Morbid Angel: domingo diferente no Santana Hall
Resenha - Morbid Angel (Santana Hall, São Paulo, 08/03/2009)
Por Karina Detrigiachi
Postado em 15 de março de 2009
Pare por um instante e pense o que você faz nos dias de domingo... Domingo é aquele dia em que você geralmente está de ressaca, revigorando suas energias pois sabe que no dia seguinte começará tudo novamente, faculdade, cuidar dos filhos, trabalhar, agüentar seu chefe infeliz, procurar estágio ou seja lá quais são suas atividades semanais.
Todo domingo é desanimador, ou pelo menos era, pois desde o último domingo, dia 10 de março, muitas coisas mudaram, inclusive a vida de todos os headbangers que se fizeram presente no Santana Hall, para conferir nada mais que a lenda do Death Metal, MORBID ANGEL.
O show que estava marcado para iniciar às 18h, iniciou ás 19h30, porém nem mesmo uma hora e meia de atraso foi o suficiente para desanimar o público presente.
Antes de conferir o show, todos se reuniram no saguão de entrada do Santana Hall, Zona Norte, para conferir a disputa entre Palmeiras e Corinthians, e seja lá qual era o time predominante, não houve brigas nem mesmo discussões, afinal, todos estavam reunidos por um mesmo propósito, curtir e apreciar um som de primeira.
Aproximando-se das 19h30 as luzes se apagaram e os fãs já se preparavam para conferir David Vincent e companhia.
Ao levantarem as cortinas, a banda mal havia começado os primeiros acordes de "Rapture" do clássico "Covenant" e o Santana Hall já havia se transformado em uma arena de euforia e êxtase. Logo em seguida os americanos executaram "Pain Divine" também do album "Covenant", quarto da banda lançado em 93.
Até mesmo pra quem já teve a oportunidade de conferir a banda anteriormente em terras tupiniquins, não houve como não se emocionar em conferir novamente David Vincent nos vocais, Pete Sandoval dominando as baquetas, Destructor fazendo jus ao seu pseudônimo nas guitarras acompanhado por Trey Azagthoth.
Durante 1 hora e 30 minutos de Death Metal, não houve uma música sequer que não foi cantada em uníssono, com sintonia perfeita entre os vocais de David e o público enlouquecido.
A cada introdução executada, era lindo ver a cara de "putz, não acredito" que todos ao redor faziam ao reconhecer qual era a próxima música a ser tocada.
E a alegria não vinha só por parte do público, pois Vincent, que uma vez ou outra arriscava uns ‘obrigados’ era só sorrisos e não escondia a felicidade e satisfação em apreciar o público brasileiro pela terceira vez, ao contrário de Trey Azagthoth que entrou mudo e saiu calado, se bem que pelos riffs apresentados, mesmo sem dar uma palavra, conseguiu se fazer presente e deixou sua marca.
Enfim... seja para aqueles que moram ao lado do Santana Hall, ou para os catarinenses que viajaram mais de 10 horas para conferir a banda, com certeza todos saíram satisfeitos e extasiados com o que presenciaram.
Quem não foi, possui muitas razões para chorar, pois mais do que um show, foi realmente um acontecimento que permitiu não só que muitos headbanger acordassem no dia seguinte com o corpo completamnete dolorido mas, também, com um novo conceito sobre os dias de domingo.
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