Sauna Open Air: Cobertura completa e galeria de fotos do festival finl
Resenha - Sauna Open Air (Finlândia, 07/06/07 a 09/06/2007)
Por Petri da Costa
Postado em 16 de agosto de 2007
O Sauna Open Air é ainda um festival novo dentre muitos aqui na Finlândia, sendo essa sua quarta edição, mas que vem conquistando mais atenção a cada ano. O festival contou com nomes de peso internacionais e locais esse ano, atraindo um público total de 22.000 pessoas durante os três dias, sendo o único problema a repeticão de algumas bandas.
Quinta-feira (07/06)
Apesar de para alguns quinta-feira não ser o melhor dia para começar um festival, o dia começou quentíssimo, fazendo jus ao nome do evento. A banda selecionada para iniciar o festival foi o Korpiklaani, que entrou no palco secundário por volta das 16h45. A banda fez a diversão do pequeno público presente até então com seu folk metal, fechando o curto set list com "Happy Little Boozer". Logo depois, no placo principal, era vez do Los Bastardos Finlandeses, uma banda ainda nova, que vem comparando seu som com Black Sabbath, Motörhead e AC/DC. Realmente as bandas citadas são claras influências, especialmente as duas últimas, com aquela pegada rock’n’roll suja. Infelizmente não soa tão interessante, sendo o seu show um tanto sem graca.
De volta ao palco secundário, o Pain Confessor estava divulgando o novo CD "Purgatory of the Second Sun". Entre as músicas do set list, destaques para as novas "Coming Down A Storm" e "My Last Words".
A noite chegava e a temperatura estava mais amena, e no palco principal era a hora de Timo Rautiainen, que já perdi a conta de quantas vezes vi em festivais aqui. Divulgando também um CD novo, Timo Rautiainen agradou os poucos fãs presentes, num show que não empolgou muitos. A sensacão de ’deja vu’ que já tinha aumentou com a banda seguinte, no palco secundário, o Stam1na que esteve no festival ano passado. Apesar da banda ter suas qualidades, teria sido muito mais interessante ver alguma banda local que nunca teve a oportunidade de tocar nesse ou outro festival.
Chegava a hora da banda mais aguardada do dia: Megadeth. De cara já mandaram a nova "Sleepwalker" e sem intervalo clássicos como "Take No Prisioners", "Set The World Afire", "Skin O’ My Teeth" e "Devil’s Island". Dois anos atrás quando eles estiveram no festival, a banda parecia um tanto insegura, parecia mais ’Dave Mustaine e amigos’ do que Megadeth. Foi muito bom ver que a banda parece estar entrosada, esbanjando carisma e aquela forca e velocidade de antes. Continuaram com "Gears of War", "Wake Up Dead", "Hangar 18", "Kick The Chair", "She Wolf", "Tornado of Souls" e outras. Dave agradeceu o público finlândes por ter colocado o novo CD em 2º lugar nas paradas, cutucando um pouco o Linkin Park, dizendo que se não fosse por eles o Megadeth teria o 1º lugar, comentário típico de Dave! Ainda teve "Mechanix", "Peace Sells", "Symphony of Destruction" e fechando o melhor show do dia com "Holy Wars".
Sexta-feira (08/06)
O dia começava mais cedo do que o anterior e por isso perdi quase todo o show do Entwine, mas pelo que vi já havia um bom público e muitos fãs estavam satisfeitos com a apresentação deles, fechando com "Thy Guiding Light". Depois era a vez do Thunderstone no palco secundário, que depois da intro "Evolution 4.0" já mandou "10.000 Ways", "Tool of the Devil" e "Roots of Anger". A banda mandou bem ao vivo, mostrando que a cada novo cd vem atraindo mais fãs, e ainda tocaram "Rainbow in the Dark" do Dio, que pegou muitos de surpresa. Finalizaram com "Until We Touch the Burning Sun".
De volta ao placo principal os finlandeses do Kotiteollisuus fizeram um show regular, nada memorável, que agradou somente os fãs presentes. Logo em seguida, no placo secundário, o festival continuava com Kotipelto. Comecaram com "Seeds of Sorrow", "Lord of Eternity" e "Once Upon a Time". O baterista que estava tocando era o mesmo do Thunderstone, Mirka Rantanen, que se saiu muito bem em ambos os shows. A banda ainda tocou músicas como "Mr. Know-It-All", "Travel Through Time", "Serenity" e fechando com "Reasons". Apesar do show ter sido bom, com Timo Kotipelto mostrando sua competência de sempre ao vivo, foi aquele caso de nada especial, uma vez visto, sempre o mesmo.
Fim da tarde, o tempo fechou e comecou a chover, algo que caiu bem para a próxima banda: Dimmu Borgir. Os noruegueses começaram o show com "Progenies Of The Great Apocalypse" e seguiram com "Vredesbyrd", "Cataclysm Children", "Kings of the Carnival Creation" e outras. A banda dessa vez estava melhor comparada à performance no Tuska de 2005. Shagrath se mostrou simpático com o público e eles pareciam estar em ótima forma, com o baterista Tony Laureano (ex-Nile) sendo o destaque. O único porém foi o fato de depois de algumas músicas longas, a grande maioria do público pareceria estar satisfeita. Do novo CD foram tocadas somente 2 músicas: "The Serpentine Offering" e "The Chosen Legacy", fechando o show com "Mourning Palace".
Então foi a vez do Poisonblack no palco secundário, que conta com o ex-vocalista do Sentenced Ville Laihiala, que agora também toca guitarra. No set list músicas como "Raivotar", "Rush", "Soul in Flames", "Nothing Else Remains", "Illusion/Delusion" e até uma nova "Left Behind". Foi um show curto e correto. Na última música "The Living Dead" boa parte do público já se movia para o palco principal.
A última banda do dia, e uma das mais aguardadas do festival, foi o Type O Negative. Já fazia 4 anos desde a última apresentação em solo finlandes, quando estiveram no Tuska, então a expectativa era grande. A primeira música, que muitos não entenderam, foi um cover dos Beatles: "Magical Mystery Tour". Logo em seguida mandaram "We Hate Everyone" e a nova "Profits of Doom". A primeira coisa que me chamou atencão foi uma partitura com letras das músicas que estava perto de Peter Steele, que ocasionalmente ficava lendo e cantando. Peter parecia estar num péssimo dia: bebia vinho quando podia, falava pouco com o público e até sentava no palco da bateria para ficar tocando baixo enquanto não precisava cantar! Muitas vezes o guitarrista Kenny Hickey cantou junto com Peter Steele, e na "Kill You Tonight" o tecladista Josh Silver cantou a música sozinho, deixando muitos sem entender o que havia de errado com Peter naquele dia. Realmente não foi o show que muitos estavam ansiosos para ver. Para finalizar tocaram "Black N.1".
Sábado (09/06)
O último dia do festival começou com uma má notícia: o Violent Storm, que estava marcado como a segunda banda do dia, cancelou o show por motivos não esclarecidos, fazendo o Leverage ser a primeira banda do dia e agora no palco principal. Essa banda finlandesa, que ainda não é muito conhecida, toca um heavy-hard rock, lembrando em certos momentos Helloween com Andi Deris. Destaques para "Superstision", "Stromchild" e "Twilight Symphony".
Depois deles era a vez de Ari Koivunen, ganhador desse ano do programa Ídolos daqui, que atraiu para o palco secundário mais curiosos do que fãs. Enquanto os mais jovens e algumas garotas agitaram ao som de Ari, muitos estavam apenas observando como ele se portava e soava ao vivo. A banda que o acompanhava tinha mais pose do que qualidades técnicas e Ari ainda precisa de mais experiência no palco. De todo o show o único ponto positivo foi o fato dele não ter cantado nenhuma cover, mostrando que quer se apoiar no seu próprio trabalho e não em covers. Só o tempo dirá se ele vai ser bem sucedido.
Chegava a vez do Sonata Arctica no placo principal, que já de cara mandou as novas "In Black And White" e "Paid in Full", continuando com "Victoria's Secret", "For the Sake of Revenge" e outras. A banda contou com um ótimo set de palco, com fogos e explosões em certas músicas, deixando o público ainda mais agitado. Das vezes que vi o Sonata Arctica, essa foi a melhor. A banda contou com o guitarrista Elias Viljanen, que deve substituir o guitarrista da banda Jani Liimatainen até setembro desse ano nos shows. A banda fechou com "The Cage" e "Vodka (Hava Nagila)".
O Swallow The Sun talvez estaria melhor escalado para o dia anterior, já que hoje era o dia ’heavy tradicional’. Apesar disso, eles foram bem, mas nada além disso.
Fim da tarde, o calor continuava e os suecos do Dark Tranquillity tocavam no palco principal. As primeiras músicas foram "Terminus (Where Death Is Most Alive)" e "The Lesser Faith", ambas do novo cd, "Fiction", que eles estão divulgando nessa turnê. A banda foi empolgante ao vivo, contagiando até aqueles que não eram fãs. Entre outras músicas os destaques foram para "Final Resistance", "Punish My Heaven" e a que fechou o show, "The New Build".
Logo em seguida uma outra banda sueca, Sabaton, no palco secundário. A banda, ainda desconhecida por muitos, toca um power-heavy tradicional, que lembra em certos momentos o Hammerfall dos primeiros CDs. O que chamava a atenção era a animação da banda ao vivo, especialmente do vocalista, que chegava a ser cômica em certos momentos de tão exagerada. Mas os suecos mandaram bem e tenho certeza que cativaram novos fãs ali.
Fim de festival e a banda escolhida para fechar foi o Heaven and Hell, Black Sabbath com Dio. A espera era grande, e esse dia foi o que teve lotação máxima, atraindo 10.000 pessoas. Ao som da intro "E5150" a banda entra no palco e já manda a clássica "The Mob Rules" e sem intervalo outras músicas maravilhosas como "Children of the Sea", "I", "The Sign of the Southern Cross" e "Voodoo". Não há como descrever o prazer de os ver ao vivo, afinal ali estavam o riff master Tony Iommi, um dos melhores e mais importantes baixistas do metal, Geezer Butler, o fantástico baterista Vinny Appice e o baixinho Dio, que continua com uma voz e carisma incomparáveis. Apesar de uns preferirem o Sabbath com Ozzy, não há como ficar parado em músicas como "Computer God", "Falling Off the Edge of the World" e "Die Young", e até na nova "Shadow of the Wind". Para finalizar, como era um tanto óbvio, foram tocadas "Heaven and Hell" e "Neon Knights". O show poderia ter sido mais longo, já que havia outras músicas que poderiam estar no set list, mas não há o que reclamar sobre esse encerramento do Sauna Open Air.
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