Grave Digger: Em São Paulo, noite que valeu o salgado ingresso
Resenha - Grave Digger (Citibank Hall, São Paulo, 02/08/2008)
Por Rafael Portughesi
Postado em 08 de agosto de 2008
Se o som do Grave Digger pudesse ser caracterizado por uma particularidade, essa com certeza seria a inconfundível voz de Chris Boltendahl. Nitidamente, um vocalista competente que segue o exemplo dos mestres do Heavy Metal. A banda, que surgiu na década de 80, partidária da filosofia tradicionalista do universo headbanger, tem em sua história musical clássicos absolutos como "Heavy Metal Breakdown" e "Tunes of war", que embalaram mais uma excelente apresentação do grupo em São Paulo. A última vez que estiveram por aqui foi para a gravação do DVD "25 To Live" (2005), material que surpreende principalmente pela relação com o público, que dá um show à parte e transforma cada música em um momento marcante. Dessa vez não poderia ser diferente e não foi.
Fotos: Pedro Henrique Cardoso Carvalho
Com um pequeno atraso o Grave Digger subiu ao palco do Citibank Hall, em Moema, SP, ao som de "Brave", do álbum "Tunes Of War". Um trabalho interessante que mostra a banda em ótima forma fazendo o seu carcterístico power metal, com letras marcantes e que enfatizam a questão da liberdade.
Após a introdução, o grupo segue com a música que leva o mesmo nome que o álbum: "Liberty Or Death", e incendeia a platéia. A produção era simples e o palco continha apenas um painel ao fundo com a capa do novo CD. Um pouco mais à frente do painel era possível ver o tecladista Hans Peter Katzenburg. Se alguém não o conhecia só o notou após Chris apresentar a banda. O músico vestia um capuz e ficou imóvel boa parte do tempo, parecendo mais uma estátua parte do "cenário".
Alguns problemas técnicos logo no início do show também rolaram, entre elas uma falha na guitarra de Thilo Herrmann, porém nada muito grave e que levasse muito tempo pra ser arrumado.
A banda fez um repertório composto por sons de toda sua história, contendo clássicos como "Tunes of war" (1996), que embalou os melhor momento do show, "Scotland United", cantada em uníssono, e "Rebellion", também ovacionada pelo público. Só faltou "William Walace" para completar a lista das músicas mais conhecidas do grupo. O Álbum "Excalibur" (1999) também proporcionou momentos marcantes com "Morgana Lefay" e "Excalibur".
Após uma boa dose de Heavy Metal o Grave Digger se despedia do público que, eufórico, não parava de chamá-los de volta para o rotineiro encore. A parte interessante é que Chris entrava e saia do palco pra brincar com a platéia. Carismático, o vocalista sabe como ser, além de um ótimo intérprete, um excelente frontman. "The Reaper", "The Round Table", "The Grave Dancer" e "Heavy Metal Breakdown" foram as últimas músicas da apresentação, que fecharam muito bem a noite ao fazer todos os bangers cantarem alto.
Tocando as músicas mais notáveis de sua carreira, o grupo não decepcionou o público na escolha do set list. É claro que nunca é possível agradar a gregos e troianos, apesar de que seria mais conveniente neste caso citar escoceses e ingleses, mas de um modo geral o público saiu satisfeito e com a garantia de uma noite que valeu o "salgado" ingresso.
O Grave Digger fez do show uma constante positiva sem espaço para pontos baixos. A presença de palco de Chris Boltendahl sempre simpática e carismática é a personificação de toda a satisfação que a banda tem em tocar no Brasil e de toda a energia do público. O baterista Stefan Arnold, consistente nas levadas, juntamente com o baixista Jens Becker formam o background perfeito para o passeio de riffs de Manni Schmidt, sem esquecer, é claro, do competente Thilo Herrmann.
SET LIST
Intro: Brave
1. Liberty or Death
2. Son of Evil
3. Valhalla
4. Scotland United
5. Lionheart
6. Grave in the no man’s land
7. Excalibur
8. The dark of the sun
9. The house
10. Highland Tears
11. The Grave Digger
12. Silent Revolution
13. Morgana Lefay
14. Knights of the cross
15. The Last Supper
16. Rebellion
Intro: Reaper
17. The Reaper
18. The Round Table
19. The Grave Dancer
20. Heavy Metal Breakdown
Line-up
Chris Boltendahl – Vocals
Manni Schmidt – Guitar
Thilo Herrmann – Guitar
Hans Peter Katzenburg - Keyboards
Stefan Arnold – Drums
Jens Becker - Bass
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Justin Hawkins (The Darkness) considera história do Iron Maiden mais relevante que a do Oasis
Show do System of a Down em São Paulo entre os maiores momentos do ano para revista inglesa
Show do Slipknot no Resurrection Fest 2025 é disponibilizado online
A farsa da falta de público: por que a indústria musical insiste em abandonar o Nordeste
A banda de rock nacional que nunca foi gigante: "Se foi grande, cadê meu Honda Civic?"
A música "complicada" do Pink Floyd que Nick Mason acha que ninguém dá valor
O último grito na Fundição Progresso: Planet Hemp e o barulho que vira eternidade
Max Cavalera afirma que Donald Trump o fez reativar o Nailbomb
Novo álbum do Sleep Token é escolhido o pior do ano por tradicional jornal
O músico que atropelou o Aerosmith no palco; "Ele acabou com a gente"
Iron Maiden bate Linkin Park entre turnês de rock mais lucrativas de 2025; veja o top 10
Sleep Token ganha disco de ouro no Reino Unido com novo álbum
Brian May escolhe os 5 maiores bateristas e inclui um nome que poucos lembram
Ex-vocalista do Nazareth, Carl Sentance comenta saída
O vocalista que o Black Sabbath deveria evitar, de acordo com Ozzy Osbourne
O que significa "Quando o Sol Bater na Janela do seu Quarto" no hit da Legião Urbana
A impagável reação de Carlinhos Brown ao ser convidado para álbum do Sepultura
A música que Nando Reis fez a letra, mas Samuel Rosa achou muito ruim

A importância de "Thriller" do Michael Jackson para cantor do Grave Digger
Metallica: Quem viu pela TV viu um show completamente diferente



