Música: O rock não morreu, seus símbolos, sim
Por Gabriel Santini
Fonte: BBC, Youtube, Wiki
Postado em 03 de março de 2018
O rock continua por aí, forte aliás. Nunca se teve tantas opções de gêneros e o alcance das performances ao vivo trazidas por festivais fomentam o cenário, como o Wacken na Alemanha, Lollapalooza em todo o mundo, Download Festival na Inglaterra e o famigerado Rock in Rio para trazer bandas que provavelmente não teriam tanto apelo como artistas solo e ícones que, até então, pouco apareceram no Brasil. Mesmo assim, o debate continua: o rock morreu? Claro que não, você não ouviu um disco de rock saindo pela Warner ano passado ou viu outra banda surgindo e tendo espaço nas rádios como o Royal Blood? O problema é que os ícones, estes, sim, estão morrendo. Não se trata aqui de falar das tragédias que ocorreram com pessoas muito amadas por todo mundo, inclusive fora do rock, trata da falta de renovação. Depois da década 90, o que surgiu? Queens of the Stone Age vem de bem antes com Kyuss, Five Fingers Death Punch é meio galhofa, The Black Keys são excelentes mas, infelizmente, não lotam arenas como fizeram Def Leppard nos anos 80. Até os prodígios que começaram cedo como Daniel Johns abandonaram completamente a música, não é nem o rock. Silverchair foi em 2007, como artista solo em 2011, deixando um único álbum com uma sonoridade bem aquém do seu público antigo.
Slipknot, Mastodon, Avenged Sevenfold e The Sword são de uma qualidade inigualável mas o fato é que voltamos ao mesmo ponto. A mídia é a culpada? Mais que a mídia, pode se dizer que a pirataria corroborou para tal. A culpa que o rock não está mais em evidência é que as pessoas não cobram mais discos, e não é apenas de rock. Todo mundo saiu perdendo. Como competir com isso? Simples: buscar alguém que atraía um público pouco crítico mas fiel e investir toneladas em marketing. Já ouvir fala de Foreigner? Talvez não, mas a carreira deles durou bastante, afinal eles vendiam discos, novas músicas igual a mais shows, sempre nesse círculo. Agora até para o pop só sobrou meia dúzia.
O fato é que não existe um movimento musical efetivo, o gênero está pulverizado em diversas bandas, não há uma coesão de estilo que defina essa década, diferente das anteriores. Sem contar a própria resistência dentro da cultura: o Ghost (ou Ghost B. C. se preferir) é a definição disso. Eles têm elementos visuais de Black Metal, influência de Rock setentista e uma sonoridade que consegue converter isso a um alcance popular. Resultado: pedrada de todos os lados. Nem o A7X fugiu dessa antes, o "problema" era o visual... Enquanto isso, eles abriram shows para o Metallica e tocaram com o Mike Portnoy.
E não adianta falar sobre o Underground. O rock só é o que é por causa de grandes ícones que carregaram a música nas costas: Judas Priest, Van Halen, Metallica, Queen...
Tudo bem, as coisas mudaram, não dá se vestir como o Mötley Crüe, sem problemas. E ficar reciclando nostalgia não é melhor que isso. Agora, The Strokes, Artic Monkeys e The Killers foram o que restaram. Está faltando Testosterona, não está? Com essa garotada aí, a muito contragosto, dá para concordar que o Kanye West é o maior rockstar do planeta.
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