo uma música que merecia toda a animação possível (que no caso era "Cochise"). Esperei que uma roda punk fosse formada, mas minhas expectativas não foram atendidas.
 
A apresentação seguiu com "Two Minutes to Midnight" do Iron Maiden, "Highwat to Hell" do AC/DC, "We’re Not Gonna Take It" do Twisted Sister e terminou com "Enter Sandman" do Metallica sob os aplausos do público presente no Burburinho, e ecoando a mensagem em apoio as bandas da cena local.
Agora, vamos para as considerações finais sobre o evento.
A meu ver, todas as expectativas foram atendidas, tendo inclusive, a produção se saído melhor em comparação edição ocorrida em julho. A proposta de ser um festival em menor proporção foi atendida, as duas bandas de abertura conseguiram dá conta do recado, apesar de que poderiam ter escalado pelo menos mais uma para o cast.
Ao contrário do que ocorreu no evento do Clube Internacional, o som não foi um problema, mesmo com algumas microfonias e o fato de às vezes os instrumentos de sobreporem as vozes dos vocalistas, mas felizmente, não aconteceu em nenhum momento do som falhar a ponto de uma das apresentações terem que parar por mais de cinco minutos para que a questão fosse ajeitada, coisa que aconteceu muito na primeira edição.
 
Falando especificamente do show do Nando Fernandes, alguns podem ate criticar o fato dele ter cantado apenas covers, mas como venho dizendo, a proposta do evento era diferente, inclusive, deve ter sido por isso da escolha de um lugar menor para o acontecimento do mesmo. Isso sem falar que o Nando já é um músico renomado, ou seja, ele não precisa mais cantar covers em seus shows simplesmente para "agradar o público", como muitas bandas novas fazem, se ele cantasse o próprio repertório os presentes se animariam da mesma forma.
Mas mesmo assim, pelo menos uma música do próprio repertório fez falta no setlist, e imagino que pelo menos algumas pessoas esperaram isso. Além de também ter faltado alguma canção de power metal, seja de quem fosse, apesar de ter havido um momento quando o tecladista tocou apenas a intro de "Lisbon" do Angra, o que levou a galera a loucura, mas ficou apenas nisso. Ao que aparentava, eles só não tocaram essa porque não eram todos os músicos que sabiam toca-la.
 
E o principal destaque definitivamente foi o bom humor e a irreverência do Nando, fazendo o público se identificar cada vez mais com ele.
No mais, todos os envolvidos no Rock Wil Never Die – Classic Edition estão de parabéns.
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