Moonspel: reunião dos fanáticos em prol de outra paixão, o Metal
Resenha - Moonspell (Inferno Club, São Paulo, 16/12/2012)
Por Flavio Pimenta
Postado em 28 de dezembro de 2012
Final de ano, final de temporada de shows, de campeonatos e afins. Foi neste clima que aconteceu o show de encerramento da tour sul americana do Moonspell no Inferno Club domingo último. Quando ainda muitos comemoravam um título inédito de campeões do mundo. Mas enfim, ali estavam reunidos fanáticos em prol de outra paixão, o metal.
Com atraso de cerca de 30 minutos "os Moonspell" sobem ao palco, por volta de 20h30, com "Axis Mundi" do excelente Alpha Noir.Fernando Ribeiro munido de um elmo romano dourado cantando trechos em latim e em português criou um clima épico, blasfêmico bastante sinistro. A faixa título do álbum homônimo deu sequência perfeita ao número. Notável como ao longo dos anos a banda adquiriu tamanha maturidade musical pois a tour também marcava seus 20 anos de estrada e o show contaria com faixas de todos os álbuns – exceto um: "Butterfly Effect".
Finisterra é uma faixa absurda que tem o poder de levar a casa abaixo ou ao menos deixar alguns hematomas. É aí que se nota a progressão perfeita apresentada pela banda desde o álbum "The Antidote" de 2003, pois qualquer que fosse o "tema" (como dizia Ribeiro) naquele momento escolhido seria cabível. Logo após esse cartão de visitas foi anunciada "Noite Eterna" no Inferno – muito aclamada.
Quando "Opium" foi apresentada tão prematuramente percebi que algo ainda maior estaria por vir era "Awake", uma surpresa que não estava em set list algum! Mas ao invés de "despertar" o prazer inesperado preparou o clima para a sequência "dekadance" da noite com "Nocturna", "White Skies" e, tal como no "Lusitanian Metal", terminou com o resgate de "Abysmo" do ótimo "Sin/Pecado".
Um "tema" formidável que faz parte do álbum novo é "Lickanthrope", esta faixa reflete bem a excelente atual fase da banda. Um mix perfeito de Gothic/ Black e Thrash Metal em que a banda demonstra excelente entrosamento e uma performance bem versátil por parte de Ribeiro que incorpora timbres mais agressivos, guturais seguidos de uivos e afins. Muito mais comunicativo que o habitual o filosofante vocalista ensaiou um coro na introdução de "Em Nome do Medo" que foi muito bem acatado. Daí por diante foi só clássicos e outra surpresa: CINCO faixas do "Wolfheart" consecutivas: "Wolfshade (A Werewolf Masquerade)", "An Erotic Alchemy", "Vampiria", "Trebaruna" (!) e "Alma Mater" para delírio geral.
Já haviam tocado por mais de 1h30 e ainda havia o bis que começou com "Everything Invaded" e então voltamos ao "Irreligious" para encerrar. O Inferno clamou por "Mephisto" e a clássica "Full Moon Madness" enfeitiçou a noite. Um set list memorável como a muito não se via.
Por fim, o Moonspell se mostrou muito além de competentes, uma banda sem limites que não se prende a rótulos. A essência de tudo parece estar em seu mentor Fernando "Langsuyar" Ribeiro, escritor e filosofo por formação e graças a isso consegue expressar tão bem a escuridão de tua alma, reflexo de nosso tempo.
Set list:
Axis Mundi
Alpha Noir
Finisterra
Night Eternal
Opium
Awake
Scorpion Flower
Nocturna
White Skies
Abysmo
Lickanthrope
Em Nome Do Medo
Wolfshade (A Werewolf Masquerade)
An Erotic Alchemy
Vampiria
Trebaruna
Alma Mater
Encore:
Everything Invaded
Mephisto
Full Moon Madness
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