Avenged Sevenfold: show muito bem estruturado no Rock In Rio
Resenha - Avenged Sevenfold (Rock In Rio, Rio de Janeiro, 22/09/2013)
Por Marcelo Prudente
Fonte: Território da Música
Postado em 25 de setembro de 2013
Ame ou odeie. Essa talvez seja a máxima relacionada aos americanos do Avenged Sevenfold, que vêm colecionando calorosos elogios do público mais jovem e certo descrédito do público, digamos, ortodoxo, com acusações de plágios e falta de originalidade.
O fato é que a banda vive um ótimo momento desde o lançamento do disco "Nightmare" (2010) e vem se mostrando competente a cada turnê, o que foi provado no último dia 22, no Rock in Rio.
Confesso, caro leitor, que não me entusiasmei com a confirmação da banda para o ‘line up’ do festival, com o agravante de ser o ‘open act’ da lenda viva, Iron Maiden. Mas o A7X provou o porquê de tanta adulação com um show muito bem estruturado e em conformidade com a dinâmica do público do headliner, ou seja, sem tantos excessos e ou exibicionismos de pseudo rock stars.
Avenged Sevenfold - Mais Novidades
Foi com "Shepherd of Fire" que os americanos debutaram no Rock in Rio, sendo a primeira representante do novo álbum, "Hail to the King" (2013). E mesmo com toda produção soprando ventos a seu favor, a banda estava ciente que a noite seria de provar que tanta bajulação de mídia e de parte de público é fundamentada com boa música, fato comprovado com as pesadas "Critical Acclaim" e "Beast and the Harlot". A mid-time homônima ao novo disco empolga com seu refrão grudento; "Buried Alive" começa melodiosa, mas logo cede espaço a agradáveis acentos de hard rock.
Com bom trabalho de guitarras de Synyster Gates e Zacky Vengeance - completa a banda Johnny Christ (baixo), M. Shadows (vocal), Arin Llejay (bateria) - "Nightmare" ganha fácil, fácil, a melhor recepção da apresentação dos americanos.
"This Means War" e "Requiem" trazem à mesa, mais uma vez, o novo disco, mas pouco colabora para o saldo positivo da noite, o que é inversamente proporcional às canções, "Afterlife", "Bat Country" e "Unholy Confessions", que têm boa receptividade e participação do público.
Com pouco mais de uma hora de apresentação, a banda americana mostrou que é mais do que um "rostinho bonito" nesse oceano coalhado de supostos rockstars. Tenho certeza que, mesmo após o interessante show, do último dia 22, a máxima do ame ou odeie ainda seja aplicada, mas para esse repórter que vos escreve o equilíbrio entre esse amor e ódio seja o ideal.
O A7X não mudará sua vida ou a história da música contemporânea, tampouco é execrável como muitos pintam. São apenas meninos se divertindo e fazendo a diversão de quem está por perto, ou seja, cumpre uma das maiores atribuições da primeira arte.
Rock In Rio 2013
Outras resenhas de Avenged Sevenfold (Rock In Rio, Rio de Janeiro, 22/09/2013)
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps