Def Leppard: Cumprindo a promessa no Rock in Rio 2017
Resenha - Def Leppard (Rock In Rio, Rio de Janeiro, 21/09/2017)
Por Rudson Xaulin
Fonte: Rudson Xaulin
Postado em 22 de setembro de 2017
Um dos nomes mais emblemáticos para estar no Rock In Rio, finalmente cumpriu sua promessa, o DEF LEPPARD. A trupe do Reino Unido não pode vir em 1985, na sagrada primeira data do evento. E tudo gira em torno do acidente de Corvette do baterista RICK ALLEN, que a errônea lenda diz que devido a grave lesão que sofreu, de seu braço amputado, forçou a banda a cancelar sua vinda, mas não foi isso, e sim resolveram dar uma atenção especial ao disco que viria. Bem no fundo, ninguém sabe se de fato era necessário o cancelamento, ou até mesmo se na época, as pessoas duvidavam da força que o festival iria ter e por isso a banda possa ter desistido. Mas eles prometeram um dia estar no Rock In Rio, e por sorte nossa, a tempo de mais um dos dinossauros ser extinto...
A abertura ficou por conta da "moderna" e quente LET’S GO, e a banda seguiu mandando uma música atrás da outra, logo tivemos a bancada de ANIMAL, que animou bastante. Mas claro que LOVE BITES teve um impacto ainda maior. O set list estava carregado de grandes clássicos, mas a banda trouxe também na bagagem canções novas, como MAN ENOUGH, que tem um clipe muito bem feito e boa aceitação pelo público do DEF LEPPARD. Mas é claro que todos esperavam por pedradas e pelas melódicas canções do grupo, regadas a muito coro pegajoso e uma cozinha pra lá de precisa. A receita da banda sempre foi essa, e em time que está ganhando, vocês já sabem.
ROCKET e SWITCH 625 também se fizeram presentes e foi divertido poder assistir a performance delas ao vivo, mais duas que se destacaram na execução. Foi bacana ver JOE ELLIOTT tentar um português e se esforçar para se comunicar com o público, ficou claro que todos eles estavam se divertindo muito. Além do desfile de lenços e guitarras de PHIL COLLEN, que mostrou precisão nas suas notas e deu um show a parte, talvez o guitarrista seja mais performático que o próprio vocalista. A voz de ELLIOTT ainda soa legal, a idade chegou, então nem vamos ficar aqui pedindo agudos e alcances de trinta anos atrás, mas a presença de palco do canário é pra lá de, "britânica", claro.
Outro ponto forte da banda é seu baterista RICK ALLEN, que puxa muito dos holofotes para si, mas o grupo como um todo se mostra em êxtase quando está no palco. Talvez o músico com mais pompa de rock star seja o baixista RICK SAVAGE, típico britânico preciso, escondido atrás da cabeleira loira e da competência de suas notas, o músico mais "frio", mas ainda sim, extremamente necessário para dar à química que a banda sempre teve. O guitarrista VIVIAN CAMPBELL mostra serviço e não fica a sombra de PHIL em nenhum momento, mas que ele está à cara de "Harry Dunne", só que moreno, não temos como negar... Uma das mais aguardadas canções era HYSTERIA, carro chefe do álbum mais bem sucedido do grupo, um hino grudento, que soou lindamente na calorosa noite do Rock In Rio. Outra de grande valia foi PUOR SOME SUGAR ON ME, clássico, e fica evidente que a banda se utiliza muito dos backing vocals, fazendo da vida de JOE ELLIOTT algo mais fácil, mas mesmo assim, o som coeso de sempre faz o trabalho ao vivo ser preciso.
O final do set ficou perfeito com ROCK OF AGES, que dispensa apresentações, seguida ainda de PHOTOGRAPH, que foi a música que fez muitos conhecerem a banda por aqui. Um set curto, um show bem marcado e preciso, faltaram algumas canções que muitos fãs da banda vão dizer que não poderiam ficar de fora, e é verdade, mas ter o DEF LEPPARD por aqui e poder aproveitar uma banda com milhões de discos vendidos no mundo, dando valor ao festival, e estando presente na primeira noite, que para muitos abriu o "verdadeiro" Rock In Rio, foi de grande valia, sem dúvidas.
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Rock In Rio 2017
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