Alma Ópera Rock: o heavy metal como inspiração e estilo
Por Lucas de Melo Bonez
Fonte: Alma Ópera Rock
Postado em 04 de janeiro de 2015
Neste ano, o grupo de teatro estudantil Alma Ópera Rock completa cinco anos de existência. No decorrer de sua trajetória, um dos seus pilares foi associar o heavy metal, enquanto proposta musical temática e repleta de significados, e o teatro, meio artístico de disseminação cultural.
Desde seu princípio, o grupo se propõe a criar musicais que reflitam sobre situações do cotidiano que de certa forma afetem a sociedade e necessitem de alguma transformação. Para tanto, nestes anos de trabalho músicas de bandas como Nightwish, Angra e de Tarja Turunen foram usufruídas para tal execução.
Em 2011, o grupo fez um trabalho experimental, adaptando o filme Moulin Rouge para uma versão teatralizada e de censura livre, uma vez que são adolescentes que executam toda a peça. A partir daí, com a aderência de mais de 20 jovens da região sul de Porto Alegre, organizou-se em 2012 o espetáculo "Reino das Névoas", a partir da obra homônima da escritora paulista Camila Fernandes somada às músicas do álbum "Imaginaerum", da banda finlandesa Nightwish. A representação tratou sobre Niev, princesa do reino onde vivia, que fora perseguida à morte pela mãe Nuura. Ao refugiar-se na floresta, encontrou dezenas de dificuldades que a fizeram ter um crescimento precoce e enfrentar a mãe. As músicas entraram, mediante suas letras e melodias, como reforços para as atitudes de Niev. O grupo participou de festivais de teatro, inclusive sendo selecionado ao FITE (Festival Internacional de Teatro Estudantil), de Porto Alegre (RS).
Em 2013, o grupo ascende com a possibilidade de representar a peça "A tempestade", de William Shakespeare, utilizando as músicas do álbum "Aqua", do Angra. Com texto pronto e músicas específicas sobre personalidades, sentimentos e momentos dos personagens, a montagem foi realizada com sucesso. Mais uma vez, a peça participou de festivais do estado, tendo como ápice o Festival Novas Cenas, de Porto ALegre (RS).
A história de Próspera (convertida ao feminino pela atriz que conquistou o papel em audição) e sua vingança contra Nápoles teve oito coreografias, muitas falas preciosas, risadas em diversos momentos e um banho de heavy metal ao público. Com isso, no ano seguinte, o grupo criou seu próprio enredo. "As cores da escuridão" foi uma peça feita a partir de estudos sobre a esquizofrenia somada às músicas do álbum "Colours in the dark", de Tarja Turunen. O mote da narrativa é dado pelas cartas deixadas por Hugo, adolescente afetado por traumas, ao pai, que conta às psicólogas como era sua convivência com o filho e seus últimos dias de vida. Com um grupo mais reduzido de adolescentes, a integração foi ainda mais forte entre todos, gerando maior complacência para realização da peça e veracidade do enredo. Com isso, a produção rendeu seu primeiro troféu ao grupo, de Melhor Iluminação, no Festival Art in Vento, de Osório (RS).
Em 2015, circundado pelas ideias de seu aniversário, o grupo fará três peças, com três grupos diferentes. Ainda em formulação, um grupo de ex-integrantes fará a peça "Noite Neon", baseada na obra "Noite na Taverna", de Álvares de Azevedo, e "Entre quatro paredes", de Jean-Paul Sartre, com músicas da banda ReVamp, de Floor Jansen; um grupo de adolescentes entre 13 e 14 anos representará a peça "Nós somos os outros", baseada em diversas histórias de bullying e reforço de autoestima, com músicas da banda Delain; por fim, a peça principal do ano mesclará as músicas do álbum "The mistery of time", do projeto de Tobias Sammet, Avantasia, e o livro infanto-juvenil "Luna Clara e Apolo Onze", de Adriana Falcão, sob o título ainda provisório chamado "Sleepwalking".
O que fazemos todos os anos é transpor para a reflexão o que o heavy metal e o teatro podem proporcionar unidos. Com isso, desejamos que não simplesmente o estereótipo do metal (de música "endemoniada", barulhenta e afins) seja quebrado, mas que se edifique como uma forma de ver o mundo e refletir sobre ele e sobre si, para que cada espectador que nos veja sinta que há muito mais significados do que nossa imagem expõe.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A categórica opinião de Regis Tadeu sobre quem é o maior cantor de todos os tempos
As cinco músicas dos Beatles que soam muito à frente de seu tempo
O álbum que David Gilmour vê como uma continuação de "The Dark Side of the Moon"
A melhor música de rock lançada em 2025, segundo o Loudwire
Max Cavalera diz ser o brasileiro mais reconhecido do rock mundial
E se cada estado do Brasil fosse representado por uma banda de metal?
Alter Bridge abrirá para o Iron Maiden apenas no Brasil
Os 20 álbuns de classic rock mais vendidos em 2025, segundo a Billboard
É oficial! Iron Maiden vem ao Brasil em outubro de 2026; confira as informações
Guns N' Roses confirma novo local para show em Porto Alegre
Steve Harris e Bruce Dickinson comentam tour do Iron Maiden pela América Latina
Pink Floyd - Roger Waters e David Gilmour concordam sobre a canção que é a obra-prima
O ícone mundial da música que Paul McCartney não conheceu; "quase consegui uma ou duas vezes"
O rockstar que não tocava nada mas amava o Aerosmith; "eles sabiam de cor todas as músicas"
O que James Hetfield realmente pensa sobre o Megadeth; "uma bagunça triangulada"
"Eu nem sabia que Dave Grohl tinha um baterista", diz Ozzy Osbourne
Bruce Dickinson: "O Iron Maiden é melhor que o Metallica"
O disco que salvou o rock'n'roll, de acordo com Gene Simmons


Os dez maiores picaretas da música internacional
Rogério Skylab usa Megadeth para explicar o grande problema de Regis Tadeu
Dire Straits: Mark Knopfler revela pra Brian Johnson quem são os "Sultões do Swing"
"Como eles ficarão putos se são bilionários?", diz líder do Destruction sobre Metallica
Gosto musical impediu que Metallica se tornasse um Maiden
Pepeu Gomes comenta convite para o Megadeth e fala sobre Kiko Loureiro



