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Black Label Society: Quem mandou misturar whiskey com cerveja?

Por Henrique Costa
Postado em 06 de dezembro de 2007

Existem "zilhões" de casos de bandas injustiçadas no mundo do Rock/ Metal, mas pouco se fala do oposto, o que é tão ou mais irritante: são os famigerados superestimados. Geralmente trata-se do lançamento de algum músico já consagrado por algo que realizou anteriormente ou ainda um novo trabalho paralelo ao principal, nesse caso chamado de projeto, onde geralmente a qualidade é proporcional às ambições, pois os projetos geralmente já nascem sem grandes pretensões.

Porém, quando não se trata de projeto, mas de "a nova banda de..." É aí que mora o perigo, as vezes o músico construiu uma imagem tão respeitosa que mesmo os fãs não se agradando do trabalho não conseguem utilizar seu senso crítico. Quando eu digo não conseguem, é porque tal respeito ocorre muitas vezes de forma inconsciente, o indivíduo admira tanto aquele músico que consegue ver qualidades onde não tem. E mesmo quando não as vê, não tem coragem de criticar e segue ouvindo aquele som até se convencer de que ele é bom.

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Parece piada, mas como diz o poeta, "o amor é cego" e nossa relação de amor com a música é tão passível dessa "cegueira" quanto qualquer outro tipo de relação que envolva este sentimento. Vou deixar a ética de lado e citar um exemplo: falarei especificamente do grande Zakk "fucking" Wylde, sem sombra de dúvida um dos maiores guitarristas da atualidade. Na contra mão dos grandes do instrumento, Zakk se destaca não por virtuosismo barato, mas por uma riquíssima expressividade. Dono de uma "pegada" contagiante e singular (muitos guitar heroes tocam um quilo de notas por segundo, mas sem alma, sem impor uma personalidade tão agradavelmente forte e marcante à sua música) Zakk ainda conta com um carisma fora de série, uma presença e domínio de palco capaz de roubar a cena de qualquer "Frontman" e um dos visuais mais "invocados" do Rock.

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Porém, depois de trabalhar em grandes álbuns como "No More Tears" e "Ozzmosis" ao lado de Ozzy Osbourne, sendo o primeiro uma verdadeira obra de arte, e mesmo tendo participado de projetos marcantes como a jam/trilha cinematográfica "Steel Dragon/Rock Star" com nomes de peso como Jeff Pilson, Jason Bohann, Jeff Scott Soto e Miljenko "Michael" Matijevik; Zakk há muito tempo vem apostando numa fórmula que consiste e insiste em misturar um pouco de Lynyrd Skynyrd e Allman Brothers; muito de Alice in Chains; uma porção de Ozzy; cerveja a gosto; uma pitada de discursos de extrema direita aqui e outra ali para apimentar a mistura, e o resultado: uma rançosa e heterogênea "bebida" chamada "Black Label Society". O B.L.S. tem tudo o que uma grande banda precisa: um nome "bem sacado", capas incríveis, excelentes músicos, tendo o performático e indiscutivelmente talentoso Zakk Wylde à frente, mas o som... Justiça seja feita, Riffs grandiosos e belas harmônicas dão ao B.L.S. lampejos de genialidade, mas fica nisso.

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No mais, o que se ouve é uma enjoativa mistura de referências diversas, que mesmo com técnica e feeling latentes, pelo menos a mim não emociona.

Eu gostei muito do trabalho solo semi-acústico "Book of Shadows" (para mim a obra prima de Zakk Wylde) onde as influências de Alice in Chains e até alguma coisa de Beatles cairam como uma luva. Em contra-partida, detestei o Southern "Pride & Glory" que pelo alto teor de chatice, poderia perfeitamente ser considerado a pedra fundamental do Black Label.

É, Zakk, eu juro que tentei! Puro, com gelo, sozinho, acompanhado... E eu quase consegui acreditar que gostava do seu Black Label Society, mas o meu exigente "paladar" pediu clemência num último suspiro e enfim a razão prevaleceu à emoção. Mesmo apreciando todos os ingredientes separadamente e sendo grande fã de Zakk Wylde, pra mim, o B.L.S. é tão espumoso e ressacante quanto um destilado falsificado. Pronto, falei!

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Fico por aqui ao sabor de um modesto, porém agradável, "Whiskey do Diabo" nacional, em companhia de uma "Baranga" qualquer.

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