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Cannibal Corpse: "Metalcore ajuda Death e Black"

Por César Enéas Guerreiro
Fonte: Brave Words
Postado em 30 de outubro de 2007

O site WayTooLoud.com postou recentemente uma entrevista com o baixista Alex Webster e o vocalista George "Corpsegrinder" Fisher, do CANNIBAL CORPSE, na qual eles discutiram sua participação na turnê "Sounds Of The Underground" e a atual onda de bandas Metalcore.

WayTooLoud.com: Depois da "Sounds Of The Underground", alguém já conversou com vocês sobre fazerem mais turnês como banda de abertura? Eu adoraria ver vocês de novo, assustando as bandas principais!

Alex Webster: "Algumas pessoas mostraram interesse, mas nada deu certo ainda. Participamos de alguns festivais na Europa mas, fora disso, temos feito shows como banda principal desde então. Mas isso parece que abre algumas portas, porque algumas pessoas têm feito convites para nós e antes era difícil até para alguém pensar em nos convidar para abrir para eles. Tem sido difícil. Se você analisar a nossa história, raramente fizemos turnês como banda de abertura. Provavelmente houve menos do que cinco turnês assim, ao invés de sermos a banda principal. Em nossas duas primeiras turnês fomos a banda principal e desde então tem sido assim".

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WayTooLoud.com: Há alguma chance com o LAMB OF GOD? Estou perguntando isso porque eles abriram para vocês em... foi em 2000?

Alex: "2001. LAMB OF GOD, DIMMU BORGIR e THE HAUNTED abriram para nós numa turnê norte-americana. Acho que, fora o THE HAUNTED, todas essas bandas são maiores do que nós agora, o que é legal, e ficaríamos contentes de abrir para qualquer banda que seja maior do que nós, mesmo se não estiver na estrada há muito tempo, porque queremos divulgar nossa música para novos fãs. O LAMB OF GOD perguntou se podíamos abrir pra eles, mas não houve tempo em nossa agenda. Eles realmente pediram isso. Acho que seria demais! Adoraria abrir pra aqueles caras. Nós realmente gostamos quando eles se lembraram de nós, mesmo que nossas agendas não tivessem se encaixado antes".

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WayTooLoud.com: Parece que em toda entrevista você fala sobre algum novo país no qual vocês já tocaram. Isso é realmente importante, tocar em novos países com freqüência?

Alex: "Eu gosto disso. Acho que os outros caras também. É bem divertido ir a lugares diferentes porque você não sabe o que pode encontrar. É empolgante. Isso também é algo que gostamos de fazer porque as pessoas vão ficar empolgadas em te ver se elas nunca te viram antes e isso é bem melhor para nós, ter uma platéia babando quando você sobe no palco. Eles não estão esperando apenas há três anos, eles estão esperando praticamente desde que a banda começou, se alguns forem fãs mais antigos. Tocamos pela primeira vez no Peru, em El Salvador, no Equador e nesses lugares havia com certeza alguns fãs mais antigos que estiveram acompanhando a banda por mais de uma década e que nunca tiveram a chance de nos ver, então é bem divertido. A mesma coisa na Islândia. Fomos tocar lá no começo do ano e foi muito divertido também. Neste ano estivemos pelo menos nesses quatro países. E na Guatemala, nunca tocamos lá antes, então neste anos estivemos em cinco países nos quais nunca tocamos antes. Todos valeram a viagem. Grandes shows".

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WayTooLoud.com: Parece que o Metalcore ajudou todo tipo de Metal de verdade que há por aí. Vocês acham que isso ajudou a banda?

Alex: "Apoiamos qualquer tipo de Metal, mesmo que não ouçamos muito. Muitas bandas de Metalcore são ótimas. Acho que há bastante Death Metal no estilo delas, o que ajudou a atrair mais fãs para a cena death metal. Se bandas de Metalcore fazem de vez em quando turnês com bandas de Death Metal há uma espécie de troca de fãs, e os fãs de uma cena podem aprender sobre a música da outra. Acho que isso é positivo, porque esses fãs talvez nunca pensassem em ouvir uma banda de Death. O Death Metal não seria a primeira escolha deles mas, depois de terem a chance de ver uma banda como a nossa no 'Sounds Of The Underground' ou em outros festivais, eles vão ficar mais interessados no Death Metal. Se essas bandas não existissem, então o 'Sounds Of The Underground' provavelmente não existiria, não teríamos feito essa turnê e não teríamos essa chance. Na minha opinião, as bandas de Metalcore abriram algumas portas para a cena Death Metal e talvez para a cena Black Metal também".

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A entrevista completa (em inglês) está neste link.

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Sobre César Enéas Guerreiro

Nascido em 1970, formado em Letras pela USP e tradutor. Começou a gostar de metal em 1983, quando o KISS veio pela primeira vez ao Brasil. Depois vieram Iron, Scorpions, Twisted Sister... Sua paixão é a música extrema, principalmente a do Slayer e do inesquecível Death. Se encheu de orgulho quando ouviu o filho cantarolar "Smoke on the water, fire in the sky...".
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