Iron Maiden: Fantasmas e navegadores na melhor música após volta
Por Felipe Holanda
Postado em 09 de dezembro de 2014
Antes de tudo: esse é um texto de um maidenmaníaco.
Desde de 1980 - ano do seu primeiro LP homônimo - até hoje, a Donzela de Ferro carrega legiões de fãs através das quase quatro décadas de carreira. O maior choque cultural da banda ocorreu na saída de Dicksinson, que partiu com justiças rumo à sua carreira solo. Contando com o retorno triunfal em 1999 e a gravação do "Brave New World" em 2001, fizemos uma matéria especial para uma composição clássica,chamada "The ghost of navigator".
Após um digníssimo Paul Dianno, inventor de Hits antológicos, Paul Bruce Dickinson assumiu o posto de vocalista do Maiden, sem saber (ainda) que se tornaria um ícone do grupo. Se no primeiro show tremeu, não foi as poucos que o ex-Samsom chegou ao topo das paradas do Reino Unido e da América.
Era mais que um timbre perfeito para o estilo que ele e o Iron possuíam. Simplesmente, tudo se encaixou de imediato. Não só com vocais vibrantes, eram composições e uma ideologia musical que precisava para somar à banda algo que seria eterno, intenso, cortante.
Dentre tantas qualidades do maior vocalista influenciador do metal ainda vivo, o que mudou de sua saída categórica, naquele mítico Raising Hell, até o retorno depois do mediano "Virtual XI"?
O "Brave New World" foi cercado de muita expectativa, e os caras da banda trabalharam duro para compensar. Muitos achariam que seria um álbum paliativo para os fãs, mas veio a surpresa. Neste Long Play, encontramos a melhor música com a junção de três guitarras e as inovações do Maiden à época; resultado: um petardo intitulado "Ghost of the navigator".
De muitas terras à jornada final, a faixa é um das melhores da longínqua história do conjunto bretão. Os donos da obra são Bruce Dickinson (letra), além de Janick Gers e Steve Harris (Música). Existem outras canções clássicas do Iron após o retorno de Bruce, mas essa é capaz de ofuscar qualquer outra.
"Ghost of the navigator" é uma metáfora sobre a vida. O mar é a vida, a rota para o oeste é a morte, pois é onde o sol se põe. O timoneiro do navio somos nós que viajamos durante a noite, o que representa a escuridão, do desconhecido. Quando o die chega, o sol é encoberto pelas nuvens, mas mesmo assim seguimos adiante.
São seis minutos e cinquenta segundos de boas vibrações. Uma melodia, ao mesmo tempo que complexa, simplificada. Feita para o fã, antigo ou novo. E sinceramente, um coração maidenmaníaco como o meu não consegue pensar em nenhuma outra música que a supere.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A banda com quem Ronnie James Dio jamais tocaria de novo; "não fazia mais sentido pra mim"
Os álbuns esquecidos dos anos 90 que soam melhores agora
Download Festival anuncia mais de 90 atrações para edição 2026
A única música do Pink Floyd com os cinco integrantes da formação clássica
Show do AC/DC no Brasil não terá Pista Premium; confira possíveis preços
A música lançada há 25 anos que previu nossa relação doentia com a tecnologia
O melhor disco do Anthrax, segundo a Metal Hammer; "Um marco cultural"
Tuomas Holopainen explica o real (e sombrio) significado de "Nemo", clássico do Nightwish
O solo que Jimmy Page chamou de "nota 12", pois era "mais que perfeito"
A música do Kiss que Paul Stanley sempre vai lamentar; "não tem substância alguma"
O disco do Metallica que para James Hetfield ainda não foi compreendido; "vai chegar a hora"
O clássico do metal que é presença constante nos shows de três bandas diferentes
David Ellefson relembra show que Megadeth fez como trio ao lado de Exodus e Testament
Steve Morse admite ter ficado magoado com o Deep Purple
Ritchie Blackmore faz rara aparição pública e rasga elogios a Bryan Adams

Como era sugestão de Steve Harris para arte de "Powerslave" e por que foi rejeitada?
As duas bandas que atrapalharam o sucesso do Iron Maiden nos anos oitenta
O ícone do heavy metal que iniciou a carreira solo por acidente
As músicas do Iron Maiden que Dave Murray não gosta: "Poderia ter soado melhor"
Paul Di'Anno era mais lendário que Bruce Dickinson, opina Blaze Bayley
A pior música do melhor disco do Iron Maiden, segundo o Heavy Consequence
Regis Tadeu toma partido na briga entre Iron Maiden e Lobão: "Cafona para muitos"
O álbum "esquecido" do Iron Maiden nascido de um período sombrio de Steve Harris
Nicko McBrain revela se vai tocar bateria no próximo álbum do Iron Maiden
Down: Palavras de Phil Anselmo mostram que o metal (ainda) é racista
Os Headbangers não praticantes


