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Morre Johnny Hallyday, a maior lenda do rock francês

Por Rodrigo Contrera
Postado em 09 de dezembro de 2017

Até hoje muitos se lembram de Raul Seixas. E de quando - e como - ele morreu. Tanto que é um dos posts mais acessados no Whiplash.

Pois ontem faleceu o Raul Seixas francês. Mais, o Elvis Presley francês. O maior ídolo de rock de todos os tempos naquele país tão de bom gosto - que visitei duas vezes.

Fiquei sabendo disso ao entrar no facebook hoje pela manhã e ver uma cerimônia no Champs Elissés. Achei estranho, na hora. É eleição?, pensei. Será que é uma data comemorativa? Não pode ser.

Vi com mais cuidado e reparei na chamada. Johnny Halliday não estava mais entre eles. Caramba, mas francês não faz parada por qualquer coisa, não. Não é que nem norte-americano!

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Procurei confirmação e achei. Johnny Hallyday realmente tinha ido embora.

Quem foi Johnny Hallyday? Para saberem, terão que procurar. Eu tenho que admitir: a melhor fonte não sou eu. E não serei eu a fazer o necrológio de um cara dessa envergadura. Eu, não.

Mas por que então estou escrevendo este artigo? Para chamar a atenção? Não, eu conhecia Hallyday. Só não tinha me tocado de seu real porte.

Lembro-me do Hallyday ao assistir o filme "Procurados" (Crime Spree), no qual ele faz o papel de um mafioso durão. O filme é uma comédia franco-norte-americana, nem tão conhecido assim. Mas tem algumas das cenas mais legais que já vi em filme assim (chegando perto em Máfia no Divã).

Hallyday era um cara massudo. Bonito, e de um jeito bem estiloso. Elegante, com um sorriso maroto, e bastante charmoso. Posso dizer que, das cenas do filme, ele participa quase de todas as que se destacam.

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A impressão do cara se manteve em minha mente até há bem pouco tempo. Tanto que estava revendo meus filmes de referência e passei por esse, lembrando-me do cantor. Ator, apresentador, etc.

Um sujeito que as menções tratam como um homem duro com coração doce, etc. e tal. Um romântico durão. Uma espécie de último homem. Sei lá.

Fiquei observando a parada no Champs Elisées e meu olhar não parou de se maravilhar com aquilo tudo. Os carros permaneciam parados lá. Uma série de limusines. Com uma multidão acompanhando. A transmissão era ao vivo.

Este site não navega tanto assim no rock internacional, tirando os Estados Unidos e Inglaterra. Por vezes, vemos a Alemanha e os países nórdicos. Mas a França, quase nunca.

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Pois termino afirmando. Hoje é um dia de luto para os franceses. Para todos os roqueiros franceses.

Informem-se sobre o Hallyday. Deve ter história a dar e vender.

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Sobre Rodrigo Contrera

Rodrigo Contrera, 48 anos, separado, é jornalista, estudioso de política, Filosofia, rock e religião, sendo formado em Jornalismo, Filosofia e com pós (sem defesa de tese) em Ciência Política. Nasceu no Chile, viu o golpe de 1973, começou a gostar realmente de rock e de heavy metal com o Iron Maiden, e hoje tem um gosto bastante eclético e mutante. Gosta mais de ouvir do que de falar, mas escreve muito - para se comunicar. A maioria dos seus textos no Whiplash são convites disfarçados para ler as histórias de outros fãs, assim como para ter acesso a viagens internas nesse universo chamado rock. Gosta muito ainda do Iron Maiden, mas suas preferências são o rock instrumental, o Motörhead, e coisas velhas-novas. Tem autorização do filho do Lemmy para "tocar" uma peça com base em sua autobiografia, e está aos poucos levando o projeto adiante.
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