Peter Frampton: verdadeira aula de rock n' roll em Brasília
Resenha - Peter Frampton (Centro de Convenções, Brasília, 09/09/2010)
Por Janary Damacena
Postado em 13 de setembro de 2010
A pontualidade britânica impressiona até mesmo em shows de rock. Se algumas bandas, mesmo veteranas, têm a proeza de atrasar mais de duas horas para a apresentação, o inglês Peter Frampton começou sua aula de rock 15 minutos depois das nove da noite – horário marcado para o início do show. Frampton, que está em turnê pelo país divulgando seu novo disco "Thank you Mr. Churchill", levou quase três mil fãs ao Centro de Convenções Ulysses Guimarães em Brasília nessa quinta-feira.
E para os que não acreditavam que o sessentão podia desfilar riffs matadores, o guitarrista mostrou que está afiado e cantando perfeitamente bem, com o mesmo timbre dos anos 1970. Versões de Lines On My Face, Money e Do You Feel Like We Do renderam solos irretocáveis – alguns, inclusive, passando dos dez minutos. Com uma banda jovem, mas com boa pegada rock, Frampton conseguiu, em mais de duas horas de música, emocionar quem pela primeira vez o assistia.
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Show Me The Way e Babe, I Love Your Way fizeram a platéia delirar com antigos sucessos que renderam aplausos de pé e declarações de amor. Tudo isso conferido de perto por Frampton que em grande parte da apresentação ficou a cerca de dois metros do público, distribuindo sorrisos e mostrando ser um cara simpático, com domínio total da plateia. No intervalo entre algumas músicas arriscou até o português falando algumas palavras, mas foi no inglês que veio a brincadeira "Prometo que durante os próximos dias vou aprender a falar melhor".
Durante o show o cantor trocou várias vezes de guitarra, todas com afinações especiais para cada canção e antes de anunciar Vaudeville Nanna And The Banjolele, uma de suas novas músicas (e segundo ele, feita em homenagem à família), deu uma pequena mostra que sabe sobre MPB. Por falar em músicas do novo disco, Frampton mostrou uma bela versão do LP e sugeriu que o público devesse comprar o álbum "que está ótimo" brincou.
Depois de pouco mais de duas horas as luzes se apagam e o guitarrista sai do palco esperando o pedido de bis, que rapidamente veio de todos os cantos do Centro de Convenções. Era nítido que ninguém queria o final do show e expressavam isso na gritaria ou nas palmas em ritmo frenético. Em menos de dois minutos as luzes voltam a acender e surge Frampton com a introdução de Breaking All The Rules cantada do início ao fim pelos fãs – que a essa hora já haviam abandonado as comportadas cadeiras e se amontoado em frente ao palco. A surpresa veio em forma de homenagem aos Beatles, com uma inspirada versão de While My Guitar Gently Weeps que teve direito a um arrasador solo com mais de oito minutos. Êxtase total em uma verdadeira aula de rock n’ roll feita por quem ajudou a criar o estilo e continua na estrada de forma magnífica.
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