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Sonata Arctica: Um desfile de clássicos no Rio de Janeiro

Resenha - Sonata Arctica (Teatro Rival, Rio de Janeiro, 17/03/2014)

Por Gustavo Maiato
Postado em 22 de março de 2014

O quinteto finlandês de power metal Sonata Arctica trouxe seu show comemorativo de 15 anos do lançamento do seu debut Ecliptica para o Rio de Janeiro na última segunda feira dia 17. Foi uma oportunidade rara de ver clássicos da banda como Sing in Silence, Wolf and Raven, My Land, Kingdom for a Heart e Victoria’s Secret. Tony Kakko e Cia ainda tocaram a música The Wolves Die Young, primeiro single do álbum Pariah’s Child, que será lançado no final do mês. O show também apresentou aos cariocas o novo baixista Pasi Kauppinen (Silent Voices, Requiem, Winterborn).

Fotos: Daniel Croce. Galeria completa neste link.

Sonata Arctica - Mais Novidades

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Com pouquíssimo atraso, as cortinas do modesto Teatro Rival se abriram e a banda começou com a novata The Wolves Die Young. A plateia que lotou o show empolgou, mostrando que o novo trabalho da banda agradou e parece funcionar bem ao vivo. Logo na introdução, o novo baixista Pasi mostrou personalidade em um interessante riff de tapping. A apresentação seguiu com Losing my Insanity, do álbum anterior Stones Grow Her Name. A escolha dessa música nessa turnê surpreendeu, sendo uma das poucas da fase pós- Unia a entrarem no set.

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A partir da terceira música, começaria o desfile de clássicos. As primeiras notas da introdução de My Land, do Ecliptica, foram tocadas pelo tecladista Henrik Klingenberg e a plateia cantou junto. Em seguida, uma dobradinha do álbum Silence: A sempre presente Black Sheep e a quase balada Sing in Silence que ultimamente não estava presente no set list do Sonata. Henrik utilizou um timbre diferente na introdução, um pouco mais estridente.

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O show continuou com Flag in the Ground, um dos maiores sucessos do The Days of Grays . O público cantou o refrão grudento a plenos pulmões. Logo depois, uma das baladas mais clássicas: Tallulah. Tony mostra porque é um dos mais respeitados e diferenciados vocalistas de power metal, dosando emoção e alternando músicas com momentos agudos e outras com passagens mais rasgadas e graves. No show comemorativo de Ecliptica, não poderia ficar de fora Full Moon, sua peça mais famosa. O público foi ao delírio.

Um dos melhores momentos da noite estava por vir com a épica White Pearl, Black Oceans do álbum Reckoning Night. Uma música difícil de ser tocada ao vivo, com muitas variações, passagens diferentes e solos. O som do Teatro Rival é muito bom e todos os instrumentos puderam ser ouvidos perfeitamente. Era noite de Ecliptica, porém o Silence foi outro álbum que apareceu bastante na set. Os dois álbuns cederam respectivamente Kingdom for a Heart e Wolf and Raven para uma espécie de pout pourri que foi outro ponto alto do show. O talentosíssimo guitarrista Elias Viljanen mostrou mais uma vez que é um músico excepcional e deu conta dos solos e riffs rápidos sem problemas.

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A balada In the Dark foi outra grata surpresa, com uma melodia tocante que mais uma vez abre margem para a interpretação de Tony Kakko. Outro clássico absoluto da banda, Replica, veio em seguida. Tony brincou ao entoar os primeiros versos com uma voz aguda, mas logo normalizou seu timbre. Em seguida veio Paid In Full do Unia, música que é recorrente nos shows e é sempre antecedida pela história de como Tony comprou seu primeiro carro (dessa vez ele disse que não ia contar e não contou!).

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Victoria’s Secret do álbum Winterheart’s Guild botou a plateia abaixo. Nessa canção fica claro o entrosamento de Henrik com Elias, alternando solos de teclado e guitarra. Vale lembrar que o baterista Tommy Portimo (impecável e seguro como sempre) atingiu o próprio olho com a baqueta nessa música, segundo ele de tanta empolgação. Ele brincou com o acontecimento postando uma foto no facebook oficial da banda mostrando o olho vermelho.

A dinâmica do show funcionou bem com a alternância de músicas rápidas e baladas, duas fórmulas que consagraram a banda. Outra representante do time das "lentas" foi a Last Drop Falls, que emocionou o público. I Have a Right mostrou que a banda também funciona no mid tempo. O bis teve três músicas. Primeiro veio Cinderblox, que promete ser o novo clássico da banda. A frenética The Cage veio em seguida e o show se encerrou com a dobradinha Don´t Say a Word e Vodka, versão irreverente da música judaica Hava Nagila. Velha conhecida dos fãs do Sonata.

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Foi uma noite para nenhum fã botar defeito. A banda estava impecável e executou as músicas com muita energia. A escolha do set list só ajudou e a plateia correspondeu gritando e cantando o tempo todo. O ponto baixo ficou para a escolha do lugar que por ser pequeno, impediu um desempenho ainda melhor da banda. Além disso, o palco é muito baixo, o que não facilita as coisas para quem não é alto. Por ser um teatro subterrâneo, celulares não pegam sinal e a máquina de cartão não funciona, dificultando a vida de quem queria comprar camisas oficiais do show.

Problemas da casa à parte, o quinteto mostrou que está em forma para mais 15 anos.

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Sobre Gustavo Maiato

Jornalista, fotógrafo de shows, youtuber e escritor. Ama todos os subgêneros do rock e do heavy metal na mesma medida que ama escrever sobre isso.
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